Esse livro é a primeira aventura de Robert Langdon, e se passa um ano antes de O Código da Vinci.
Comprei anteontem e terminei agora há pouco... então seguem spoilers:
É inevitável comparar com o Código... e surpreendentemente, acabou tendo saldo positivo. Acho o Código melhor, mas Anjos e Demônios é quase tão bom quanto.
A grande desvantagem ao meu ver é a quebra completa de ritmo nas últimas 100 páginas... as soluções, segredos e conclusões da trama e dos personagens são realmente muito mais complicadas e interligadas que em O Código da Vinci, e por isso seria mesmo complicado fazer esse final. O que tô querendo dizer é que é compreensível a quebra de ritmo, que beira se perder completamente, mas que mesmo sendo justificável, ainda é algo que atrapalha.
Talvez a grande diferença para O Código seja exatamente a dimensão dos temas. Anjos e Demônios é mais grandioso. Código da Vinci se torna mais atrativo exatamente por ser mais intimista. Lida com temas e mistérios mais profundos... Anjos e Demônios se concentra mais no embate Deus x Ciência e usa as curiosidades (ou como muitos dizem, as toneladas de cultura geral) apenas para florear a história... aqui, as informações são acessórios, enquanto em O Código da Vinci elas se interligam mais à trama.
Uma característica bacana desse livro é a maior profundidade dada aos personagens. Eles continuam sendo preteridos em favor da trama, mas enquanto em O Código da Vinci temos apenas o Silas desenvolvido (e na minha opinião tb a Sophie), aqui os personagens não são tão superficiais. O mais aprofundado é sem dúvida o camerlengo, mas também sabemos um bocado sobre a origem, história e motivações de Vittoria. Conhecemos um pouco mais do próprio Langdon. Temos em Olivetti um personagem deveras mais desenvolvido que Bezu Fache. Kohler tem uma personalidade (incluindo seus mistérios) bem construida. E o restante dos personagens, alguns de importância minúscula também passam carisma (Chartrand, Mortati, Hassassin, Sylvie, Glick e Chinita)... só o Rocher que achei que ficou abaixo do que deveria. Para a importância que ele teve num breve trecho da história, ele foi muito mal desenvolvido.
De qualquer forma, adorei. Espero que o Dan Brown continue fazendo aventuras do Langdon...
Comprei anteontem e terminei agora há pouco... então seguem spoilers:
É inevitável comparar com o Código... e surpreendentemente, acabou tendo saldo positivo. Acho o Código melhor, mas Anjos e Demônios é quase tão bom quanto.
A grande desvantagem ao meu ver é a quebra completa de ritmo nas últimas 100 páginas... as soluções, segredos e conclusões da trama e dos personagens são realmente muito mais complicadas e interligadas que em O Código da Vinci, e por isso seria mesmo complicado fazer esse final. O que tô querendo dizer é que é compreensível a quebra de ritmo, que beira se perder completamente, mas que mesmo sendo justificável, ainda é algo que atrapalha.
Talvez a grande diferença para O Código seja exatamente a dimensão dos temas. Anjos e Demônios é mais grandioso. Código da Vinci se torna mais atrativo exatamente por ser mais intimista. Lida com temas e mistérios mais profundos... Anjos e Demônios se concentra mais no embate Deus x Ciência e usa as curiosidades (ou como muitos dizem, as toneladas de cultura geral) apenas para florear a história... aqui, as informações são acessórios, enquanto em O Código da Vinci elas se interligam mais à trama.
Uma característica bacana desse livro é a maior profundidade dada aos personagens. Eles continuam sendo preteridos em favor da trama, mas enquanto em O Código da Vinci temos apenas o Silas desenvolvido (e na minha opinião tb a Sophie), aqui os personagens não são tão superficiais. O mais aprofundado é sem dúvida o camerlengo, mas também sabemos um bocado sobre a origem, história e motivações de Vittoria. Conhecemos um pouco mais do próprio Langdon. Temos em Olivetti um personagem deveras mais desenvolvido que Bezu Fache. Kohler tem uma personalidade (incluindo seus mistérios) bem construida. E o restante dos personagens, alguns de importância minúscula também passam carisma (Chartrand, Mortati, Hassassin, Sylvie, Glick e Chinita)... só o Rocher que achei que ficou abaixo do que deveria. Para a importância que ele teve num breve trecho da história, ele foi muito mal desenvolvido.
De qualquer forma, adorei. Espero que o Dan Brown continue fazendo aventuras do Langdon...