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Autor da Semana Giovanni Boccaccio

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Liv

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Giovanni Boccaccio (Florença ou Certaldo, 16 de junho de 1313 - Certaldo, 21 de dezembro de 1375) foi um poeta e crítico literário italiano, especializado na obra de Dante Alighieri.

Filho de um mercador, Boccaccio não se dedicou ao comércio como era o desejo de seu pai, preferindo cultivar o talento literário que se manifestou deste muito cedo. Foi um importante humanista, autor de um número notável de obras, incluindo Decamerão, o poema alegórico Visão Amorosa (Amorosa visione) e De claris mulieribus, uma série de biografias de mulheres ilustres. O "Decamerão" fez de Boccaccio o primeiro grande realista da literatura universal.
Ao ler "A Comédia", de Dante Alighieri, ficou tão fascinado que a renomeou de "A Divina Comédia", título com que a obra seria imortalizada. Considerado pelos seus contemporâneos florentinos uma autoridade sobre Dante, o governo da cidade convidou-o, em 1373, a fazer uma leitura pública da Divina Comédia. Se bem que haja poucos registos, crê-se que Boccaccio fez apenas cerca de 55 palestras, pois a doença obrigava-o a interromper a apresentação no Canto XVII do Inferno. Nunca conseguiria terminar o projecto, mas o texto com os seus comentários ficou para a posteridade: Esposizioni sopra la Comedia di Dante. Boccacio foi autor de uma das primeiras biografias de Dante, o Trattatello in laude di Dante, também conhecido como Vita di Dante. Encontra-se sepultado na Igreja de São Jacó e Filipe na Toscana, Itália.

Obras:

  • Amorosa visione (1342)
  • Buccolicum carmen (1367-69)
  • Caccia di Diana (1334-37)
  • Comedia delle ninfe fiorentine (Amato, 1341-42)
  • Corbaccio (cerca de 1365, data controversa)
  • De claris mulieribus (1361, reeditado com revisão em 1375)
  • Decameron (1349-52, revisado em 1370-71)
  • Elegia di Madonna Fiammetta (1343-44)
  • Esposizioni sopra la Comedia di Dante (1373-74)
  • Filocolo (1336-39)
  • Filostrato (1335 ou 1340)
  • Genealogia deorum gentilium libri (1360, revisado em 1374)
  • Ninfale fiesolano (entre 1344-46, data controversa)
  • Rime (concluído em 1374)
  • Teseida delle nozze di Emilia (em torno de 1341)
  • Trattatello in laude di Dante (1357, em latim De origine vita studiis et moribus viri clarissimi Dantis Aligerii florentini poetae illustris et de operibus compositis ab eodem)
  • Zibaldone Magliabechiano

(Fonte: Wikipédia)

Biografia do UOL educação (gosto mais dessa, heim)


[h=1]Giovanni Boccaccio[/h]16/6/1313, Paris, França
31/12/1375, Certaldo, Itália

Da Página 3 - Pedagogia & Comunicação
Autor do "Decameron", Boccaccio é considerado o criador da prosa italiana. Não se conhecem as circunstâncias de seu nascimento. As biografias mais antigas o consideravam parisiense (a mãe era provavelmente francesa), mas os românticos italianos acreditavam que ele tivesse nascido na Toscana (como o pai).

Aos 23 anos, inspirado no caso amoroso que supostamente tivera com uma jovem nobre, escreveu "Fiammetta", em que já se percebia a capacidade de fazer análises psicológicas, traço presente em quase todas as suas obras.

Admirador de Dante (que tinha origem nobre), Boccaccio pertencia à nova burguesia mercantil que se instalava em Florença. Ainda jovem, acompanhou o pai por vários lugares distantes, inclusive Paris e Nápoles, sedes de duas grandes monarquias. A convivência napolitana lhe permitiu uma visão realista dos homens e a oportunidade de freqüentar ambientes requintados. Lá, conheceu Niccola Acciaiuoli, homem de confiança da corte local, e intelectuais como Cino da Pistoia (amigo de Dante e Petrarca), Paolo da Perugia (bibliotecário régio), Andalò del Negro (astrólogo) e Dionigi da Borgo San Sepolcro (teólogo).

De 1334 a 1335, compôs a "Caccia di Diana" e o "Filostrato". Nos anos seguintes, escreveu o "Filocolo" (em livros, sendo considerado o primeiro grande romance da literatura italiana) e a "Teseida" (poema evocativo das guerras míticas de Teseu). Sua produção em Nápoles seria farta e diversificada, em prosa e verso, abrangendo o gênero lírico, o cortês, o romanesco e o erudito.

De volta a Florença com o pai, incorporou-se na vida cultural da cidade até tornar-se seu protagonista. Entre 1342 e 1346, escreveu a "Commedia Delle Ninfe Fiorentine" (ou "Ninfale d'Ameto"), a "Amorosa Visione", a "Elegia di Madonna Fiammetta" e o "Ninfale fiesolano". Esse conjunto de obras caracterizou-se pela influência local e criou uma nova linguagem narrativa em versos, que influenciaria todo o século 15.

Com a morte do pai, Boccaccio tornou-se o chefe da família aos 25 anos de idade. Graças aos relacionamentos e à reputação intelectual, participou de atividades diplomáticas para Florença. Em 1351, foi nomeado tesoureiro comunal e embaixador junto ao duque Luís da Baviera.

Em 1353, desempenhou uma missão na Romanha; depois, seguiu para Avignon, levando uma embaixada ao papa (na época, o papado estava instalado naquela cidade francesa). Em 1355, viu-se incumbido de fiscalizar os mercadores florentinos e encontrou-se na Toscana com o soberano do Sacro Império. Tentou voltar a Nápoles, sem êxito, e tornou-se embaixador na Lombardia (1359), quando recebeu do papa Inocêncio 6º um cargo eclesiástico.

Alcançado o bem-estar econômico e a fama literária, conheceu Petrarca, que se tornaria seu mestre e amigo. Os dois estabeleceram uma correspondência literária, embora tivessem diferenças: na política florentina, Petrarca era do partido aristocrata (monarquista), e Boccaccio, do democrata (republicano). Foi nesse período que Boccaccio escreveu o "Decameron" (1349-1351), uma coleção de cem histórias irreverentes e satíricas em que retratava os costumes da sociedade de Florença.

Em 1350, iniciou a composição da "Genealogia Deorum" (que não se cansaria de corrigir e completar até a morte). Cinco anos depois, dedicou-se a "De Montibus" (concluído em 1374). E, em 1360, escreveu a primeira versão de "De Casibus" (revista em 1375). Esse conjunto de escritos mostrava, em seu culto à Antiguidade, a nítida influência de Petrarca.

Em dezembro de 1360, a crise política entre democratas e os aristocratas redundou numa conspiração e na prisão ou execução dos democratas, amigos de Boccaccio. Este retirou-se para Certaldo, onde tinha residência. O exílio político coincidiu com a piora das condições econômicas de Boccaccio.

Após uma permanência em Ravena, ele regressou a Nápoles. Mas a acolhida o decepcionou, e Boccaccio partiu para Veneza, a fim de rever Petrarca. Em 1363, voltou para Certaldo.

Em 1365, ainda durante o período de recolhimento, Boccaccio escreveu o "Corbaccio". No mesmo ano, foi mandado a Avignon para negociações com o papa Urbano 5º. Em 1367, depois de uma estada em Veneza, desempenhou nova missão junto a Urbano, agora em Roma. Em 1368, visitou Petrarca em Pádua e, em 13701, fez a última viagem a Nápoles.

Retornou a Certaldo, onde reviu e recopiou o "Decameron", na versão que chegou até nossos dias. Em 1373, após outro afastamento devido às tensões políticas em Florença, foi chamado para comentar publicamente a "Divina Comédia", de Dante. Suas preleções (que depois escreveria) eram um monumento em homenagem ao escritor, e Boccaccio foi elevado a líder da cultura florentina.

Em 1374, doente, redigiu o testamento, no qual doa sua biblioteca ao convento de Santo Spirito. A morte de Petrarca, ocorrida em julho, o deprimiu. Boccaccio morreu em 12 de dezembro de 1375 e foi sepultado em Certaldo.

Giovanni_Boccaccio.jpg
 
Parabéns pelo tópico! =)
Ficou ótimo.

Fiz uma gambiarra há um tempo pra ler os comentários dele pra Divina Comédia, de modo que isso foi tudo que já li dele. Mas, de todo modo, ainda quero ler a Teseida. É o primeiro poema de proporções consideráveis (e qualidades consideráveis, pelo que li) a se utilizar da oitava rima :D
 
Uma dos livros que mais gosto da Coleção Imortais da Literatura Universal, que eu tenho, é Decamerão de Giovanni Boccaccio (com tradução de Torrieri Guimarães); trata-se de uma coleção de cem novelas escritas provavelmente entre 1348 a 1353. Foi escrito em dialeto toscano.

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A obra é considerada um marco literário na ruptura entre a moral medieval, em que se valorizava o amor espiritual, e o início do realismo, iniciando o registro dos valores terrenos, que veio redundar no humanismo; nele não mais o divino, mas a natureza, dita o móvel da conduta do homem.

Com subtítulo de Príncipe Galeotto, Decamerão marca com nitidez o período de transição vivido na Europa com o fim da Idade Média, após o advento da Peste Negra; aliás é neste período de terror que a narrativa se passa.

Dez jovens (sete moças e três rapazes) fogem das cidades tomadas pela pandemia que dizimava impiedosamente o continente europeu ao se recolherem a uma casa de campo. Aconselhados por Pampinéia, a mais velha entre as mulheres, estabaleceram que escolheriam um chefe para o grupo para cada dia. Sendo ela a primeira escolhida, definiu: "(...) Para os que vierem depois, o processo de escolha será o seguinte: quando se vier aproximando a hora do surgimento de Vênus, no céu, à tarde, o chefe será, à vez de cada um, escolhido por aquele, ou aquela, que estiver comandando durante o dia.(...)"

As moças tinham idade entre 18 e 28 anos, eram bonitas e de origem nobre, e seu comportamento honesto. Agrupadas por acaso na igreja de Santa Maria Novela, resolvem continuar juntas e logo surgem três moços, com idade a partir dos 25 anos, agradáveis e bem educados, que procuravam suas amadas, que eram três das moças ali reunidas.

As cem novelas que fazem parte da obra falam, sobretudo, das idiossincrasias humanas. Nelas Boccaccio exibe de forma crua a natureza humana, como nunca antes a literatura havia exposto.

Fonte: Wikipedia
 
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