Vi Die Hard há pouco tempo. A primeira coisa que salta à vista, para quem esteja habituado a ver filmes de acção recentes, é quão rapidamente ele joga as personagens no meio da ação. Foi quase chocante como as coisas desempatam em meros quinze minutos. Tudo o que é preciso saber sobre o McClane eles contam nesse período, com à vontade. O filme todo é uma lição de como economizar tempo e avançar a narrativa nos momentos certos. E nem é curto, tem mais de duas horas - mas são duas horas de adrenalina e acrobacias inspiradas, em que nunca perdem tempo com chatices supérfluas.
Hoje em dia temos set-ups atrás de set-ups, histórias de origem que ocupam metade do filme, exposições de factos intermináveis. Mesmo o filme desse género mais razoável que apareceu no último ano, Dredd, demora um tempão a começar a matança. Hollywood esqueceu a lição.
Ryan é uma lamechice, e chato a dar com o pau. Tom Hanks é um vácuo. Talvez seja o filme "sério" do Spielberg que se vê com mais agrado; é bonitinho, e a cena do desembarque é realmente impressionante. Fiquemos por aí.