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Cinco Filmes Favoritos Com Quickbeam

Vëon

Do you know what time it is?
Cinco Filmes Favoritos Com Quickbeam​

Resolvi não repetir filmes já citados por outros usuários na hora de compor minha lista, embora muitos deles sejam grandes favoritos meus (Um Corpo que Cai, Os Sete Samurais, 2001, Only Yesterday, O Labirinto do Fauno, Brilho Eterno, Pinóquio).

Viver (Ikiru, 1952) | Akira Kurosawa

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"A vida é breve
Apaixone-se, donzela
Antes que a cor se desvaneça de seus lábios
Antes que a paixão se esfrie dentro de você
Pois não haverá amanhã."​

A vida é curta. Watanabe é confrontado com essa verdade logo no início do filme, quando descobre que lhe restam apenas alguns poucos meses de vida.

Pior do que a morte, porém, é a sensação que ele tem de nunca ter realmente vivido. Em certo momento, Watanabe diz que é como se estivesse se afogando, com trevas por todo lado, sem ter nada a que pudesse se agarrar.

É, pois, a jornada de um homem em busca de algum significado para a existência dele.

Dentre tantos outros excelentes filmes do Kurosawa, Ikiru é o que mais me marcou, talvez pelos temas que aborda. A cena no balanço é uma das mais belas que já assisti, um momento transcendente. Mostra que nunca é tarde demais para encontrar um propósito na vida e lutar para realizá-lo.

O Homem que Plantava Árvores (L'Homme qui Plantait des Arbres, 1988) | Frédéric Back

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Baseado em um conto homônimo de Jean Giono, O Homem que Plantava Árvores é uma fábula que relata o trabalho paciente e abnegado de Elzéard Bouffier, um pastor de ovelhas que decide plantar árvores em uma região desolada da França.

Gosto bastante do estilo da animação: os traços lembrando esboços de desenhos em cores pasteis, as imagens sucedendo-se com grande fluidez, como areia a mover-se num deserto, dando a tudo um belo efeito onírico.

Philippe Noiret narra o curta-metragem em francês, mas eu, particularmente, prefiro a voz do Christopher Plummer, talvez por ter sido a que ouvi na primeira vez, mas também pela minha maior familiaridade com a língua inglesa.

De qualquer forma, é uma história simples e cativante, um testemunho do poder do espírito humano.

Trilogia de Apu | Satyajit Ray
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Não resisti e incluí uma trilogia (sue me :dente:), a melhor do cinema em minha opinião.

Conta a história de um garoto bengali chamado Apu, enfocando sua infância (A Canção da Estrada), adolescência (O Invencível) e vida adulta (O Mundo de Apu).

Os três filmes são excelentes, mesmo quando assistidos em separado, mas o efeito é até maior quando vistos em sequência. Estão repletos de momentos de grande beleza e lirismo, mas não resvalam no sentimentalismo fácil. Conseguem captar de forma singela e tocante verdades perenes da condição humana.

Se tivesse que escolher um filme, diria que O Invencível é o meu favorito, pela bela história do relacionamento entre mãe e filho e os conflitos decorrentes do crescimento de Apu.

Kurosawa chegou a declarar: "Não ter visto os filmes de Ray é como existir no mundo sem nunca ter visto a lua e o sol".

Cabra Marcado Para Morrer (idem, 1985) | Eduardo Coutinho

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Cabra Marcado para Morrer começou como um filme de ficção baseado em fatos reais, narrando a história de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962. O elenco era formado por não profissionais e incluía Elizabeth Teixeira, viúva do líder assassinado, que interpretava a si mesma na produção. O golpe militar de 64 interrompeu as filmagens e dispersou a equipe. Dezessete anos depois, Eduardo Coutinho voltou para investigar num documentário as trajetórias dos envolvidos no projeto original.

Coutinho consegue extrair relatos comoventes e verdadeiros de pessoas comuns, quase sempre esquecidas pela História, revelando as agruras sofridas pelos membros de uma família dilacerada por quase duas décadas de perseguição política.

Certamente é um dos melhores documentários que já assisti, um filme que continua a ter ressonância, tanto pela abordagem do assunto quanto pelos problemas retratados, que ainda persistem no Brasil.

Dogville (idem, 2003) | Lars von Trier

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Grace é uma fugitiva que encontra refúgio na pequena cidade de Dogville. Aos poucos, descobre que a feição pacata e bondosa dos habitantes é mera ilusão.

Dogville é uma parábola sobre a natureza humana, mostrando que, nas circunstâncias adequadas, os impulsos mais sombrios dos seres humanos afloram.

Confesso que demorei um pouco até assistí-lo, por receio de ser um filme "difícil", mas o medo era infundado: embora seja longo e tenha sua dose de estranhezas (a ausência de cenários, alguns cortes abruptos), Dogville é fascinante, tanto por ser algo nunca tentado antes no cinema, quanto por ser um admirável estudo de personagens. Por outro lado, é cruel e causa desconforto, pois revela muito sobre os sentimentos do próprio espectador.
 
Eu tava achando que não sairia uma lista do Quickbeam.
Pelo censo e os comentários que leio, eu esperaria uma lista que valesse muito a pena.

Da lista fica provado com Ikiru, Dogville e a trilogia Apu que eu também classifico como fantásticas. Apesar de eu particularmente ter preferido o primeiro filme da trilogia, mas tanto faz na verdade. E a minha cena favorita em Ikiru é justamente quando ele canta Gondora no Uta, que é uma música maravilhosa (e que vira e mexe eu tenho que procurar a cena no youtube).

Os demais entram na minha lista.
L'Homme qui Plantait des Arbres na verdade eu acho que tenho, mas não tinha dado tanto valor por parecer ser curto.
 
Última edição por um moderador:
Também tenho Dogville como um dos meus filmes favoritos, Trilogia Apu, aluguei quando eu assinava netmovies, mas o terceiro disco tava zuado e nunca terminei a trilogia, mas acho os dois primeiros ótimos.

Não assisti nenhum dos outros, mas os três me interessaram bastante.
 
Lista que me parece muito interessante, destes vi O Homem que Plantava Árvores um filme com enredo diferente muito bom mesmo, e Dogville difícil de entender mais quando se entende se vê a genialidade do filme. Os demais parecem legais, quem sabe um dia vejo.
 
Também tenho Dogville como um dos meus filmes favoritos, Trilogia Apu, aluguei quando eu assinava netmovies, mas o terceiro disco tava zuado e nunca terminei a trilogia, mas acho os dois primeiros ótimos.

Não assisti nenhum dos outros, mas os três me interessaram bastante.

O Mundo de Apu é o melhor da trilogia! é incrível!

Viver foi uma escolha interessante do cinema oriental, acho que é um dos filmes mais pessoais do Kurosawa
 
Kurosawa é demais! Ikiru eu ainda não assisti, mas já vou botar na lista de must see.

Dogville também entra fácil no meu top 5!
 
Não assisti nenhum dos filmes, infelizmente.
Os que mais me despertaram interesse foram os três primeiros (cinco na verdade, já que o terceiro é uma trilogia), pela descrição parecem ser muito bons. Espero poder vê-los logo.
 
E a minha cena favorita em Ikiru é justamente quando ele canta Gondora no Uta, que é uma música maravilhosa (e que vira e mexe eu tenho que procurar a cena no youtube).

É um grande momento do filme, não por acaso escolhi parte da letra para abrir o meu comentário sobre Ikiru.


Trilogia Apu, aluguei quando eu assinava netmovies, mas o terceiro disco tava zuado e nunca terminei a trilogia, mas acho os dois primeiros ótimos.

Já que gostou dos outros dois, também recomendo que assista o terceiro, Vëon. Há muita gente que o considera o melhor da trilogia.



Para limitar as escolhas, quis incluir um curta-metragem e um documentário na lista (calharam de ser uma animação e um filme brasileiro, que eu também queria que aparecessem na seleção). Mesmo assim, foi bem difícil escolher os filmes. Demorei literalmente meses até fechar a lista, não conseguia definir o quinto filme (Fale com Ela, Tubarão, Contato, Monty Python em Busca do Cálice Sagrado, 12 Homens e uma Sentença, Stalker, foram alguns que chegaram a entrar).

Acabei escolhendo Dogville porque, além de gostar muito do filme e ser mais recente (quis incluir ao menos um filme dos últimos 15 anos), é um contraponto aos outro 4, já que parece não acreditar em redenção para a raça humana.
 
Última edição por um moderador:
Desses só conheço Dogville, e é um bom filme mesmo. Me surpreendi na época que o vi, por ser um jeito diferente de fazer cinema, e eu gosto de me surpreender assim. Ele causa grande desconforto mesmo, mas o vi 3 vezes (claro que a 3ª foi para fazer uma resenha para a aula de sociologia, mas foi ótimo, pois você acaba prestando atenção em outras coisas na narrativa)! A continuação Manderlay vai (ou tenta ir) pela mesma linha, mas não curti muito.
 

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