• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

King Crimson

Ash Nazg

Usuário
Eu estava escutando King Crimson agora , mais precisamente o album Power to Believe, e pensei "Será que tem algum topico sobre o King Crimson no Fórum?" Vim aqui, pesquisei e só vi alguns post falando dele nos Topicos sobre Rock Progressivo e aquele do que voce está escutando no momento. Fiquei indignado. Uma banda como o King Crimson merece um tópico no Fórum, entao eu abri.

O que eu posso dizer do King Crimson? É a banda que eu mais escuto no momento, que mais estou tentando conhecer. Vou tentar resumir os trabalhos que eu conheço em ordem de conhecimento:
- Thrak - como o primeiro album que eu conheci, é um dos meus favoritos
- Red - Outro dos meus albuns favoritos da banda, com umas das musicas mais bonitas deles.
- Three of a Perfect Pair - Gosto muito desse cd também. Mas quando eu escutei ele, eu percebi um quê pop anos 80 nele. Mas nem por isso deixa a desejar.
- Power to Believe - Os efeitos nele sao perfeitos. Eu adoro a musica Elektrik e a Level Five.
- In the court of Crimson King - Eu escutei ele inteiro umas 3 vezes só, nao tenho uma opiniao ainda bem defenida sobre ele mas eu gostei.
- Islands - Escutei 1 vez só, calma
- In the Wake of Poseidon - estou apenas com algumas musicas.

Bom, é isso. E voces, o que tem a dizer sobre a banda?
 
Eu tava para criar um tópico do King Crimson faz tempo, mas sei lá... para essas bandas que eu gosto muito eu não tenho capacidade de criar um tópico já que eu ficaria dias trabalhando em cima dele até posta-lo aqui! Portanto a idéia do Daniel(Ash Nazg) de criar foi ótima para mim, porque assim eu não fico com esse "peso" de criar e de ficar tempos e tempos na construção do tópico! heheheh!

King Crimson é a minha banda favorita, juntamente com Genesis em sua época Progressiva. A diferente entre essas duas bandas, é que o King Crimson desde seu nascimento até os dias atuais vem fazendo Rock Progressivo do melhor, nunca produz material igual, ou seja, SEMPRE está evoluindo e renovando seu conceito sem perde a qualidade e mudar o estilo. E é de fato uma banda revolucionária, desde o seu primeiro álbum(In Court Of The Crimson King) que por sinal talvez seja o mais "explosivo". Uma banda que sempre esteve a frente do seu tempo.

A banda sempre esteve em transformação como já disse, e isso se deve aos membros da banda também que também sempre mudaram, como exceção daqueles que muito dizendo o "dono" da banda e o cerebro-mór do grupo: Robert Fripp. Um guitarrista de extrema qualidade, desde seu aparecimento figurando entre os melhores de todos e além dessa qualidade, a sua criatividade, que é tão colossal que pode se dizer genialidade. Ele simplesmente fez King Crimson ser o que é hoje, claro, não sozinho, sempre esteve acompanhado de virtusos músicos, que anteriormente tocaram em outras bandas famosas como o caso do baterista Bill Bruford que já havia tocado no Yes, Genesis. E outro que mais tarde vieram a formar bandas que hoje tem seu nome como o baixista e vocalista Greg Lake que após sair do KC veio a formar o Emerson, Lake & Palmer(ELP).

Gostaria agora que fazer uma resenha dos discos, mas como isso irá me durar tempo eu vou fazer por fases, a começar no final dos anos 60 com o In The Court até o disco Island, que já é está no meio do caminho, ou seja, entre a primeira fase da banda e a segunda. Um detalhe importante é que eu não darei nota aos trabalhos da banda, já que é impossível para mim, pois eu acho tudo que eu já ouvi feito pela banda excelente... vamos lá:





kingcrimson.jpg

In The Court Of The Crimson King (1969)

Para muitos, esse é o melhor álbum não só da banda como seu Rock Progressivo. Não é por menos, um álbum que marcou sua época, que revolucionou os conceitos músicais não só do Rock, como da música numa maneira geral. Ninguém havia escutado algo como poderia ser ouvido no In The Court, o trabalho mais próximo na época pode ser o St. Peppers(1967) dos Beatles.
Lembrando que a banda tem um membro que apenas faz as letras dessa, Peter Sinfield, este que trabalha com a banda até o álbum Island.

O álbum começa com o destruidora 21st Century Schzoid Man, uma música que se eleva ao pico da progressividade, assim sendo, já inédita para o que se ouvia na época. É a canção mais pesada, com vocal marcante e instrumental que não fica atrás, enfim, um clássico. Tanto na banda quanto do Rock.

Seguindo com a experimental Moonchild, mas antes da sua longa suite experimental, há uma introdução belissíma, marcada pela voz suave de Greg Lake e pelo beleza do instrumental.

I Talk To The Wind é uma balada suave e com belas harmonias e assim como Moonchild, Greg Lake consegue transpor sua voz e marcar a música com um instrumental bem-acabado.

O álbum segue praticamente direto com Epitaph, minha música favorita do álbum atualmente. Com uma letra fantástica, e levada firme, consegue impressionar qualquer ouvinte, e o refrão que marca. Uma música com todo requinte do Progressivo.

A faixa-título fecha o álbum. Não é a maior música do álbum que fica a cargo de Moonchild, mas soa como a maior por suas passagens que parecem durar horas. Se eu pudesse escolher cinco músicas para representar o que é o King Crimson, In The Court Of The Crimson King com certeza estaria na lista. Já que é a que mais marca no álbum, tanto pela letra como pela instrumental que consegue misturar uma música de época com um ar jazzístico e o Rock da banda de maneira harmonioza satisfazendo a todos aqueles que curtem o estilo. Um verdadeiro hino.
E assim acaba um álbum do qual não se deve ser escutado apesas uma vez, e sim quantas vezes for possível, pois não cansa, não enjoa, muito pelo contrário, cada vez que você o escuta você descobre novos detalhes que recheiam o disco fazendo ele ser um dos melhores de todos os tempos.





In_the_Wake_of_Poseidon.jpg

In The Wake of Poseidon (1970)

O segundo disco do King Crimson não soa com a mesma genialidade do primeiro, mas nem por isso fica atrás. É um álbum de qualidade e está entre os melhores da banda, com belissímas cancões como é o caso da faixa-título, ou então de Cadence and Cascade. E também revela música a qual são totalmente Jazz como é o caso da psicodelica Cat Food ou de Pictures of A City. Não esquecendo da experimentaçãoe grandiosidade como acontece em Devil's Triangle.

Após a introdução dada por Peace - A Beginning, o disco começa com a pesada Pictures Of A City, que nos faz recordar de 21st Schizoid Man, mas dessa vez com uma levada mais jazzística e mas ainda com um vocal rasgado e acompanhada de um naípe de metal e uma psicodelia da melhor qualidade, ótima letra, um solo maravilhoso que qualquer fã da banda nunca se esquece, e ainda tem momento para uma passagem mais "light" e novamente dá lugar a confusão de sons. Com certeza uma música de já consegue marcar seu lugar no álbum.

Cadence and Cascade, para mim figura dentre as mais belas canções do KC, primeiramente chamando a atenção pela suave e relaxante voz de Gordon Haskell, convidado de Fripp que consegue ter sua marca na banda pela fantástica música que ele canta, sem saber que mais tarde ele faria muito mais que uma participação na banda. Uma linda flauta soa ao fundo da música acompanhada do violão de Fripp. Uma composição de altissíma qualidade, que pode ser comparada a I Talk To The Wind.

In The Wake Of Poseidon é uma história em apenas 8 minutos citando 12 criaturas e uma naufragio. Difícil dizer a melhor letra da banda, já que muitas, muitas mesmo fazem jus a esse título, mas essa pode-se dizer que está entre as melhores. Com uma levada calma que assim pode dar seqüencia a música anterior. Consegue demostrar sem exagero a qualidade dos músicos da banda, tanta no peso da percursão, como nos melotrons e arranhadas(no bom sentido) do violão de Fripp, que toca os dois últimos instrumentos citados.

Segue assim o álbum com Peace - A Theme, uma música que segue a introdução do álbum, apenas um minuto e dá lugar a excentrica e jazzísca Cat Food. Com um força total no baixo e nos pianos que soam maravilhosos a música inteira completando o vocal de Greg Lake que nesse álbum apenas canta e o arremadas de Fripp no violão e na guitarra.

The Devil's Triangle começa como uma marcha alucinante que chega a dar medo aquele que o ouve com atenção, já que o melotron e o piano e sax se misturam causando uma emaranhado de sons confusos e doentios, e assim vem a ventania onde tudo se acalma. Mas novamente o som louco volta trazendo atona aquela excentricidade que só uma banda como King Crimson é capaz de fazer com qualidade... um ar de experimentação fica no ar juntamente com a maluquise da música. Absolutamente do nada no fim da música ouve-se um trecho de In The Court Of The Crimson King em meio a barulheira toda, é uma música única que qualquer um que gosta da banda e tem curiosidade pelo som deve ouvir.
O álbum acaba com Peace - an end, uma faixa calma e dá seqüencia às "Peace" que tocam no ínicio e meio do disco...





0724384406820.jpg

Lizard (1970)

Nesse álbum, marca a partida de Greg Lake da banda e assim Gordon Haskell havia feito uma participação da música Cadence ans Cascade do álbum anterior assume o vocal tocando baixo também. Lizard é um álbum difícil de se ouvir, eu demorei tempos para me acostumar com ele. Mas nela há a melhor música do KC na minha opinião, aquela que representaria a banda se eu escolhesse apenas uma.

A primeira música do Lizard é Cirkus, uma música que demonstra logo de primeira a virtuosidade dos músicos que trabalham no álbum mas sem perde o feeling, mesmo assim é uma música que precisa de muita atenção para analisar toda a harmonia desta.

Indoor Games tem uma atmosfera sarcastica e excentrica. O que me faz lembra a banda Gentle Giant. Nessa música a banda mostra elementos de sopro e percussão como o ponto forte. A música termina com uma risada de Haskell que demonstra bem o que a música quer passar, algo engraçado.

A terceira faixa do disco é a doentia Happy Family, onde o vocal de Haskell passa atravessa e cheio de efeitos distorcidos a música inteira. Psicodelia total. Onde dentre a levada da música pianos e outros instrumentos fazem seus experimentos fora da música, algo complicado de se explicar, só ouvindo com atenção que se entende. Uma música com elementos de Jazz bem posicionados.

Para recordar a lindissímas canções dos álbum anteriores, como Cadence and Cascade ou I Talk To The Wind, no Lizard há Lady of the Dancing Water, uma música onde há flautas bem trabalhadas e um momento totalmente acústico, onde Gordon Haskell assim como em Cadende and Cascade consegue transpôr seu suave vocal, uma linda letra, bem marcante.

Enfim chega-se ao ponto alto do álbum, a faixa-título e que fecha este. Lizard nada mais é que minha música favorita do King Crimson, uma das melhores de todos os tempos, foi complicado chegar a essa conclusão já que KC é recheado de belas cancões. Mas essa representa de maneira perfeita o que é o King Crimson. A música começa de forma surpreende para aqueles que o escutam pela primeira vezes, com a voz de Jon Anderson, do Yes, um dos melhores vocalista de todos. A primeira parte de Lizard chama-se Prince Rupert Awakes. Tem ínicio bem calmo e com um primeiro refrão marcante e alegre.
Onde ao começar o momento instrumental, ínicia-se também a segunda parte Bolero - The Peacock's Tale. Ouve-se uma percussão continua ao fundo que lembra uma marcha de guerra, então o piano e os instrumentos de sopro vão fazendo o resto, um resto com qualidade ao nível máximo, que passam de uma levada calma e um momento jazzistico, voltando a um dar lugar a um instrumental calmo, e isso se dá atraves de uma flauta.
Finalizando a segunda parte da música, segue The Battle Of Glass Tears, onde Gordon Haskell assume os vocais num momento angustiante e triste...
mas logo essa dá lugar a uma mudança drástica da percussão que faz lembrar músicas como Epitaph e In The Court Of The Crimson King. Com isso ínicia-se uma "batalha" entre os instrumentos de sopro onde cada um tem o seu lugar. Onde há desde sax e cornetas frequeticas até solos de guitarra em meio a um acompanhamento de baixo até tudo desaparecer e assim a música volta para íniciar o curto último ato da música, Big Top, enfim, Lizard é algo fantástico.





King%20Crimson%20-%20Islands.gif

Island (1971)

Último álbum da primeira fase do King Crimson, apesar de ser considerado o fim da primeira fase pode se dizer que é um álbum único, por estar no meio de duas fases, num momento de transição. Para mim é o mais melancolico e depresivo, e além desses elementos ele é o mais orquestrado. Ele é marcado por duas partes: As três primeiras músicas mesmo sendo harmonisas tem um ar mais experimental. Já as três últimas tem uma melodia mais harmoniosa. Mas uma vez o vocalista muda e dessa vez é Boz Burrell.

A música que abre o álbum é Formentera Lady, uma música que começa com uma levada compassada enquando Burrell canta. A música segue muito bem orquestrada e bem bonita, até que então sem você perceber ela segue para a segunda faixa...

...o momento instrumental se dá na música Sailor's Tale onde os instrumentos de cordas soam como os compassos. A percussão enfeita e cria um clima. Os instrumentos de sopro dão harmonia e encaminham a música para um momento onde os vocais feitos atraves de quase uma opera começa a cantar novamente, algo totalmente orquestrado e muito bem feito. Eis que começa uma suite jazzistica frenética. Tomado logo por um momento calmo novamente, esse onde a guitarra de Fripp faz uma viagem psicodelica onde ele usa sua técnica batizada de Frippertronics... quando a música volta a ficar frenética lembrando até Devil's Triangle do álbum In The Wake Of Poseidon e a confusão vai diminuindo até se tornar algo funebre e terminar.

The Letters é uma canção que ínicia bem suave, até se adentrar pelo momento onde há uma orquestra de sopros e gritos de guitarra, seguindo entre o suave e bruto por toda a música.

A quarta música é Ladies of The Road, talvez seja a música mais influenciada por Beatles do KC. Se eu não soubesse que é do King Crimson eu falaria que é dos Beatles. Mas o que diferencia as bandas é a capacidade de misturar a virtuosidade, psicodelia e beleza sem perder o brilho, e o King Crimson faz isso bonito. Um refrão bem marcante, e vocal distorcido também marcam a música.

Prelude - Songs of The Gulls é uma maravilhosa composição somente instrumental, onde poderia se dizer que é ao nível das melhores músicas clássicas já feitas. Não sei muito o que comentar dela, é lindissíma, por isso o melhor jeito de sentir a beleza desta é escutando-a.

A última música do álbum é Island. A faixa-título é bem ao estilo do álbum, melancólica porém bela. O piano de Keith Tippett é o instrumento marcante na música. Sem deixa os outros instrumentos sem mostrar suas qualidades. É de fato a faixa mais bonita do disco e marcante. Burrell, com sua belissíma voz faz lembrar a qualidade de Haskell e Lake, demonstrando que é tão bom quanto eles. A música é praticamente toda com a mesma levada, até que a se aproximar do fim, o sax faz um solo no qual deixa a música mais movimentada e ainda bastante climática encaminhando-a para o fim junto com os melotrons e o piano. Maravilhoso.


E assim eu posso dizer que terminar o primeiro momento de uma banda tão maravilhosa como King Crimson. Em breve a segunda parte...
 
Ninguem poderia fazer uma analise melhor...
Vê-se que voce conhece muito a banda, eu ainda tenho muito por conhecer.
 
Ash Nazg disse:
Ninguem poderia fazer uma analise melhor...
Vê-se que voce conhece muito a banda, eu ainda tenho muito por conhecer.

Não conheço tanto assim, é que eu já ouvi esses cds inúmeras vezes, isso me ajudou a perceber os detalhes do cd melhor...

Qualquer ajuda se quiser pode perguntar pra mim, se eu soube eu te ajudo! Um boa dica é o fórum www.soundchaser.com.br, dá uma olhada lá, você vai curtir, dá pra aprender muito de Rock Prog, tem umas resenhas de disco bem legais.

EDITADO: Nossa, acabei de ver que a página essa suspensa! 8O Não é possível, acredito que eles voltarão em breve! :disgusti:

Uma boa notícia (para mim né :mrgreen: ), é que eu vou ganhar o In The Court In The Crimson King hoje, afinal eu só tenho em MP3!
 
Qualquer ajuda se quiser pode perguntar pra mim, se eu soube eu te ajudo! Um boa dica é o fórum www.soundchaser.com.br, dá uma olhada lá, você vai curtir, dá pra aprender muito de Rock Prog, tem umas resenhas de disco bem legais
Eu entro la, meu nick é barcarolo...
acho que eles nao pagaram o provedor do site...

Onde voce conseguiu o In the court por um preço bom no Rio?
 
Ash Nazg disse:
Onde voce conseguiu o In the court por um preço bom no Rio?

Bem, eu já vi esse na Fnac aqui de Curitiba. Mesmo dizendo ser importado, estava uns R$ 40,00. Acho que até um pouco menos, se bem me lembro. Para um álbum importado, é quase uma pechincha.
 
Sempre foi King Crimson, Genesis(prog) e The Who. E isso não mudará. O lance é que KC tem uma carreira mais estável e maior que as outras duas.
 
Gandalf disse:
Sempre foi King Crimson, Genesis(prog), The Who. E isso não mudará.
Po, esqueceu do Iron Maiden. :mrgreen:

Enfim, eu ouço pouco King Crimson. Embora conheça o Red, o Poseidon, e o In the Court, nunca ouvi tanto assim. Os acho maravilhosos, obras primas, mas não os ouço tão frequentemente.. Taí, acho que vou escutar um deles agora :D
 
Krebain disse:
Enfim, eu ouço pouco King Crimson. Embora conheça o Red, o Poseidon, e o In the Court, nunca ouvi tanto assim. Os acho maravilhosos, obras primas, mas não os ouço tão frequentemente.. Taí, acho que vou escutar um deles agora :D

Eu tenho esses três que você citou.

Nunca ouvi o In the Wake of Poseidon direito, mas, pelo que eu me lembre, foi o que eu menos gostei dos três. Pictures of a City e a faixa-título são as melhores.

Já o In the Court é outro nível. Todas as músicas são ótimas.

E o Red é uma obra-prima, mesmo. Excelente do início do fim. Starless é uma das melhores músicas que eu já ouvi, etc.

Vou procurar o Island e o Lizard, depois eu comento.
 
Bom, dos albums que eu conheço:

Lizard - Maravilhoso, melhor album do King Crimson, melhro ablum de rock progressivo também. Todas as faixas são excelentes, em especial a faixa título, a melhor música do King Crimson que ja ouvi.

In the Wake of Poseidon - Excelente album também, todas as faixas são ótimas, com destaque para a bizarra Cat Food e a faixa título, não é tão bom quanto o Lizard, mas quase, até as curtas faixas "Peace", que dão um toque especial no cd, são fantásticas.

In the Court of the Crimson King - Também um excelente album, quase empatado com o In the Wake, mas, na minha opinião, o que o deixa abaixo são os 10 minutos de Moonchild depois da introdução com vocal, é muito cansativo, mas fora isso todas as músicas são excelentes.

Islands - Ouvi esse album muito pouco para comentar, uma vez só se não me engano, enfim, a faixa Prelude: Song of the Gulls é uma das melhores músicas do King Crimson, vale a pena correr atrás do cd só para ouvi-la.

Red - Não adianta, ja ouvi várias vezes, mas não consigo gostar dese cd, gosto apenas da faixa One More Red Nightmare, mas de resto acho um cd chato e cansativo.

Agora pouco ouvi o Discipline, que é fantástico também, todas as linhas de baixo do álbum são impressionantes, e o Larks' Tongues In Aspic.

Sobre esse último, não tenho muito o que falar, fora que é provavelmente o melhor álbum do King Crimson, e a faixa Larks' Tongues In Aspic Part I, provavelmente a melhor música da banda. Tenho que ouvir mais vezes para confirmar. Não posso esquecer de falar da capa (anexada abaixo), que é uma obra prima.

Top 5 albums por enquanto

1. Lizard
2. Larks' Tongues In Aspic
3. In the Wake of Poseidon.
4. In the Court of the Crimson King.
5. Discipline
 

Anexos

  • King Crimson - 1970 - Larks' Tongues In Aspic - Front.jpg
    King Crimson - 1970 - Larks' Tongues In Aspic - Front.jpg
    83,3 KB · Visualizações: 55
Última edição:
attachment.php

Discipline (1981)

Depois de 5 anos do fim do King Crimson, Robert Fripp e Bill Bruford saem a procura de membros para sua nova banda, que se chamaria Discipline, eles contratam o baixista Tony Levin, e, pela primeira vez na sua vida, Fripp procurou um segundo guitarrista para trabalhar com ele na mesma banda, ele encontrou Adrian Belew, que estava em tour com o Talking Heads. Logo após a tour, a banda se reuniu para compor e gravar o album. Apesar de uma certa resistencia por parte do Fripp, a Discipline mudou o nome para King Crimson, e assim começou a trilogia dos anos 80 da melhor banda de rock progressivo da história.

O álbum abre com a fantástica Elephant Talk, logo no começo da música ja podemos notar que é uma faixa atípica de tudo que o King Crimson ja havia feito, puxando para um lado mais pop, com as guitarras bem à frente. o grande destaque da música fica por conta das linhas de baixo de Tony Levin, aliás, as linhas de baixo e bateria do álbum todo são bem marcantes, Levin é um dos baixistas mais impressionantes que eu ja ouvi, ele domina tanto o baixo quanto o chapman stick como poucos. A letra dessa música consiste em vários sinônimos da palavra "Talk", a cada estrofe os sinonimos começam com uma letra, A na primeira estrofe, B na segunda e assim por diante. Adrian Belew praticamente fala a letra, como se estivesse conversando com alguém.

Frame By Frame é uma das minhas músicas favoritas da banda, e foi minha favorita do album por um bom tempo. O trabalho de guitarra aqui é impressionante, começando com um riff muito rápido de Robert Fripp, que no fim se intercala com um belo riff "quebrado" de Adrian Belew, e então começam os vocais. Adrian Belew, na minha opinião, é o melhor vocalista que a banda ja teve, com uma voz bem limpa e potente, ele passa muita emoção para a música. Além das guitarras, aqui a percussão de Bill Bruford tem uma participação fundamental.

Matte Kudasai é a balada do disco, com uma melodia muito suave, e o tranquilo vocal de Belew, que acompanha a melodia quase que "flutuante" da guitarra de Fripp, fazendo desta uma das músicas mais bonitas do King Crimson. Matte Kudasai significa "Por favor, espere por mim" em japonês.

Indiscipline é minha faixa favorita do álbum, e a mais imprevisivel. Ela começa lentamente, apenas com o baixo e o Belew recitando a letra da música de um jeito assustador, que passa muita tensão ao ouvinte, quando repentinamente ela explode na música mais agressiva do álbum, uma das melhores e mais insanas músicas que o King Crimson ja gravou.

Thela Hun Ginjeet (anagrama para Heat in the Jungle) é uma música estranha, a melodia da guitarra de Belew praticamente se mantem a mesma durante 6:30 minutos, mas durante isso os outros instrumentos vão entrando e se sobrepondo dessincronizadamente, com mudanças de tons constantes e belos solos de guitarra. A letra dessa música fala sobre quando Adrian Belew saiu pelas ruas de Nova York com um gravador, em busca de inspiração para as letras, e foi abordado primeiro por uma gangue, e logo depois por policiais, a linha de vocal é simplesmente Belew ditando o ocorrido.

The Sheltering Sky é uma música mais complicada, com uma melodia bem tranquila, ela é a mais longa da trilogia dos anos 80 (8:30 minutos), instrumental, ela conta com uma percussão bem discreta, mas marcante, o Stick de Levin aparece em grande destaque, ajudando a criar o clima da música, que lembra algo meio tribal, devido a percussão. Mas o grande destaque aqui é a maravilhosa guitarra de Fripp, que, com efeitos que a fazem lembrar um trompete, realmente te leva em uma "viagem sonora" durante a música toda, as vezes até com um clima jazzistico.

Na faixa título do álbum, Discipline, também instrumental, temos novamente uma melodia inicial, com os outros instrumentos entrando em cima sem sincronia aparente e com riffs quebrados no estilo de Frame by Frame. Apesar da melodia e do rítmo se manterem praticamente os mesmos do começo ao fim, as constantes mudanças de tons e o trabalho de guitarra tornam essa música uma das mais interessantes do álbum.

attachment.php


Line Up (da esquerda pra direita):
Adrian Belew: Guitar, Lead Vocals
Robert Fripp: Guitar, Devices
Bill Bruford: Drums, Percussion
Tony Levin: Bass, Chapman Stick, Backing Vocals
 

Anexos

  • cc-king-crimson-web.jpg
    cc-king-crimson-web.jpg
    104,3 KB · Visualizações: 1.207
  • muskcr00.jpg
    muskcr00.jpg
    20,9 KB · Visualizações: 1.201
Última edição:
Eita, o Belew tá estranho nessa foto, com cara de DEVO + Revenge of the Nerds. :lol:

Fico feliz que além de você ter gostado da banda, e no caso especificamente desse álbum, você tenha conseguido captar bem a essencia das músicas.

Frame By Frame ainda é a minha favorita deste, que é um disco inteiramente foda e inovador tanto para a banda como para a época, uma pena no sucessores da trilogia das cores serem tão abaixo deste.

Além disso tudo tem uma formação absurda, afinal Bruford é melhor baterista da história pra mim, Levin destrói nos slaps, Belew faz o melhor papel de alter-ego do Fripp, esse último por sua vez, é o gênio da banda.

PS1: Você só esqueceu de falar dos Frippertronics (técnica de riffs sobrepostos [falando de modo simples] do Fripp) que rolam nesse disco, em Frame By Frame com certeza, acho que Discipline também, tem mais.

PS2: Depois que o Folco falou que Elephant Talk parecia Talking Heads, eu fiquei sabendo através do Nandes (Oarim) que o Adrian Belew já havia feito uma tour com o TH, incluvise tenho um video dele com o TH, depois ponho aqui. Por isso a influência da banda na música Elephant Talk.

PS3: Isso foi bem antes, na época do Red. O Bill Bruford saiu do Yes e voltou pro King Crimson alegando que não tinha mais espaço para improvisação, isso é bem interessante vendo-se que KC é a banda de Rock Progressivo mainstream(isso na década de 60/70) que mais gosta de improvisar até onde eu sei.

PS4: Essa é a capa mais bonita da banda, não é a toa que está na minha perna. :mrgreen:
 
Última edição:
Gandalf disse:
Eita, o Belew tá estranho nessa foto, com cara de DEVO + Revenge of the Nerds. :lol:

Eu ia por outra foto, mas quando eu vi a cara dele e a do Fripp nessa foto eu não tive escolha. :lol:


Gandalf disse:
PS3: Isso foi bem antes, na época do Red. O Bill Bruford saiu do Yes e voltou pro King Crimson alegando que não tinha mais espaço para improvisação, isso é bem interessante vendo-se que KC é a banda de Rock Progressivo mainstream(isso na década de 60/70) que mais gosta de improvisar até onde eu sei.

Estranho mesmo, uma das coisas que mais me atraem no King Crimson são justamente as improvisações. Aliás, pra quem gosta de improvisação, procurem ouvir o álbum ProjeKct 1 - Live at the Jazz Cafe, é fantástico, é um show totalmente na base do improviso, e um dos melhores álbums do King Crimson que eu ja ouvi. O Line Up da banda nesse álbum é: Robert Fripp - Guitarra; Bill Bruford - Bateria; Tony Levin - Baixo, Stick; Trey Gunn - Warr Guitar, Stick.


Gandalf disse:
PS4: Essa é a capa mais bonita da banda, não é a toa que está na minha perna. :mrgreen:

Eu acho muito bonita, mas pra mim a capa do Lizard ainda é a mais foda.
 
O Tony Levin parece um padeiro :rofl:

Enfim, vou atrás de mais coisas da banda, o Discipline parece ser interessante.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.464,79
Termina em:
Back
Topo