Ana Lovejoy
Administrador
(...) Eu queria decifrar as coisas que são importantes. E estou contando não é a história de um sertanejo, seja se for jagunço, mas a matéria vertente. Queria entender do medo e da coragem, e da gã que empurra a gente para fazer tantos atos, dar corpo ao suceder. O que induz a gente para más ações estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso por direito, e não sabe, não sabe, não sabe!
Essa é uma passagem em que Riobaldo, o narrador de 'Grande Sertão: Veredas', explica o porque de estar contado sua história. Acho que esse trecho por si só já é arrebatador, mas tem tanta coisa para se ver em 'Grande Sertão' que eu fico feliz por ter deixado meu preconceito por autores brasileiros pós-romantismo para conhecer essa obra (é, li o livro porque foi indicado para a prova de Literatura Brasileira )....
Para começar, ler 'Grande Sertão' já é, por si só, um desafio. Guimarães Rosa adota uma linguagem atípica, muitas vezes difícil de se acompanhar se não for lido com atenção. É uma mistura de português antigo com português moderno, de norma culta com linguagem simples... enfim, completamente atemporal. Na verdade, um toque de mestre do Rosa: ele usa essa forma de linguagem para marcar o tempo psicológico da narrativa.
Outra coisa bem interessante na obra é a discussão sobre a existência de Deus e o diabo, sobre fazer o bem e fazer o mal. Na verdade, de como se conclui o que é bem e o que é mal se você nunca conhece todos os fatos ligados a seus atos.... Isso fica *muito* evidente na principal trama do livro, a atração que o jagunço Riobaldo (o narrador) sente por um de seus companheiros (isso mesmo), Diadorim.
Não vou entrar em detalhes sobre essa relação deles porque estraga (e muito!) o rolar da história, que vale a pena *mesmo* ser lida (caso contrário eu nem estaria falando aqui para vocês ¬¬). Para mim foi caso de paixão a primeira vista e derrubou um monte de preconceitos literários...
E Diadorim é Bettancouuuuuuuuuuurt
Essa é uma passagem em que Riobaldo, o narrador de 'Grande Sertão: Veredas', explica o porque de estar contado sua história. Acho que esse trecho por si só já é arrebatador, mas tem tanta coisa para se ver em 'Grande Sertão' que eu fico feliz por ter deixado meu preconceito por autores brasileiros pós-romantismo para conhecer essa obra (é, li o livro porque foi indicado para a prova de Literatura Brasileira )....
Para começar, ler 'Grande Sertão' já é, por si só, um desafio. Guimarães Rosa adota uma linguagem atípica, muitas vezes difícil de se acompanhar se não for lido com atenção. É uma mistura de português antigo com português moderno, de norma culta com linguagem simples... enfim, completamente atemporal. Na verdade, um toque de mestre do Rosa: ele usa essa forma de linguagem para marcar o tempo psicológico da narrativa.
Outra coisa bem interessante na obra é a discussão sobre a existência de Deus e o diabo, sobre fazer o bem e fazer o mal. Na verdade, de como se conclui o que é bem e o que é mal se você nunca conhece todos os fatos ligados a seus atos.... Isso fica *muito* evidente na principal trama do livro, a atração que o jagunço Riobaldo (o narrador) sente por um de seus companheiros (isso mesmo), Diadorim.
Não vou entrar em detalhes sobre essa relação deles porque estraga (e muito!) o rolar da história, que vale a pena *mesmo* ser lida (caso contrário eu nem estaria falando aqui para vocês ¬¬). Para mim foi caso de paixão a primeira vista e derrubou um monte de preconceitos literários...
E Diadorim é Bettancouuuuuuuuuuurt