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Autor da Semana Michael Ende

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Michael Ende


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Michael Andreas Helmuth Ende (12 de novembro de 1929 – 28 de agosto 1995), filho do pintor surrealista Edgar Ende e nascido na Baviera, Alemanha, foi um aclamado escritor alemão de fantasia e literatura infantil.

Teve seu nome imortalizado por seu trabalho mais conhecido, o épico fantástico ‘A História Sem Fim’ (‘Die unendliche Geschichte: Von A bis Z ‘ traduzido para o inglês como ‘The Neverending Story’, 1979) , outras obras famosas incluem ‘Manu, a menina que sabia ouvir’ (Momo, 1973) e ‘Jim Button and Luke the Engine Driver’ (sem tradução para o Português, 1960). Suas obras foram traduzidas para mais de 40 idiomas e vendeu mais de 20 milhões de cópias e foram adaptados para filmes, peças teatrais, óperas e livros de áudio. Faleceu em Filderstadt, Alemanha, de câncer de estômago.


Ende foi um dos autores alemães mais famosos e populares do século XX, principalmente devido ao enorme sucesso de seus livros infantis. No entanto, Ende não era estritamente um autor das crianças, como ele também escreveu livros para adultos. Ende afirmou: "É por esta criança em mim e em todos nós, que eu conto minhas histórias (...) e [os meus livros são] para qualquer criança entre os 80 e os 8 anos". Ende freqüentemente via-se frustrado em ser notado como sendo um autor exclusivamente infantil, pois considerava-se um escritor perfeitamente capaz de falar também sobre outros assuntos mais complexos, tais quais problemas culturais e sabedoria espiritual, para pessoas de todas as idades em suas obras. Assim, ele escreveu em 1985:

"Pode-se entrar no salão literário através de praticamente qualquer porta, seja a porta da prisão, a porta do hospício, ou a porta de bordel. Há apenas uma porta não se pode entrar nisso, que é a porta do quarto das crianças. Os críticos nunca te perdoarão por isso. O grande Rudyard Kipling é um de uma série de pessoas para sofreram por fazer isso. Eu fico me perguntando a mim mesmo sobre o que é, na verdade, este desprezo peculiar para qualquer coisa relacionada à infância".

O estilo de Ende pode ser descrito como uma mistura surreal de realidade e fantasia, frequentemente usando da metalinguagem: o leitor é frequentemente convidado a assumir um papel mais interativo na história, e os mundos em seus livros muitas vezes refletem a nossa realidade, usando fantasia para trazer luz aos problemas de uma sociedade moderna cada vez mais tecnológica. Seus escritos foram influenciados pela Antroposofia. Ende também era conhecido como um defensor da reforma econômica, e afirmou ter tido o conceito de ‘aging money’ em mente ao escrever ‘Manu’.


Vida e Obra

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Nasceu em 12 de novembro de 1929, em Garmisch-Partenkirchen (Baviera, Alemanha), filho do casal Edgar Ende, um pintor surrealista, e Luise Bartholomä Ende, uma fisioterapeuta. Desde que sua obra foi proibida pelo partido nazista, Edgar Ende foi forçado a trabalhar em segredo. Em 1935, quando Michael tinha seis anos, a família mudou-se para um ‘quartel de artistas’ em Munich. O pequeno Michael, então, cresceu nesse ambiente artístico e literário riquíssimo, que posteriormente iria influenciar de forma determinante sua forma de expressão e seu estilo literário.

Ende participou da ‘Maximillians Gymnasium’ em Munich, até que as escolas foram fechadas devido aos atentados em 1943. Em 1945, com dezesseis anos, Michael Ende foi convocado para o exército alemão, mas desertou para juntar-se a um grupo anti-nazista até o restante da guerra. Terminada a II Guerra, retomou seus estudos na Escola Waldorf em Stuttgart, e foi nessa época que começou a escrever histórias. Ele aspirava a ser um dramaturgo, mas escreveu histórias curtas e principalmente poemas: aceitou uma bolsa para estudar teatro na Otto-Falkenberg-Schauspielschule em Munich, já que não podia dar ao luxo de pagar uma faculdade.

Apesar do sucesso, Michael sempre foi um autor recluso, modesto e até mesmo tímido por toda a vida - o que não diminui seu talento e estilo, ambos incomparáveis e singulares.


Bibliografia


Os títulos originais estão listados em alemão, seguido pela tradução em Inglês, pois a maioria não têm traduções para o Português. Sua obra inclui, além de poemas e histórias, peças de teatro.

1960 - Jim Knopf und Lukas der Lokomotivführer (Traduzido para o Inglês por Anthea Bell como Jim Button and Luke the Engine Driver). Foi vencedor do Deutscher Jugendliteraturpreis em 1961. Livro infantil.

1962 - Jim Knopf und die Wilde 13 (Jim Button and the Wild 13). Livro infantil.

1967 - Die Spielverderber (The Spoilsport). Peça teatral.

1972 - Tranquilla Trampeltreu die beharrliche Schildkröte. Livro infantil.

1973 – Manu, a Menina que Sabia Ouvir (Traduzido para o Inglês por Francis Lobb as The Grey Gentlemen, e por J. Maxwell Brownjohn as Momo). Foi vencedor do Deutscher Jugendliteraturpreis em 1974. Livro infantil.

1975 - "Das Kleine Lumpenkasperle". Livro infantil.

1978 - Das Traumfresserchen (Traduzido para o Inglês por Gwen Mars como The Dream Eater), Livro infantil.

1978 - Lirum Larum Willi Warum: Eine lustige Unsinngeschichte für kleine Warumfrager. Livro infantil.

1979 – A História Sem Fim - Die unendliche Geschichte: Von A bis Z (Traduzido para o Inglês por Ralph Manheim como The Neverending Story)

1981 Der Lindwurm und der Schmetterling oder Der seltsame Tausch (1981) . Livro infantil.

1982 - Die zerstreute Brillenschlange, peça teatral.

1982 - Die Schattennähmaschine. Livro infantil.

1982 - Das Gauklermärchen (The Juggler's Tale). Peça teatral.

1982 – Com co-autoria de Erhard Eppler e Hanne Tächl - Phantasie/Kultur/Politik: Protokoll eines Gesprächs (Fantasy/Culture/Politics: transcrição de uma conversa), não-ficção.

1982 - Die Ballade von Norbert Nackendick; oder das nackte Nashom . Livro infantil.

1984 - Norbert Nackendick; oder das nackte Nashom. Livro infantil baseado na peça teatral.
1984 - Der Spiegel im Spiegel (1986) (Traduzido para o Inglês por J. Maxwell Brownjohn como ‘Mirror in the Mirror: a labyrinth’ in 1986) Uma coleção de histórias curtas adultas, estrelando ilustrações feitas pelo pai de Ende.

1984 - Filemon Faltenreich. Livro infantil.

1984 - Der Goggolori. Livro infantil escrito e ilustrado por ele, baseado numa lenda Bavária.

1985 - Archäologie der Dunkelheit (‘Archaeology of Darkness’), não-ficção sobre a vida e trabalho de Edgar Ende.

1986 Trödelmarkt der Träume: Mitternachtslieder und leise Balladen (‘Midnight songs and quiet ballads’), coletânea de poemas e canções

1988 - Ophelias Schattentheater (Traduzido para o Inglês por Anthea Bell como ‘Ophelia's Shadow Theater’ in 1989)

1988 - Die Jagd nach dem Schlarg, Adaptação da Ópera ‘The Hunting of the Snark ‘, por Lewis Carroll

1989 - Der satanarchäolügenialkohöllische Wunschpunsch (Traduzido para o Inglês por Heike Schwarzbauer e Rick Takvorian como ‘ The Night of Wishes’ ou ‘The Satanarchaeolidealcohellish Notion Potion’ in 1992), novela infantil

1989 - Die Vollmondlegende (‘The Legend of the Full Moon’) . Livro infantil.

1990 - Die Geschichte von der Schüssel und vom Löffel. Livro infantil.

1992 - Das Gefängnis der Freiheit. Contos adultos.

1992 - Der lange Weg nach Santa Cruz (‘The Long Road to Santa Cruz’). Livro infantil.

1993 - Der Teddy und die Tiere. Livro infantil.

1993 –Der Rattenfänger: ein Hamelner Totentanz. Oper in elf Bildern, Adaptação da Ópera.

1998 - Der Niemandsgarten. Livro infantil. :)
 
Não se culpe! A grande maioria esmagadora dos títulos dele não foram traduzidas para o Português, exceto Manu (que tenho em casa, muuuuito antigo e descoberto por acaso) e História sem Fim.

Aliás, li primeiro Manu, e gostei tanto que quando vi História sem Fim na biblioteca com o nome dele, gritei 'RÁ! Então esse livro é dele?!' Folheei na biblioteca mesmo, conferindo se era a mesma História sem Fim do filme. Pela segunda vez, fiquei tentada a roubar um livro da biblioteca... :lol:

Ah, e ontem, fazendo esse tópico, descobri que eu tinha 'História sem Fim' ORIGINAL em alemão, isso há uns quinze anos atrás. Com dedicatória (talvez até do próprio Ende, mas nunca saberei porque estava em alemão).

Doei sem saber. Quando li o título em alemão ontem, liguei os pontos e fiquei com vontade de me jogar do pontilhão da rodovia. :wall::buaa::taco:
 
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Ufa, não era a História sem Fim. Me lembrei que a dedicatória datava de 1922, portanto não era ele.

Mas o título começava com algo muito parecido. :lol:
 
Existe o "de A a Z" no título do livro porque ele contém tantos capítulos quanto letras do alfabeto, e cada capítulo começa com uma letra do alfabeto, seguindo a ordem.
O livro é incrível, extremamente filosófico. Daqueles que é preciso ler uma vez quando se é criança, pela ternura, e várias vezes depois de adulto, para compreender a mensagem. Está na lista dos melhores que já li até agora. Recomendo!
Agradeço ao site pelas informações sobre o autor, faz tempo que eu procurava e não encontrava.
 
Última edição:
A entrevista em castelhano onde ele comentou a influência recebida de Tolkien e as referências comuns aos dois.


P. ¿No hay en eso una alusión a la Biblioteca de Babel, de Borges?


R. La historia interminable está repleta de alusiones culturales. Y no por falta de imaginación, ya que lo he hecho deliberadamente. En este sentido, el peligro reside no en el universo mental de Bastián, sino en el patrimonio cultural de toda la humanidad. Me he basado en la Odisea, en Rabelais, en Las mil y una noches, en Lewis Carrol y también, aunque en menor medida, en Tolkien, con el que me han comparado los críticos alemanes (ciertamente, los dos debemos mucho a las leyendas célticas de la Tabla Redonda). Me he inspirado en pintores (El Bosco, Goya, Dalí.), en el antroposofismo y en el budismo zen. La cábala, que da un sentido metafísico a los diferentes sonidos, me sirvió de guía a la hora de elegir los nombres de los personajes. Atreju es Atreo, héroe de la mitología griega, cuyo nuevo nombre tiene una sonoridad evocadora de las lenguas indias de América. Pjörnrachzarck, el comedor de piedras, recuerda a Edda, ya que es un gnomo, y al pronunciar su nombre puede oírse el ruido que hace al masticar las piedras. Incluso Fuchur, el dragón de la fortuna, tiene un modelo: Fohi, el dragón de la mitología china.






 
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