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A "música" de Tolkien

Concordo com Lucas_RPG,
musica seria a criação, a junção de tudo de forma harmônica
, a música para Ilúvatar era a criação de coisas belas, não que Melkor não criasse coisas belas no início, mas acredito que ele tenha começado a criar a partir do próprio prazer e talvez não fossem tão belas aos olhos de Ilúvatar.

Elentari R* escreveu exatamente o que penso:
A "música" dos Ainur não ocorre somente pela voz (como quando Yavanna cria as árvores), mas também por todos os outros sons (e todos os outros sons são "música"): do vento, da água, das trovoadas, dos terremotos, etc.
. O som de um temporal, para nós, pode ser um som mau, mas para Ilúvatar era diferente. Até mesmo o som de um vulcão em eruoção lhe soava bem, era uma música distinta para ele.

Eu acredito que a dissonância de Melkor era uma afronta, a criação de coisas más que Ilúvatar não gostava, como Sauron criando os Orcs.

E sim, havia que existir magia em seres tão belos e tão horrendos (Melkor), pois cada qual tinha um dom, um poder.

E a música não é mesmo uma inspiração divina? Basta que pensamos nos grande compositores, e não somente nos de antigamente, mas nos de hoje, dos filmes épicos, por exemplo, das trilhas sonoras instrumentais tão bem criadas, ou melhor, compostas...

Pense em um mundo sem som, depois tente se lembrar de cada som que você já ouviu na vida. Divino quem criou isso, divino que consegue ou tenta recriar outros sons outras curas para doenças, outras formas de mostrar ao mundo que se deve ter humanidade. Com certeza Ilúvatar não gostaria da música que tocou Bush ou que toca na África...
 
Explorador(a) de covas detectado(a). :D
Mas é um bom tópico, eu penso na música como a essência da mente de Eru, dentro da sua complexidade de variações infinitas, há como se compreender o que se passa em seus pensamentos, porém não completamente, pois ao direcionar sua atenção a uma determinada escala musical, por exemplo, deixa-se passar outras paralelas.
 
Citando outro post meu:
...cada um de nós tem uma música própria. Quando pensamos e refletimos, podemos ouvir a música que toca no fundo de nossos pensamentos, e ver a luz que gerou suas idéias.

Continuando a linha: às vezes, é impossível ouvirmos a melodia que ecoa em nós, por causa da dissonância interna. Acho que é isso que Tolkien quis dizer com a música dos Ainur.
 
Esse é um assunto de extrema filosofia.

Nunca poderemos saber se realmente foi isso que ele quis dizer, mas podemos compreender assim.

Eu, pessoalmente, acho que essa informação está correta, mas depende da interpretação de cada um.
 
Excelente post e discussão nota 10 mesmo sendo um mistério tentar pensar no que ele teria comparado a música da criação de Ëa.
 
Compositor não. Tolkien não publicou nenhuma música por si, somente publicou letras. Era um bom escritor, isso sim, um bom letrista, mas não compositor!
 
Opa!
me desculpe!
Me exprecei errado! ^^"
era isso que eu queria diser, ele criava as letras dos canticos e das elegias.
Um que gosto é esse cantico dos hobbits (O senhor dos Anéis-a Sociedade do Anel__pag:93-cap:IV):
Eh!Eh!Eh!
O que eu quero é beber,
Matar minha dor e meu mal esquecer.
Pode ventar, tambem pode chover.
E muita estrada sobrar para vencer.
Ao pé deste olmo eu quero deitar.
E olhar para a nuvem que vai devagar.
 
Existe um livro de músicas (partituras) publicado por Tolkien, também. Por ele e por um compositor propriamente, chamado Donald Swann. Tolkien foi também "compositor" porque aprovou as melodias para as suas poesias, e chegou até a "cantarolar" alguma coisa, quando a melodia do D. Swann não era adequada ao que ele imaginava. Então ele foi um pouco compositor, também,. :)

O livro se chama "The Road goes ever On", que é o nome de uma das músicas.
 
Vários enigmas dos livros de Tolkien possuem relação com os fundamentos da música. Bem no começo, desde cedo, o encontro da música com o idioma (musicalidade), espelha a questão de que o personagem precisa corresponder a esperança de cada um de seus encontros tanto quanto a dança da música com a literatura. E nas palavras dos livros, o dia pode ou não pode corresponder a sua promessa, resultando disso boas ou más surpresas porque a surpresa vem do imprevisto de modo que o inesperado e maravilhoso poderá ser ou não ser agradável.

No caso de Luthien, por exemplo, vale procurar ouvir o canto natural do pássaro que a simboliza.

Ou que para apreciar melhor as imagens evocadas nos livros poderíamos analisar que as sombras que se alongavam quando Sauron e Melkor apareciam decorriam do fato de que sombras podiam ser ofensivas ou inofensivas, dependendo de quem as usasse, de uma forma muito semelhante a que a música pode pesar ou aliviar um ambiente (música negativa ou positiva).

E é inspirador verificar que cada elemento dialoga com as outras partes ao cobrarem umas das outras versos e mais versos.

Por sinal, antigamente, em uma conversa às vezes duas pessoas se interpelavam por meio de frases provocativas com uma sonoridade diferenciada para efeito cômico ou para reflexão. E então a resposta da segunda pessoa poderia vir ao acrescentar versos antes ou depois daquilo que fora dito pela primeira pessoa. Por exemplo:

"Prevejo um dia azul de sol."

Então a segunda pessoa responderia juntando a impressão pessoal com a primeira frase:

"Minha cabeça dói pela manhã,
Prevejo um dia azul de sol."

E é bem capaz de ser que em Valfenda e na casa de Tom Bombadil as pessoas decidissem jogar o dia inteiro com essas perguntas e respostas das observações diárias. Da mesma forma que em uma música, inserindo um tema que evoca uma emoção e depois colocando a próxima emoção adiante da primeira para "comentar" as impressões de cada um sobre as "notas" anteriores. A bem da verdade, não seria um jogo para qualquer um, apenas para os melhores porque seria extremamente intuitivo e preciso.
 

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