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O Retorno do Rei: 50 Anos!

Smaug

Cacho
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Hoje, o livro “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” comemora os dourados 50 anos de publicação.

A conclusão da saga que encantou milhares de pessoas em todo o mundo é um livro deslumbrante, e assim sendo, a Heren Quentaron não poderia deixar de prestar sua homenagem ao aniversário de 50 anos do livro. Coletamos algumas informações, depoimentos, ilustrações de capa das diferentes edições, além de falarmos um pouco sobre alguns personagens que são destaque neste livro.

O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei - 50 anos

As edições pelo mundo:

Das edições inglesas

É na Inglaterra e nos Estados Unidos que existem as mais diversas edições, de diversos formatos e padrões, e com variadas ilustrações de capa. Desde as edições "normais" à edições de luxo, para colecionadores.

Há um site que reúne todas as capas dessas edições, desde 1954. Pode-se conferir aqui, que vai até o período de 1979. Depois disso, nota-se uma clara evolução das capas, de 1980 à 1990, quando ilustrações de artistas como Ted Nasmith começaram a figurar nas capas. Essas edições são da editora George Allan & Unwin.

Da editora americana Harper Collins, figuram edições com ilustrações de Alan Lee, John Howe e do próprio Tolkien. São de 1991 à 1996, e as capas de O Retorno do Rei podem ser vistas na 3ª Coluna. De 1997 até 2001, a Harper lançou edições com capa dura, e foi nesta época que surgiu a ilustração de Geoff Taylor, que foi usada posteriormente no Brasil, e é a mais conhecida entre os brasileiros.

Das edições brasileiras

Lançado oficialmente no Brasil, através da Martins Fontes, em agosto de 1994, O Retorno do Rei trouxe uma capa projetada pelo próprio editor Alexandre Martins Fontes. A capa de A Sociedade do Anel traz um mago e uma borda azul, As Duas Torres uma borda vermelha, e a dO Retorno do Rei uma borda de cor escura com um soldado em destaque.

A trilogia foi traduzida por Lenita Maria Rímoli Esteves, e as poesias dos livros por Almiro Pisetta. Quem ficou de revisor e consultor foi Ronald Kyrmse (autor de Explicando Tolkien). Essas edições mais antigas trazem uma letra um pouco maior do que a utilizada nas edições de 2000 pra cá, e deixam um espaço maior sobrando nas bordas. Desse modo, o resultado são mais páginas.

A 2ª edição, feita em novembro de 2000 traz algumas diferenças. Existem duas capas para o 3º volume da trilogia, uma ilustrada pelo próprio J.R.R. Tolkien e outra pelo ilustrador Geoff Taylor.

Capa por Geoff Taylor
Capa por J.R.R. Tolkien, adaptada da ilustração original dele mesmo, daqui

Da edição portuguesa

Em Portugal, a editora responsável é a Europa-América, que publicou com o título de O Regresso do Rei. A ilustração de capa é de John Howe, mostrando os soldados na cidade-capital de Gondor, Minas Tirith. A tradução é feita por Fernando Pinto Rodrigues, e contém 450 páginas.

O Regresso do Rei


Os Personagens na Obra:

Diz Ian Collier, membro da Tolkien Society que “as pessoas se queixaram dos personagens: ‘Oh, eles são tão irreais’. E não o são. Os personagens são escritos sutilmente, talvez escritos muito brevemente. Entretanto isso funciona, pois eles devem ser míticos”. Para nos explicar essa questão, selecionamos alguns trechos de depoimentos de estudiosos das obras de Tolkien, apresentados no documentário “J.R.R. Tolkien: Master of the Rings”, são eles: Roberto di Napoli, o apresentador do documentário; Aryk Nusbacher, um acadêmico; Helen Kidd, uma crítica literária; e, o já citado, Ian Collier.

Helen diz o seguinte: “Ele [Tolkien] não lida apenas com as funções diárias. Ele penetra mais fundo em profundezas emocionais e psicológicas e isso é o que é interessante nele.” Isso significa que qualquer personagem bem desenvolvido por Tolkien, que pegarmos como exemplo, demonstra um sentimento peculiar dentro da trama: os quatro hobbits que partiram na Sociedade, apesar de partirem para ajudar a salvar o mundo, ficam sentindo a falta do seu Condado enquanto estão longe (principalmente Sam e Frodo), mas eles sabem que precisam primeiro cumprir a Demanda para poderem retornar.

Cada um tem os seus conflitos internos, os seus dilemas, mas que precisam ser superados.

“Nós quase não ouvimos monólogos internos. O que ouvimos dos personagens são falados em voz alta. Quase todos se revelam completamente em suas ações, as escolhas que freqüentemente têm moral vacilante e conseqüências pessoais”, justifica Roberto. “Os personagens no primeiro plano falam em vozes que refletem qualidades essenciais. A linguagem simples dos hobbits e seu humor rústico; a dicção elevada dos elfos; a habilidade de personagens humanos como Aragorn e Faramir; o auto-amortecimento de Gollum profundamente ferido; os rosnados brutalizados de polícia dos Orcs”, acrescenta ele, dão forma a toda genialidade com os quais os personagens são criados.

“... e em Beowulf você não sabe os problemas do Beowulf com sua mãe, limpando seu quarto. Você não preciso disso para creditar em Beowulf fazendo o que ele faz... e a motivação de Frodo para fazer o que ele faz, ou Aragorn”, completa Collier. Portanto, não precisamos dos “monólogos internos” para entender os motivos que levam os personagens a cumprirem suas tarefas, pois sabemos que algo forte por trás deles os move: salvar o Condado, é o motivo de Frodo.

“O homem pequeno, o soldado britânico que Tolkien viu nas trincheiras da Batalha de Somme, o tipo de vontade dedicada que os leva a pular o parapeito da trincheira e andar lentamente em direção às metralhadoras alemãs. Ele [O Senhor dos Anéis] é sobre esse nível de heroísmo individual”, finaliza Aryk Nusbacher.


Dos Personagens:

São vários os personagens que figuram em O Retorno do Rei. Poderíamos falar sobre Aragorn ou Gandalf, mas por estes serem, acreditamos, muito debatidos, optamos por comentar sobre:

Éowyn

Sobrinha do Rei Théoden, de Rohan, Éowyn não é uma donzela, que fica esperando o seu amor voltar da guerra, como alguns romances costumam retratar. Pelo contrário: Éowyn é a essência do lado guerreiro que todas as mulheres possuem. Há romances que colocam as mulheres como inferiores aos homens: infelizmente, por algum motivo, raramente se encontram casos em que as mulheres vão lutar numa guerra. Muitas vezes a justificativa é o famoso “rótulo” de que a mulher é um ser “frágil”. Mas elas não o são!

O professor Tolkien nos ensina através da personagem Éowyn que não devemos ficar “presos em gaiolas”, e sim ir à luta, como ela mesma diz: “Desejo cavalgar para a guerra (...) como o Rei Théoden, pois ele morreu, alcançando tanto a honra como a paz”. E este exemplo serve, também para homens, que independente das origens devemos batalhar, desde que tenhamos um motivo, um objetivo, por “lutar”.

Boca de Sauron

Boca de Sauron está entre os personagens mais misteriosos de O Senhor dos Anéis, principalmente por que pouco se sabe acerca dele.
Sua aparição na obra se restringe ao capítulo "O Portão Negro se abre", n'O Retorno do Rei.

Sua descrição inicial é de "um vulto maligno, montado num cavalo negro, se aquilo era um cavalo, pois era enorme e hediondo, e sua cara uma máscara horripilante, mais parecendo um crânio que uma cabeça viva, e das covas de seus olhos e de suas narinas saía fogo." (O Retorno do Rei, pg 158)

Nessa parte da tradução brasilera, porém foi omitido um detalhe, encontrado pela FTV (Força Tarefa Valinor).

O parágrafo que se inicia assim:

"Como seu líder veio cavalgando um vulto maligno..."

está assim no original em inglês:

"At its head there rode a TALL and evil shape..."

Foi omitido que o vulto era, além de maligno, ALTO.

Mesmo a apresentação de Boca é uma contradição, uma vez que ele se apresenta abertamente, dizendo "Eu sou a Boca de Sauron"
Porém, anteriormente, Aragorn fala de Sauron que "Nem usa seu nome certo, nem permite que seja soletrado ou pronunciado" (As Duas Torres, pg 8).

Contrariando o que Aragorn disse, Boca de sauron usa seu nome diversas vezes normalmente. Talvez foi um erro de Tolkien, ou talvez Aragorn estivesse enganado quanto a sua informação, que provavelmente foi baseada na época em que Sauron ainda construia seu exército em segredo em Dol Guldur. Naquela época Sauron realmente não queria que seu nome fosse ouvido na Terra Média, porém na época da Guerra do Anel, isso talvez não possuísse mais lógica.

Daquilo que sabemos de concreto sobre Boca de Sauron é que ele era o Tenente da Torre de Barad-dûr, pertencente àqueles chamados númenorianos negros, os renegados de sua raça.
Com seu mestre, Boca "aprendeu grandes feitiçarias, e sabia muito da mente de Sauron; era mais cruel que qualquer orc" (O Retorno do Rei, pg 159).

Boca é literalmente o porta voz de Sauron, e como Mensageiro ele veio ao Portão Negro, a fim de mostrar à Gandalf e à comitiva as evidências de que Frodo e Sam estariam mortos.

Depois de debater com Gandalf e de se sentir ameaçado, Boca acaba voltando às hostes de Sauron, e dá o sinal para o início do ataque contra os remanescentes de Gondor.

Não se sabe que fim levou Boca de Sauron após a derrota de Sauron. Seu fim fica apenas no campo das cogitações, assim como a maior parte do que o envolve.

Imrahil

Imrahil foi príncipe de Dol Amroth, uma província de Gondor. Este humano nasceu em 2931 da 3ª Era. Conta-se que o Senhor dos Cavaleiros Cisnes, como era chamado, possuía sangue élfico correndo em suas veias. Ele sempre foi um sábio governante que manteve seu reino próspero. Sua nobreza e força tornaram-se lendárias durante a batalha em Minas Tirith. E após isso, participou do Último Debate, que só de sua parte reuniria cerca de três mil e quinhentos homens para irem na frente do Portão de Mordor. Sobre Imrahil, Legolas disse “... um belo senhor e um grande capitão de homens”.

Esse príncipe também foi importante após o suicídio do Regente Denethor, em plena batalha no Pelennor, pois ajudou Gandalf a comandar e chefiar Gondor. Por fim, acabou assumindo a defesa das muralhas externas de Minas Tirith.

E, sendo Dúnedain, acredita-se que Imrahil viveu por muito tempo, morrendo no ano 120 da 4ª Era, quando foi descansar em Rath Dínen.

Os Drúedain

Pequenos homens selvagens, os Drúedain têm cerca de 1,20 metros de altura, com pernas curtas e nádegas grandes. São atarracados, com os olhos profundos em uma face achatada. Não têm pelos abaixo das sobrancelhas, exceto por alguns poucos que podem se gabar de um pequeno tufo de barba no meio do queixo.

Esse povo nunca gostou de fazer contato com nenhum dos outros povos e, talvez por essa excêntrica atitude, seus representantes sempre foram caçados como animais selvagens. Se os povos livres da Terra-Média tivessem dado mais atenção aos Drúedain, poderiam ter notado seu significante valor de combate, já que, quando irritados, é difícil pará-los.

Suas guerras geralmente são contra Orcs, inimigos mortais desse povo. Os seres do mal sentem prazer um capturar e torturar os pequenos homens selvagens mais do que podem sentir guerreando contra qualquer outro povo. Obviamente os Drúedain não são adversários fáceis, já que podem ser considerados os melhores seguidores de trilhas de toda Arda, além de possuir conhecimento para criar venenos poderosíssimos.

Pouco se sabe acerca de sua origem, mas provavelmente o primeiro contato deles foi com o povo de Haleth, que constatou o não numeroso povo vivendo em tribos na floresta. Jamais há guerras de Drúedain contra outro representante do mesmo povo, já que existe um valioso laço da amizade entre as tribos.

Uma das não menos valiosas especialidades desses homens é a confecção de figuras em pedras que podem assustar orcs e confundir homens ou elfos. Quando feitas sob semelhança de seu senhor, são chamadas de "pedras de vigia", ou "esculturas-Pûkel" e geralmente são colocadas em trilhas ou curvas nos caminhos da floresta, para amedrontar os inimigos. Há quem diga que essas esculturas possuem poderes associados à vida como visão e mobilidade.

Os Drúedain têm á habilidade de permanecer imóveis, sendo muitas vezes confundidos com as suas "pedras de vigia". Talvez por isso seus serviços de vigilância fossem tão cobiçados pelo povo de Haleth, que quando não conseguia um desses homens para o serviço, tenta uma "pedra de vigia", pensando que estas conservam parte do poder de seu criador.

Em O Retorno do Rei, Ghân-Buri-Ghân, o líder dos Drúedain, guia as tropas de Rohan por um atalho na floresta Druadan, permitindo que estas escapassem do enorme contingente militar de Orcs e Orientais que guardavam a Estrada Oeste. Ghân pediu um pagamente bem simples: que o seu povo fosse esquecido, sem nunca mais ser caçado, para ter paz.

Com o início da Era dos Homens, os Drúedain receberam seu pagamento e foram esquecidos. Por nunca terem sido um povo numeroso, acredita-se que eles logo se extinguiram.

Entrevista e Depoimentos:

Para este artigo especial, pedimos a opinião de dois escritores brasileiros conhecidos entre os fãs: Rosana "Shelob" Rios (organizadora do livro "Senhoras dos Anéis") e Thiago "Ispaine/Estus" Marés (autor do livro "O Segredo da Guerra"). Vamos conferir os depoimentos.

Rosana Rios

"Quando Tolkien começou a escrever 'O Senhor dos Anéis', ele não tinha a menor idéia de que estava para produzir um clássico absoluto, mudar a face da Literatura de Ficção Fantástica, e ganhar muito dinheiro. Ele queria apenas escrever mais uma história sobre Hobbits... E, se possível, ligá-la ao que ele considerava o trabalho de sua vida, o compêndio de mitos e lendas que um dia seria 'O Silmarillion'.

Muito provavelmente devido à sua cultura e ao seu grande conhecimento de obras clássicas e da matéria básica da Literatura, as Línguas, ele possuía elementos mais do que suficientes para criar uma 'mitologia para a Inglaterra'. Tinha talento para manipular os arquétipos que permeiam o pensamento humano, e despertar em cada um de nós, leitores, a emoção profunda que ocorre quando nos identificamos com os personagens.

A identificação pode ser a chave para se entender porque 'O Senhor dos Anéis' mexe tanto com as pessoas de todo canto do mundo. Esse livro não aborda simplesmente uma 'luta do Mal contra o Bem', mas traz à tona nossos sentimentos mais profundos, relacionados às duas grandes forças que movem o ser humano: Eros e Thanatos - o Amor e a Morte.

De fato, identificamo-nos com Frodo quando ele precisa levar adiante um fardo acima de suas pequenas forças, e para isso conta apenas com a amizade e a lealdade de seus companheiros. Com Galadriel, quando a ela é oferecido o Um Anel, e deve escolher entre estender a mão e abraçar o Poder Absoluto, ou renunciar a ele, diminuir, e ir para o Oeste de onde foi banida. Com Éowyn, quando o destino a força a optar entre ficar em uma suposta segurança com o povo de Rohan ou partir de encontro à morte certa por amor do tio e do irmão...

Nesses momentos-limite, sentimos na carne a dor de cada personagem, ao ter de fazer a escolha. E é disso que fala 'O Senhor dos Anéis', de escolhas - difíceis e pungentes, mas sempre livres. Cada indivíduo ali é senhor de seu destino, embora às vezes possa parecer o contrário!

Talvez seja por isso, então, que tantas gerações de leitores amam e continuarão amando essa obra. Pois vemos refletidos nela as nossas próprias dificuldades nos momentos de escolha, os quais nunca sabemos a que caminhos irão levar. Pois, como disse Gandalf, 'nem mesmo os mais sábios podem ver todos os fins' ".

Thiago Marés

"Gostaria de citar uma Carta de Tolkien para a Allen & Unwin datada de 30 de Setembro de 1955:
'Quando o Vol. III provavelmente aparecerá agora? Serei morto se algo não acontecer logo.'
Acho que esta carta traduz toda a ansiedade e espectativa que existia para a conclusão da história. E Tolkien não decepcionou seus fãs. O RdR é soberbo, consegue reunir todos os personagens novamente com uma coerência incrível de acontecimentos e datas. Sem mencionar os apêndices, um material valioso que responde dezenas de perguntas e desperta outras centenas."


Curiosidade:

É em "O Retorno do Rei" que lemos um dos trechos preferidos do próprio Tolkien. Daphne Castell, em novembro de 1966, entrevistou o professor, para o New Wolrd perguntando o que ele gostava em sua própria obra. A informação é do livro Explicando Tolkien, de Ronald Kyrmse: "... antes da batalha dos Campos do Pellenor, Gandalf confronta-se finalmente com o Senhor dos Espectros do Anel. Um galo canta, pouco se importanto com a batalha iminente, e nesse momento ouvem-se, ecoando nas montanhas, as trompas dos cavaleiros de Rohan". Curiosamente, esta é uma passagem também adorava por muitos fãs, deste livro que hoje comemora seus 50 anos.

Parabéns professor Tolkien, pelo seu poder criativo!


Fontes:
Enciclopédia Valinor
Dúvendor
DVD J.R.R. Tolkien: Master of the Rings.
Livro: Explicando Tolkien, de Ronald Kyrmse. Martins Fontes, 2003.
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. Martins Fontes.

A arte que você vê no início do artigo é uma montagem feita por Ariadne "Idril" Rodrigues, especialmente para este texto. Uma versão maior pode ser conferida através deste link, basta clicar na imagem para ampliá-la. Trata-se de uma montagem feita com 3 ilustrações: Minas Tirith (Ted Nasmith), em destaque; Éowyn vs Nazgûl (John Howe), sobreposto sobre a principal; e as incrições do Um Anel (J.R.R. Tolkien) nas bordas.

O grupo agradece pela colaboração de Ariadne Rodrigues, Roger "Daeron" Lee (do Portal Tolkienianos), Rosana Rios e de Thiago Marés, para a construção deste artigo.
 
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