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Cinco Filmes Favoritos Com [F*U*S*A*|KåMµ§]

Vëon

Do you know what time it is?
Estreando à coluna, ninguém mais apropriado do que aquele que asssitiu 566 filmes em 2010, segue abaixo os cinco filmes escolhidos pelo [F*U*S*A*|KåMµ§].

Ladrões de Bicicleta (Ladri di biciclette) – 1948 – Vittorio De Sica

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Sou muito fã de filmes com plot twists que dão nó no cérebro e que estas sejam bem fechadas. Não temos nada disso neste filme. E isso é o que o faz ser especial pra mim, ao tentar entender a razão de eu ter gostado tanto dele mesmo tendo um enredo linear onde tudo o que ocorre é ordinário.
Trata-se da história de um homem em busca de sua bicicleta roubada no primeiro dia de trabalho. Apesar dos esforços e da ajuda de seu filho, ele termina por falhar em seu objetivo e sucumbe ao desespero. Não há grandes reviravoltas, não há situações heróicas ou épicas, não há sacadas geniais que revelam o mistério. Há apenas a história de um trabalhador desesperado em busca do seu único objeto de trabalho no qual depositou literalmente tudo o que possuía.
O fechamento é o ponto alto do filme. A cena final do garoto agarrado ao pai com olhar perplexo e o encerramento repentino da história. Este final inesperado baseado no limite de desespero do pai resultou em uma conclusão fortíssima, e talvez essa seja a razão de eu ter guardado este filme na minha memória.
Um Corpo que Cai (Vertigo) – 1958 – Alfred Hitchcock

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Como disse no filme anterior, sou muito fã de filmes com twists e/ou finais fortes. E não há diretor melhor para representar esse gosto do que o gênio Hitchcock, e dentre seus filmes optei por Vertigo. Obviamente poderia ter optado por muitas outras obras com reviravoltas ou finais surpreendentes como Psicose, Disque M para Matar, etc.
Mas peguei o filme que se dá ao luxo de podermos até ignorar que o personagem principal é feito pelo também grande James Stewart, tamanho o envolvimento que enredo proporciona e a seqüência muito bem montada do desenrolar do mistério do iniciozinho até o fim. Neste caso temos revelações sendo jogadas na tela a todo o instante e uma tensão constante a partir do momento em que o mistério é revelado na metade do filme.
Se não bastasse o twist mindfuck presenciado pelo espectador referente ao tema central do filme, há ainda espaço para uma última surpresa ao final. Quando o destino dá cabo de fechar esta obra prima do suspense.
Claro que um filme de suspense e mistério, além de um bom enredo, necessita de uma boa escolha para som e arte. E nisto Vertigo também se destaca, fechando como um dos mais completos suspenses do cinema.
Pinóquio (Pinocchio) – 1940 – Hamilton Luske / Ben Sharpsteen

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Difícil escolher uma animação da Disney (animação americana = Disney). Há tantas opções com seus pontos fortes, como a trilha clássica de Fantasia, a trilha original de Rei Leão, a carga dramática de Bambi, a arte gráfica de Bela e a Fera, etc. Optei por escolher o filme que é forte em todos os pontos que eu considero importantes para uma animação, mesmo que não seja o melhor em cada um individualmente. Pinóquio é uma fábula que busca fugir do estilo “príncipe/princesa” tão comum em desenhos. Seu fundo moral em relação a saber escolher em quem confiar e não buscar pelos atalhos da vida é bem mais válido para a o desenvolvimento de um ser humano do que ficar a espera da chegada do seu príncipe encantado ou buscar por uma princesa que estará submissa a sua espera. Além desse ponto, temos a melhor canção original de todas as animações Disney até o momento (“When You Wish Upon a Star”), que até teve versão do legendário Frank Sinatra. Cada um de seus personagens são tão bem apresentados que está no imaginário da maioria das pessoas que ainda esperam a fada azul ao fazer um pedido para uma estrela cadente, ou checa o próprio nariz quando conta uma mentira cabeluda, ou identifica as raposas que querem te enrolar, o velhinho artesão que constrói brinquedos, etc.
Only Yesterday (Omohide Poro Poro) – 1991 – Isao Takahata

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Apesar de não ser tão monopolizadora como a Disney, poderia escrever aqui também que animação japonesa = Ghibli. E apesar do grande gênio do estúdio com reconhecimento internacional ser o Hayao Miyazaki, as grandes animações do estúdio foram realizadas por Isao Takahata. Não há animação mais bucólica e sutil do que Only Yesterday. Ela conta a história de uma mulher de quase 30 anos que passou a vida inteira sonhando em ter uma vida no campo, afastada da grande Tóquio. Em uma de suas férias ela resolve realizar este sonho, e durante sua jornada ela relembra sua infância, sua família, seus melhores momentos. Como Robin Williams filosofa em Gênio Indomável, as situações saudosas da vida não são as grandes aventuras, os momentos históricos, mas sim os pequenos detalhes únicos do seu passado, as “idiossincrasias”. Ela relembra as discussões sobre garotos, suas dificuldades com matemática, suas “lutas” com sua irmã, entre muitas outras. A partir deste ponto ela passa a refletir mais sobre o modo de ver a própria vida.
Junta-se a isso a impecável animação dos estúdios Ghibli, tanto na arte gráfica dos personagens e cenários quanto na qualidade técnica com que cada cena é tratada.
The Place Promised in Our Early Days (Kumo no Mukou, Yakusoku no Basho) – 2004 – Makoto Shinkai

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Nada de Pixar. Makoto Shinkai é a grande revelação em animação da última década. Ele “entrou entrando” com bico na porta com seu segundo curta-metragem Hoshi no Koe, dirigindo, escrevendo, animando, renderizando, e até dublando. Sua técnica de juntar animação em CGI com animação tradicional produziu muita das mais belas cenas vistas neste gênero. Com a fama adquirida pela internet e seu talento reconhecido, ganhou apoio e orçamento necessários para a produção de um longa-metragem. E logo de primeira ele acertou. Assim como em Hoshi no Koe, Makoto Shinkai explora um tema que oscila entre o romance e a ficção científica de uma forma pouco antes feita. Colocando um triangulo amoroso dentro de um conflito político em um Japão dividido após a guerra. A garota misteriosamente some e os dois amigos terão que optar entre a salvação da amada ou o bem da nação. O enredo possui alguns exageros científicos, mas a qualidade técnica atingida na animação ainda está por ser superada por outro longa de animação por computação. O próprio Makoto já mostrou que ainda há muita evolução a ser feita ao lançar a série em 2007 dividida em 3 episódios chamada Byousoku Go Senchimeitoru.
 

Anexos

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Pra não ficar repetindo os mesmos filmes de sempre de todas as listas eu preferi dividir e pegar meu filme favorito de hollywood, de fora de hollywood, animação americana, animação não-americana. E um bonus de animação em computação gráfica pra ter um filme do novo seculo.
 
Caramba, 566 filmes num ano! Mais de um filme e meio por dia! 8-O

Parabéns ao Vëon pelo projeto e ao Fusa pelas indicações! Interessei-me pelo filme do Hitchcock. Nunca assisti filmes dele (eu não curto muito a sétima arte) e esse pode ser um bom começo.
 
Estou enrolando muito para assistir The Place Promised in Our Early Days. Desse final de semana não passa.

E gostei do critério do FUSA. Ficou muito boa a lista!
 
Acho Ladrões de Bicicleta fantástico pelos motivos que você citou, um dos meu filmes favoritos do neo-realismo italiano. Pena que poucas pessoas se interessem, é uma boa alternativa pra quem quer fugir um pouco de blockbusters.

E Um Corpo que Cai tá pau-a-pau com Os Passáros entre meus favoritos do Hitchcock e consequentemente filmes de suspense.
 
Eu ainda não assisti o Ladrões de Bicicleta, só conheço de ler a respeito. E pela sua descrição parece ser bom, de vez em quando é legal assistir filmes com estórias mais simples, voltadas ao cotidiano habitual das pessoas, sem toda aquela pompa épica grandiosa.
Eu sou muito fã do Hitchcock, mas não acho o Um Corpo que Cai um dos melhores filmes dele, pelo menos no meu gosto. Acho meio confuso, daqueles filmes que passam do momento de terminar, e portanto o que vêm depois é cansativo.
Essas duas animações japonesas parecem ser muito boas, como é comum no gênero. Depois vou procurar pra ver.
 
Legal colocar as animações, prefiro elas a filmes, afinal não tem como os atores serem ruins!
 

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