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Notícias A-1 Pictures acusada de provocar morte de animador

Elring

Depending on what you said, I might kick your ass!
O sponichi e várias agências noticiosas japonesas estão a noticiar que a polícia de Shinjuku chegou à conclusão de que o estúdio de animação A-1 Pictures (Sword Art Online, Magi) provocou a morte de um animador que se suicidou em 2010.

O caso desenrolou-se à volta de um homem de 28 anos que trabalhou a tempo inteiro para a A-1 Pictures de 2006 a 2009. A polícia de Shinjuku confirmou que o homem trabalhou centenas de horas extras por mês o que o levou ao suicídio.

Em 2010 o homem despediu-se do seu emprego depois de sofrer de uma grave depressão tendo nesse mesmo ano cometido suicídio, o que levou a sua família a contratar um advogado e acusar a A-1 Pictures de “karoushi”, um termo japonês que significa morte por excesso de trabalho.

Os registos hospitalares revelam que ele chegou a trabalhar 600 horas num mês e a polícia confirmou que nos meses anteriores ao diagnostico de depressão ele trabalhou 100 horas a mais em cada mês. A família afirma que a realidade era bem pior e que posts online dele sugerem que ele começou a sofrer de depressão em 2008 e que tinha de trabalhar por mês entre 134 a 344 horas extra. Ele chegou mesmo a passar uma semana no estúdio onde dormia e trabalhou 3 meses sem folgas.

Embora a polícia não tenha dado como provadas todas as acusações da família, chegou no entanto à conclusão de que foi o excesso de trabalho que provocou o trágico desfecho.

A família afirmou que “Ele amava anime e trabalhava fervorosamente - desejamos que nadasemelhante ocorra num estúdio de animação no futuro“.

A A-1 Pictures veio afirmar “o veredicto da polícia foi inesperado e como não sabemos como eles chegaram a essa conclusão, não podemos comentar“.

O homem era coordenador de animação e trabalhou em títulos como Kannagi e Ookiku Furikabutte.

As companhias japonesas são conhecidas por explorar o horário extra laboral dos seus trabalhadores e os estúdios de animação são dos casos mais conhecidos pelos seus excessos. Com o apertar das regulamentações e para fugir às leis japonesas, muitos estúdios para cumprir datas de lançamento começaram a subcontratar estúdios sul coreanos onde as leis são menos rígidas e os salários menores.

Fonte: OtakuPT
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Parece que certos hábitos japoneses são difíceis de abandonar e o excesso de horas trabalhadas exigidas pelas empresas é o pior deles. Mesmo que a pessoa goste do que faz, nenhuma empresa pode concordar e incentivar o funcionário a ficar além do horário de expediente.
 
Nossa! São horas demais durante o mês. É difícil até de imaginar uma carga horária dessas no trabalho.

É muito complicado isso. Aposto que a pressão deve ser enorme para esses profissionais, mas realmente nada justifica o que algumas empresas exigem de seus funcionários. A melhor forma é contratar mais funcionários e fazer um revesamento, para esse tipo de coisa não acontecer. Pena que algumas não pensam assim, pois gera mais despesas para elas.

Certeza que em mangás coisas parecidas devem acontecer. Ainda mais que o período de entrega dos capítulos não é tão longo assim, sendo pressão semana após semana.
 
Nussa, que massacrante...

Em um mês tem 720 horas (30 dias). Fazendo comparação com a jornada de trabalho no Brasil, se em uma jornada dupla (dois turnos de 8 horas de trabalho seguidas em um dia) existem 320 horas por mês então significa que ao turno comum de 160 horas mensais (40 horas por semana de cinco dias) ele adicionou mais de 320 horas, ou simultaneamente 3 jornadas de trabalho semanais de 8 horas em média. Quer dizer, não havia domingo e lhe sobravam 4 horas "livres" por dia em que ele podia comer, dormir, pagar as contas, tomar banho... Deve ter até um cronômetro no banheiro.

Não admira a qualidade dos animes caírem, o acúmulo de funções massantes por longos períodos extenuantes aliado a salários sufocados prejudicam a criatividade do artista e deixam o trabalho sem personalidade, com cara de robotizado e sem sabor igual tantas aberturas que tem aparecido.

E pensar que a cultura japonesa até os meados dos anos 60 tinha um ritmo bem mais sincronizado com o ciclo biológico do organismo. Os kamikazes ainda são estimulados na economia.

 
Não admira a qualidade dos animes caírem, o acúmulo de funções massantes por longos períodos extenuantes aliado a salários sufocados prejudicam a criatividade do artista e deixam o trabalho sem personalidade, com cara de robotizado e sem sabor igual tantas aberturas que tem aparecido.
Não concordo muito com essa parte. Não acho que a qualidade da animação caiu, mas que sim continua muito bonita e com grandes avanços, apesar de presenciarmos algumas notícias chatas como essa.

Os animes da nova temporada estão com uma animação muito bonita e Hunter x Hunter é um exemplo claro de como a animação está muito mais bonita do que 10 anos atrás, por exemplo.
 
E isso por três ANOS? E se há 'registros hospitalares', o funcionário deve ter ficado doente ou hospitalizado por esse motivo. Que massacre!

Os japoneses valorizam muito quem fica até depois do expediente. Até onde soube, as únicas exceções a se sair no horário normal são mulheres casadas e com filhos (subentende-se que elas precisem sair para cuidar da casa, do marido e dos filhos), que são os únicos casos 'toleráveis'. No Japão, se você sai no horário todos os dias, fica malvisto e considerado 'pouco esforçado'.

Eu admiro MUITO a cultura japonesa e seus valores. Mas admito que, da mesma forma que são evoluídos demais em alguns quesitos, estão muito atrasados em outros. :no:
 
Não concordo muito com essa parte. Não acho que a qualidade da animação caiu, mas que sim continua muito bonita e com grandes avanços, apesar de presenciarmos algumas notícias chatas como essa.

Os animes da nova temporada estão com uma animação muito bonita e Hunter x Hunter é um exemplo claro de como a animação está muito mais bonita do que 10 anos atrás, por exemplo.

Pra mim caiu muito. Desde 2001 o gráfico de quantidade (número de produções por ano) aumentou em relação ao que era antes por causa da facilidade de tecnologia e difusão, enquanto isso acontecia o medidor de impacto global do oscar continuou estagnado com Chihiro.

Deixaram a produção de músicas para softwares genéricos com batidas pop sem sal (boa parte da queda é global, envolvendo inclusive a crise da indústria do JPop na onda do Kpop), terceirizaram para quem faz mais barato e entende menos de Japão(estrangeiros). A bem da verdade penso que a broxada veio na economia japa como um todo (Akihabara anda caindo de glamour, e não a toa). Pra aparecer uma banda com potencial pra ser "clássica" no futuro igual acontecia antes nos anos 90 está muito difícil.

PS: Li em algum lugar que os jovens japas tinham nomes para os tipos de jornadas. Tipo algo assim:

Jornada simples (um emprego)
Jornada dupla em um dia (tipo morte lenta)
Jornada tripla por semana (morte rápida ou imediata)
 
Última edição:
No caso das animações japonesas, muitos estúdios terceirizaram seus trabalhos e não é raro ver o nome de uma equipe inteira coreana nos créditos finais. Acho que isso ocorre de uns vinta anos para cá quanto a Coreia do Sul se tornou um mercado muito forte em animação e games, basta ver a qualidade de design de alguns mmorpgs coreanos, manhwas. Eles investiram pesado na criação de faculdades voltadas só para desenhos e animações e os estúdios do Japão perceberam que o custo-benefício entre um arte-finalista japonês e um coreano a vantagem era empregar o segundo.

Nos mangás não é diferente, todas as páginas são trabalhadas em separado por cada um dos assistentes, como se fosse uma linha de montagem, para entregar o mangá no prazo.
 
Eu não vejo isso como queda de qualidade. Realmente aumentou o número de produções e, consequentemente, aumenta o número de produções ruins, mas é um indicativo de que tem muita produção boa e que faz sucesso. A terceirização é uma consequência do que o Elring disse, e no final toda empresa quer ter lucro, mas os estrangeiros não necessariamente fazem algo mal feito (só ver a comparação da Lenda de Korra, primeira temporada o coreano Myr e o começo da segunda o japonês Pierrot, o coreano é muito melhor).

Sobre a jornada de trabalho excessiva, nem preciso falar mais nada, concordo com vcs, trabalhar esse tanto é um absurdo (eu já acho ruim trabalhar 40 horas por dia :dente:). Nessas eu agradeço o fato das leis trabalhistas brasileiras terem se baseado nas italianas.
 
Definitivamente o otimismo nessa questão não é pra mim. Pessoalmente ainda não vi sinal concreto que me convença que o maior número de animes de hoje tenha significado crescimento proporcional acompanhando de número de produções de qualidade. Morre um Satoshi Kon e ninguém substitui, um Hayao quer aposentar e o substituto permanece um problema constante, um diretor de Gundam critica problemas atuais nos "fanboys" japoneses e entra por ouvido e sai pelo outro. Enquanto isso... Assistir ao design de um Sankarea é como olhar para as meninas de K-On, todas com aparências iguais concordando umas com as outras ou disputando por motivos plastificados como o modelo de negócios empurrado num show de AKB. Fica difícil até memorizar o traço de quem desenhou entre as produções. Que é um problema que os mangás ainda felizmente incorporam menos, mas mesmo assim tem sofrido por começarem a se autocopiarem. Pra mim um mangá como One Piece continua bom mas o anime continua não sendo a altura e fraco. E enquanto a turma antiga se aposenta a nova não vê a hora de colocar a indústria para fora do país. Economicamente bate forte a moral dos artistas eliminar as vagas locais e transferir os empregos de casa pra fora.
 
Última edição:
Ter mais animes nas temporadas vai acontecer de encontrarmos um mais fraco e outro mais forte, mas isso não é parâmetro para criticar que as animações estão ficando ruins. Temos vários exemplos de animações belas recentes. Vejam o caso de Shingeki no Kyojin, aonde temos um mangá com traços pobres e fraco, mas uma animação belíssima, que superou as expectativas de muitas pessoas e tornou o anime o sucesso que foi ano passado.

Se pegarmos uma comparação entre Hunter x Hunter, vemos que esse remake tem uma melhora significativa na animação. Ela está muito bem fluída e com um trabalho lindo de colorização. Dá para notar uma boa diferença no trabalho feito hoje. O mesmo acontece se pegarmos os episódios mais antigos de Pokémon e comparar com os de hoje que saem da temporada Pokémon X e Y.

Agora se forem criticar as novas obras sendo feitas no Japão, como os filmes em geral terem perdido qualidade de modo geral, eu até posso concordar. Está tendo um pouco de declínio na qualidade, algo que foi bem criticado pelo Hayao Miyazaki. Só acho que isso entra em um novo ponto e não na questão da animação em si.
 
Sobre diretores, o de Gundam tinha comentado do objetivo de Shigeki (fanservice estava perturbando a história que tem conceito muito interessante, e catapultando as características ruins para a animação). Quer dizer, na época não me pareceu ser inveja de colega do mesmo ramo com sucesso de alheio mas sim de um diretor acostumado a fazer também histórias com criaturas gigantes e fazendo eco a diretores de outros gêneros como o Miyazaki.

Os recursos ficam mais baratos e penetram para uma grande quantidade de estúdios de animes ruins mas não se traduzem em qualidade para além dos programas padronizados. Infelizmente piora pela tradição nas animações e quadrinhos chineses e coreanos, com paralisia de direção, sem tempo pra dar sabor ao personagem e com apelo visual (que você exemplificou) bonito mas pobremente executados com sinais de cortes e inserções cansativas (até culturais pra suavizar o que existe de japonês).

O caso coreano e chinês no fundo é semelhante ao problema brasileiro em que há muitos desenhistas e artistas gráficos bons por aí mas na hora de bolar e amarrar o roteiro com desenhos é um sacrifício encontrar um único profissional disciplinado. Aparecem vários artistas nesses países levantando a mão para vender quadrinho mas querendo no fundo apenas seduzir com imagens "eyecandy" voltadas a fama do desenhista num trabalho temporário e não para a obra integral com perspectiva de longa duração. Sendo que no Japão a arte explícita de imagem sedutora do hentai de fã era considerado pelo autor como ponta pé inicial na carreira porque era cheio de clichês e de grossura inexperiente, longe da suavidade japonesa das tramas. (recentemente tem sobressaído termos como "landscape porn" que dão o que pensar da base de fãs)

Dentro desse contexto o Togashi viveu numa época mais auspiciosa de uma geração mais antiga que estava (aquela sim) num tempo otimista e mais favorável a formar bons diretores que escreviam pelo prazer da boa história. Um momento como o que houve nos anos 80 e 90 não se repete na conjuntura atual.

Não que a indústria deva se engessar, longe disso, mas o renascimento da animação japonesa tem passado por uma diluição de conceito e conteúdo usando a marca antiga apenas como muleta, e no meio do caminho vai canibalizando as peças do "parque industrial de animes". E bem na hora em que queriam renovar o conceito antigo para um conceito mais novo ou até ocidental e universal (influenciado por Disney, Pixar, etc...) falta dinheiro.

Em parte a indústria pop no mundo japonês anda meio "zoada" com aquilo que deveria ser divertido. Mamoru Oshii chama o Sky Crawlers (premiado inclusive) de "anime para as crianças ficarem alegres" (???). O Watanabe fez um anime recente voltado pra uma comédia mais adulta que me pareceu ter cara de "flash" no mal sentido. Então vamos ver, se o dinheiro voltar a circular nos lugares certos eles podem escapar de serem absorvidos pela nulidade do visual. O Makoto Shinkai trabalha bem a questão do visual com roteiro, mas pra cada Shinkai tem 10 japoneses querendo substitui-lo por 100 chineses/coreanos.
 
Última edição:
Sobre diretores, o de Gundam tinha comentado do objetivo de Shigeki (fanservice estava perturbando a história que tem conceito muito interessante, e catapultando as características ruins para a animação). Quer dizer, na época não me pareceu ser inveja de colega do mesmo ramo com sucesso de alheio mas sim de um diretor acostumado a fazer também histórias com criaturas gigantes e fazendo eco a diretores de outros gêneros como o Miyazaki.

Os recursos ficam mais baratos e penetram para uma grande quantidade de estúdios de animes ruins mas não se traduzem em qualidade para além dos programas padronizados. Infelizmente piora pela tradição nas animações e quadrinhos chineses e coreanos, com paralisia de direção, sem tempo pra dar sabor ao personagem e com apelo visual (que você exemplificou) bonito mas pobremente executados com sinais de cortes e inserções cansativas (até culturais pra suavizar o que existe de japonês).

O caso coreano e chinês no fundo é semelhante ao problema brasileiro em que há muitos desenhistas e artistas gráficos bons por aí mas na hora de bolar e amarrar o roteiro com desenhos é um sacrifício encontrar um único profissional disciplinado. Aparecem vários artistas nesses países levantando a mão para vender quadrinho mas querendo no fundo apenas seduzir com imagens "eyecandy" voltadas a fama do desenhista num trabalho temporário e não para a obra integral com perspectiva de longa duração. Sendo que no Japão a arte explícita de imagem sedutora do hentai de fã era considerado pelo autor como ponta pé inicial na carreira porque era cheio de clichês e de grossura inexperiente, longe da suavidade japonesa das tramas. (recentemente tem sobressaído termos como "landscape porn" que dão o que pensar da base de fãs)

Dentro desse contexto o Togashi viveu numa época mais auspiciosa de uma geração mais antiga que estava (aquela sim) num tempo otimista e mais favorável a formar bons diretores que escreviam pelo prazer da boa história. Um momento como o que houve nos anos 80 e 90 não se repete na conjuntura atual.

Não que a indústria deva se engessar, longe disso, mas o renascimento da animação japonesa tem passado por uma diluição de conceito e conteúdo usando a marca antiga apenas como muleta, e no meio do caminho vai canibalizando as peças do "parque industrial de animes". E bem na hora em que queriam renovar o conceito antigo para um conceito mais novo ou até ocidental e universal (influenciado por Disney, Pixar, etc...) falta dinheiro.

Em parte a indústria pop no mundo japonês anda meio "zoada" com aquilo que deveria ser divertido. Mamoru Oshii chama o Sky Crawlers (premiado inclusive) de "anime para as crianças ficarem alegres" (???). O Watanabe fez um anime recente voltado pra uma comédia mais adulta que me pareceu ter cara de "flash" no mal sentido. Então vamos ver, se o dinheiro voltar a circular nos lugares certos eles podem escapar de serem absorvidos pela nulidade do visual. O Makoto Shinkai trabalha bem a questão do visual com roteiro, mas pra cada Shinkai tem 10 japoneses querendo substitui-lo por 100 chineses/coreanos.

Mas aí eu acho que você está misturando dois conceitos totalmente diferentes: Animação em série e filmes de animação.

O seriado tem por obrigação funcionar como um veículo comercial voltado para o consumo; tudo nele é planejado para tornar-se atraente e de grande potencial apelativo para com os consumidores japoneses. Desde o prato que determinado personagem consome até os acessórios que ele utiliza é concebido para que se torne um produto vendável. E incluo soundtracks, action figures, cards e uma caralhada de quinquilharias. Um ou outro anime que surge a cada 5 ou 6 temporadas extrapola o puro merchan para jogar uma história surreal ou arrebatadora.

Já filme é outro caminho, como não tem a obrigação de manter-se relevante a cada semana, o enredo pode ser trabalhado e retrabalhado até chegar ao resultado idealizado pelo diretor. Aqui, o resultado final de um filme tem mas a ver com a mão do diretor do que com a obrigação de um estúdio em torná-lo vendável durante uma temporada.

E essas reclamação não são de hoje. Gente do calibre de um Takao Saito, Kazuo Koike ou George Morikawa já não viam com bons olhos as produções dos anos 80 que espelhavam a americanização e a decadência da sociedade daquela época :lol:
 
Pode ser surpreendente dizer isso, mas séries e filmes tem mais em comum do que parece (que são os responsáveis da linha de fabricação). O Mamoru Oshii mesmo trabalha tanto em filmes quanto séries (escrevendo) e na época de ouro dos OVAs mudavam o cuidado financeiro com o roteiro (mais longo por causa do orçamento), mas as regras do processo valiam tanto para 1 minuto quanto para 100, seja série ou filme. Ambas as mídias, nas duas épocas, são feitas para lucrar com derivados e se isso não acontecia o estúdio afundava como Final Fantasy ou estúdios de OVas dos anos 80. São 2 termômetros que precisam ser avaliados lado a lado pra calcular a saúde da indústria, porque consomem os recursos das mesmas fontes (carteira de clientes, empresas e laboratórios de mídia, etc...). Os dois (série e filme) são fortemente integrados um no outro.


E essas reclamação não são de hoje. Gente do calibre de um Takao Saito, Kazuo Koike ou George Morikawa já não viam com bons olhos as produções dos anos 80 que espelhavam a americanização e a decadência da sociedade daquela época :lol:

Por isso que eu mencionei no começo que não me pareceu ser simples ou mera ranhetice de gente da geração antiga ou inveja, mas sim argumento real.
 
Aí depende de que tipo de filme está se referindo, existe aqueles que são spin-off de uma série e/ou funcionam como prelúdio de um novo arco ou como piloto da série. Do outro lado estão obras que, apesar do enorme sucesso de público e crítica, não originaram uma série: Paprika, Tokyo Godfathers, O Castelo de Cagliostro, Hoshi no Koe, Nausicaa, Perfect Blue e Memories.

É aquele mesmo caso que o Ilmarinen já tinha apontado sobre a queda de padrão nos gibis da Marvel e da DC; como havia um enorme atraso nas obras, as editoras podiam selecionar as melhores histórias para lançarem por aqui, não importando se seguia ou não a cronologia. O que causou a falsa impressão de que tudo nos anos 80 era bom e melhor do que atualmente.

Agora, com a explosão da internet, podemos acompanhar praticamente ao mesmo tempo tudo o que lançado em termos de animações japonesas e isto inclui aquelas séries consideradas de baixa qualidade. E eu sou muito grato por isso, pois foi uma looooonga caminhada até aqui. Não tenho mais que depender de uma emissora, casa de amigos com tv a cabo e revistas voltadas para animes e mangás para saber o que está acontecendo do outro lado do mundo.

Mas concordo que há uma certa pasteurização e massificação dos personagens e histórias que tem como ponto de partida "um ou um grupo de estudantes que...", dá a impressão de que não existe vida além dos 17 anos de idade :lol:
Fazer o quê? Infelizmente é este o mote que está ditando as regras na atual safra de animes de uns anos para cá e (a não ser que apareça algum anime paradoxal) não vejo melhorias a curto prazo.
 

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