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Notícias Bom Senso F.C.

Por que a Globo assegura os direitos de todo o campeonato e só transmite jogo em dois horários?

Por acordo com os próprios clubes, já que a transmissão de mais jogos acaba tornando a compra de pay-per-view menos atraente pro consumidor, e o Premiere também compra os direitos do Brasileiro de forma separada.

Mais jogos transmitidos em TV aberta significariam um contrato a menos pros clubes, e consequentemente menos dinheiro.
 
Por acordo com os próprios clubes, já que a transmissão de mais jogos acaba tornando a compra de pay-per-view menos atraente pro consumidor, e o Premiere também compra os direitos do Brasileiro de forma separada.

Mais jogos transmitidos em TV aberta significariam um contrato a menos pros clubes, e consequentemente menos dinheiro.

Sim, eu entendo o interesse dos clubes nisso.

Mas para a sociedade como um todo, esse tipo de monopólio é extremamente danoso. Esportes, especialmente futebol, são o tipo de coisa capaz de gerar audiência em qualquer emissora em que ele seja transmitido. A emissora que o controla sempre terá mais recursos, que ela não usará só para o futebol, mas para ditar sua versão dos fatos.

Uma quebra num monopólio destes seria uma tentativa para descentralizar um pouco a mídia, ter uns 3-4 canais abertos competindo, sem antes lançar mãos de medida que, para não serem autoritárias, dependem de qual governo, de qual mão está tomando as mesmas.

E depois, existiria uma perda para os clubes, mas ela seria mitigada. O PPV ia reduzir o valor, mas não ia deixar de existir. E a exposição ao mercado aumentaria com mais jogos abertos.
 
Por acordo com os próprios clubes, já que a transmissão de mais jogos acaba tornando a compra de pay-per-view menos atraente pro consumidor, e o Premiere também compra os direitos do Brasileiro de forma separada.

Mais jogos transmitidos em TV aberta significariam um contrato a menos pros clubes, e consequentemente menos dinheiro.

Sim, eu entendo o interesse dos clubes nisso.

Mas para a sociedade como um todo, esse tipo de monopólio é extremamente danoso. Esportes, especialmente futebol, são o tipo de coisa capaz de gerar audiência em qualquer emissora em que ele seja transmitido. A emissora que o controla sempre terá mais recursos, que ela não usará só para o futebol, mas para ditar sua versão dos fatos.

Uma quebra num monopólio destes seria uma tentativa para descentralizar um pouco a mídia, ter uns 3-4 canais abertos competindo, sem antes lançar mãos de medida que, para não serem autoritárias, dependem de qual governo, de qual mão está tomando as mesmas.

E depois, existiria uma perda para os clubes, mas ela seria mitigada. O PPV ia reduzir o valor, mas não ia deixar de existir. E a exposição ao mercado aumentaria com mais jogos abertos.

Aí é que tá, não precisaria, necessariamente, ser uma quebra de monopólio com outras TVs abertas na jogada, talvez uma a mais apenas. A TV a cabo já é bem mais difundida hoje, aí, penso eu, poderia-se usar o esquema de partilha usado nas ligas profissionais dos EUA, em especial da NFL, com cada TV, seja aberta, seja a cabo. Me corrijam se estiver errado (tive dúvidas na hora de pesquisar), mas no caso aí são duas abertas (CBS e NBC) e duas a cabo (ESPN e FOX), além da NFL Network, a TV da liga, e cada uma tem direito a passar um jogo por semana pré-estabelecido.

Viajando um pouquinho, aqui no Brasil poderia ser, por exemplo, Globo mais Record ou Band (com esta sendo parte do contrato, e não com concessão da Globo), mais Sportv, ESPN e Fox Sports entrando junto, por exemplo, e cada uma passa um jogo, revezando os times. Os jogos restantes iriam para o PPV. Só que, nesse esquema, teria que acabar o esquema de transmissão regional que a Globo faz hoje. No caso, poderia cada TV passar um jogo de uma das principais praças (digamos, Globo passa um jogo do RJ, Record um jogo de SP, Sportv um jogo de MG, ESPN um jogo do RS e Fox Sports um de PE ou PR) e, em cada rodada, isso seria revezado. Também não precisaria ser tudo no mesmo horário. Seria legal, eu acho, passar a termos algo como existe na NFL (ESPN Monday Night Football, NBC Sunday Night Football).
 
Aí é que tá, não precisaria, necessariamente, ser uma quebra de monopólio com outras TVs abertas na jogada, talvez uma a mais apenas. A TV a cabo já é bem mais difundida hoje, aí, penso eu, poderia-se usar o esquema de partilha usado nas ligas profissionais dos EUA, em especial da NFL, com cada TV, seja aberta, seja a cabo. Me corrijam se estiver errado (tive dúvidas na hora de pesquisar), mas no caso aí são duas abertas (CBS e NBC) e duas a cabo (ESPN e FOX), além da NFL Network, a TV da liga, e cada uma tem direito a passar um jogo por semana pré-estabelecido.

Viajando um pouquinho, aqui no Brasil poderia ser, por exemplo, Globo mais Record ou Band (com esta sendo parte do contrato, e não com concessão da Globo), mais Sportv, ESPN e Fox Sports entrando junto, por exemplo, e cada uma passa um jogo, revezando os times. Os jogos restantes iriam para o PPV. Só que, nesse esquema, teria que acabar o esquema de transmissão regional que a Globo faz hoje. No caso, poderia cada TV passar um jogo de uma das principais praças (digamos, Globo passa um jogo do RJ, Record um jogo de SP, Sportv um jogo de MG, ESPN um jogo do RS e Fox Sports um de PE ou PR) e, em cada rodada, isso seria revezado. Também não precisaria ser tudo no mesmo horário. Seria legal, eu acho, passar a termos algo como existe na NFL (ESPN Monday Night Football, NBC Sunday Night Football).

No caso da NFL, são três TV's abertas: a CBS, a NBC a Fox. A grandona que fica de fora, a ABC, deve passar programas para quem não curte o football, o que também é um nicho de mercado. Depois dessas, vêm a ESPN.

E, como aqui, existe o blackout regional. Mas no caso de lá, ele só vale se os ingressos não forem esgotados até uns dois ou três dias antes, e lá os estádios enchem bastante. Então, imagino que costume passar o jogo da sua região.
 
No caso da NFL, são três TV's abertas: a CBS, a NBC a Fox. A grandona que fica de fora, a ABC, deve passar programas para quem não curte o football, o que também é um nicho de mercado. Depois dessas, vêm a ESPN.

E, como aqui, existe o blackout regional. Mas no caso de lá, ele só vale se os ingressos não forem esgotados até uns dois ou três dias antes, e lá os estádios enchem bastante. Então, imagino que costume passar o jogo da sua região.

Ah tá, valeu por corrigir, fiquei em dúvida justamente com a Fox mesmo, não sabia se ela era aberta ou fechada.
 
A ruptura do monopólio não quebraria clube nenhum.
Aliás, eles não precisam de ajuda para se quebrar...

A questão do monopólio do contrato de concessão é que a Globo manda e desmanda por conta do que o ET já falou lá em cima.
Ela passa o jogo que quiser, para onde quiser, sem dar opção à concorrente de variar no mesmo horário.
E na tv a cabo a coisa fica ainda pior, pois o Sportv nem sequer divide o mesmo jogo com ninguém!

Faz tempo que passou a hora de rever esses contratos, mas parece que tem muito rabo preso nessa história.
 
Bom Senso FC: 'CBF está brincando com fogo', diz Paulo André
Renata Mendonça

Da BBC Brasil em São Paulo



Atualizado em 2 de dezembro, 2013 - 16:52 (Brasília) 18:52 GMT
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Paulo André espera diálogo com CBF para evitar greve de jogadores durante campeonato

No início, o discurso adotado pelo Bom Senso FC - movimento com mais de mil jogadores que reivindica mudanças no futebol brasileiro - com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) era cauteloso. Os atletas afirmavam não querer brigar ou bater de frente com a entidade e a greve era uma possibilidade bem distante.

Dois meses depois, os jogadores mudaram de vez o tom do discurso. Protestos têm sido organizados a cada rodada do Campeonato Brasileiro, com os atletas manifestando de alguma forma sua insatisfação dentro de campo - seja cruzando os braços por um minuto, ou sentando no gramado após o apito inicial das partidas.
Agora, eles já admitem até a possibilidade de uma greve geral na primeira divisão do torneio nacional.

Em entrevista à BBC Brasil, o zagueiro do Corinthians, Paulo André, líder e porta-voz do movimento, deixou claro que, caso não haja pelo menos o diálogo para discutir as mudanças propostas, a greve dos atletas será inevitável.

"Eles estão brincando com o fogo, e os atletas estão chegando no limite de sua paciência. Nao sei se a greve é para agora, mas se continuar desse jeito, ela vai acontecer", afirmou.

Conforme o Bom Senso FC foi ganhando força, a postura da própria CBF com relação ao movimento também mudou. Se antes a entidade aceitava dialogar com os atletas e até elogiava a iniciativa deles, hoje o discurso é diferente.

O vice-presidente da confederação, Marco Polo Del Nero, aconselhou os atletas a conversarem com os clubes para pedir um "revezamento no elenco”, caso queiram jogar menos. Já o presidente da entidade, José Maria Marin, pediu ao Bom Senso para pensar nos times de divisões inferiores, que não têm calendário para jogar a temporada toda e sobrevivem dos longos estaduais no início do ano.

O que quer o Bom Senso FC
  • 30 dias de férias
Os jogadores pedem um período de recesso de 30 dias corridos entre o fim de uma temporada e o início da pré-temporada no ano seguinte.
  • Período de pré-temporada adequado
Os atletas alegam que um período de pré-temporada entre 4 e 6 semanas é imprescindível para que os jogadores suportem fisicamente a sequência pesada de jogos ao longo do ano.

  • Máximo de 7 jogos por mês
Os atletas dizem que viagens longas durante a temporada acabam sendo muito cansativas, o que faz com que os jogadores não tenham tempo de se recuperar para os jogos em um intervalo de 2 dias.

  • Adoção do fair-play financeiro em 2015
Seguindo o modelo europeu adotado pela Uefa, o Bom Senso FC pede que os clubes brasileiros sejam obrigados a ter maior disciplina financeira e que só possam competir com valores condizentes com suas receitas.

  • Formação de um conselho técnico com jogadores, atletas e executivos
O movimento pede que a CBF inclua uma comissão formada por atletas, treinadores e executivos nas discussões sobre campeonatos, calendários, regulamentos etc.

Restando ainda uma rodada para o término do Campeonato Brasileiro, o Bom Senso FC ainda aguarda um posicionamento da CBF com relação às reivindicações para definir os próximos passos do movimento.

Leia abaixo a entrevista de Paulo André à BBC Brasil.

BBC Brasil - Entrevistamos Alex (meia do Coritiba e um dos líderes do movimento) em outubro, quando o Bom Senso FC estava começando e, naquela época, o discurso de vocês ainda era de diálogo com a CBF. O que mudou de lá para cá?

Paulo André - No início, a gente buscou o diálogo, a gente buscou ser o mais transparente possível nas negociações com a CBF, fomos recebidos duas vezes na sede da entidade e na segunda reunião ficou claro que a CBF não tinha nada a acrescentar ou a discutir nos pontos levantados pelo Bom Senso. E essa falta de vontade de buscar um produto melhor para todos incomodou o Bom Senso e fez com que a gente começasse a se manifestar antes dos jogos para chamar a atenção do público e da própria CBF.

BBC Brasil - Como está o diálogo com a CBF agora?

Paulo André - Nós não tivemos mais reuniões, nossa comunicação com eles agora tem sido por meio de notas oficiais. Nesta semana as coisas esquentaram um pouco mais, a gente vê as declarações dos dirigentes, primeiro não reconhecendo a legitimidade do Bom Senso e num segundo momento dizendo que é impossível mudar isso, mudar aquilo, que não adianta só olhar pela visão dos atletas...ou seja, eles não têm a menor ideia do que nós estamos falando, realmente não estão preparados para estarem no cargo em que eles estão. E nós mais uma vez - com os protestos aumentando a cada rodada - estamos tentando encontrar um senso comum que possa atender as nossas demandas, ou que possa pelo menos argumentar contra elas de forma eficiente, que nos convença para que a gente fique quieto e vá trabalhar.

BBC Brasil - A CBF tem argumentado que "se os atletas querem jogar menos, eles devem pedir um revezamento do elenco nos seus clubes”. O que você acha disso?

Paulo André - Essas declarações dos dirigentes da CBF demonstram toda a incapacidade técnica que esses políticos têm de tratar o futebol, a gestão do futebol profissional. Queria perguntar pra eles quem é que paga a conta de um elenco mais inchado pra que se limite o número de jogos dos jogadores, mas não do clube. Eles estão indo completamente na contramão de tudo o que é lógico e que é racional, de tudo o que é praticado em outros países e têm obtido sucesso. Infelizmente eles vivem nos tempos das pedras, onde eles acreditam que ninguém tem nada a acrescentar ao conhecimento que eles possuem.

BBC Brasil - Quantos jogadores estão no movimento agora?

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Principais reivindicações dos atletas são sobre o calendário e o fair-play financeiro

Paulo André - Temos mais de mil assinaturas, praticamente todos os clubes das séries A e B aderiram. Temos também o apoio de seis clubes da Série A, o que é muito importante, e a gente acredita que os clubes serão o diferencial num momento de tomada de decisão pela CBF.

BBC Brasil - Quais são esses clubes?

Paulo André - Minha cabeça está um pouco ruim agora, mas são Bahia, São Paulo, Flamengo...tem mais três, mas não estou lembrando agora.

BBC Brasil - Vocês têm feito protestos em todas as rodadas ultimamente. Como surgem as ideias desses protestos?

Paulo André - As ideias surgem do bate-papo dos atletas, de forma inusitada, engraçada, porque cada um tem uma manifestação, uma vontade, e a gente tenta escolher a votada pela maioria, só que com alguns princípios básicos, de se respeitar o torcedor, de respeitar o espetáculo e o clube e só tentar demonstrar nossa insatisfação com a CBF. Eles devem aumentar na próxima rodada, e a gente não descarta a greve na semana que vem. A greve não tem nenhum tabu, não tem nenhuma dificuldade, é simplesmente uma posição de bom senso do movimento de aguardar até o último momento.

BBC Brasil - Até quando vocês vão esperar uma resposta da CBF sobre as reivindicações do movimento?

Paulo André - Essa cronologia é fundamental, lógico que não dá para mudar o futebol, o fair play e o calendário de um ano para o outro, mas é necessário que a gente sente numa mesa e resolva: em 2014 vai acontecer isso, em 2015 isso, em 2016 aquilo, dando prazo aos clubes, às federações e aos atletas para que se preparem. É evidente e eles nao podem negar que as mudanças são urgentes. O problema é que eles fingem que elas não são urgentes e que não são necessárias. Eles estão brincando com o fogo e os atletas estão chegando no limite de sua paciência. Não sei se a greve é para agora, mas se continuar desse jeito, ela vai acontecer.

BBC Brasil - Não seria grande o impacto de uma greve em pleno ano de Copa do Mundo no Brasil?

Paulo André - Grande é o despreparo dos nossos políticos do futebol, que nao previram que em 2014 teria a Copa do Mundo e não adaptaram o calendário. Grande é o despreparo deles para organizar a Copa do Mundo. A greve é o menor dos problemas deles e reflete essa incapacidade de gerir o futebol brasileiro.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131202_bomsenso_pauloandre_entrevista_rm.shtml
 
Falando em Paulo André... Quando briga com Eurico Miranda, automaticamente se torna MITO.

Outro texto, muito bom, sobre o assunto:



E aí? Você está do lado do Bom Senso ou das Euricadas?

juliogomes 02/12/2013 18:11


O torcedor de futebol do Brasil é muito engraçado. Nos anos 90, o Vasco da Gama tornou-se o time mais detestado do país (exceto pelos vascaínos, logicamente) por causa de seu mandatário. Eurico Miranda simbolizava, simboliza, tudo o que há de errado no país. Truculência, o atropelamento de regulamentos, o objetivo claro de sempre buscar benefício próprio, sem nenhuma preocupação com a ética ou o senso coletivo.

Ninguém suportava Eurico Miranda. “Esses cartolas acabam com o futebol'', “são todos ladrões'', “são ultrapassados, arcaicos, comandam os clubes de forma irresponsável'', é o que diziam jornalistas e torcedores em geral.

Eurico dá uma sumida do mapa. Mas não se enganem! 10 entre 10 dirigentes das antigas pensam e atuam como Eurico, a diferença é que eles não são bocudos e nem se expõem tanto quanto Eurico. Mas é farinha do mesmíssimo saco. Esses dirigentes vão, pouco a pouco, perdendo espaço, dando lugar a algumas pessoas mais preparadas e mais voltadas para a gestão, um em um clube aqui, outro ali.

Um pequeno avanço, o dos últimos anos. Pouco significativo, na minha visão. Essencialmente, o futebol brasileiro segue nas mãos e sendo operado pela mesma gente.

E aí aparece o Bom Senso.

E aí um monte de gente fica do lado do Eurico contra o Bom Senso. Contra o bom senso.

Somos a sociedade do “se está bom para mim, que se dane o resto''. Aí aparecem caras para quem está bom financeiramente. Que ganham bem, que têm a carreira construída e em vias de ser finalizada. Mas que viajaram o mundo e viram que beira o inacreditável a maneira como o futebol brasileiro é conduzido. Surgem pessoas preocupadas com o resto, com o todo. Está bom para eles, mas eles querem saber do resto. É tão bonito que espanta, não é verdade? Gera desconfiança.

E o que fazemos? Criticamos????

“Fulaninho está preocupado só com o bolso''. “O que esses caras querem é descansar, e eu aqui trabalhando todos os dias''. “Do alto preço do ingresso o Bom Senso não fala''. “Na hora da mala branca, eles se calam.''

Senhoras e senhores, amigos e amigas… POR FAVOR! Parem e pensem. Alguns de vocês, torcedores, estão fazendo exatamente o jogo que os Euricos e Marins da vida querem! E não se enganem, esses dirigentes têm muitas, muitas vozes falando por eles e emitindo opiniões que parecem isentas, mas estão longe disso, em veículos de imprensa espalhados pelo país.

Essa é uma guerra aberta entre dirigentes da velha guarda, que querem manter essa porcaria toda como está, e jovens jogadores de futebol, quase ex-jogadores, mas ainda bastante jovens, que estão se mobilizando para melhorar as coisas. Qualquer pessoa que entenda o mínimo de futebol sabe a porcaria em que o esporte se transformou aqui. Culpa essencialmente dos clubes e seus gestores ao longo de décadas. E nada será mudado de um dia para o outro, mas uma hora precisa começar.

O futebol brasileiro pode ser o maior do mundo. Não a seleção, que não tem nada a ver com nosso futebol. Estou falando do jogo, da modalidade que é praticada em nosso país. Mas, para isso, precisa de uma revolução para ontem. Talvez essa revolução esteja começando com o Bom Senso e me preocupa ver tanta gente entrando na onda de dirigentes e desse papo patético de “os caras ganham muito e ainda reclamam''.

Nenhum governo nem plano de ação nem grupo é 100% perfeito. Com certeza os líderes do Bom Senso têm fraquezas, como qualquer ser humano. Certamente será difícil manter essa quase unanimidade entre eles, em um universo de 1000 atletas. O que querem os conservadores? Os pilantras que corroem nosso futebol por dentro há séculos? Querem é implodir tudo isso. Dividir, causar cizânia, sumir com esses malas, com essas pedras em seus sapatos de couro. Estão esperando as férias para tudo isso morra.

A tática de Eurico Miranda, no bate boca com Paulo André, foi tão clara quanto antiga. Na falta de argumentos, ataca-se o interlocutor. Paulo André falava das péssimas condições que encontrou no Vasco quando era garoto. E Eurico contra ataca dizendo que Romário e Edmundo, craques, saíram de lá. “Não formamos qualquer Paulo André'', bradou.

Oras. O que importa se Romário era mais jogador que Paulo André??? O que importa se Paulo André é craque ou perna de pau??? O que isso tem a ver com a história???

“Ele está acostumado com a Europa, lá não tem rato''. Então… é… nos vestiários não têm mesmo. Não entendi. Devemos nos orgulhar por termos ratos em nossos vestiários e clubes de futebol??

Os dirigentes de futebol sabem perfeitamente que os torcedores não gostam dos altos salários recebidos por alguns jogadores. Então o tempo todo vemos o assunto “ganhar muito'' vindo à tona, pelas bocas malditas e, muitas vezes, associadas. Não se deixe enganar, torcedor de futebol!

O que o Bom Senso quer é uma gestão honesta e transparente dos clubes, uma relação profissional entre clubes e atletas. Talvez eles passem a ganhar mais, talvez eles passem a ganhar menos. É o mercado que vai dizer isso, como acontece em TODAS as profissões do mundo capitalista. Oras, escolhemos ser capitalistas mas queremos controlar quanto ganha um jogador de futebol???

Perguntem-se, amigos. Será inveja? Será que não é apenas o sentimento de inveja que empurra as pessoas para o lado oposto ao dos atletas de futebol? Não estamos preocupados com quem ganha MUITO dinheiro e nem sequer chuta uma bola ou está sujeito a xingamentos e hostilidades em seus dias de trabalho? Por que jogadores não podem ganhar muito dinheiro mas tantas outras pessoas envolvidas com o futebol podem?

Jogadores e torcedores fazem a única aliança que não tem como perder essa guerra. E isso é uma guerra. Uma guerra para limpar o futebol brasileiro das velhas práticas, trazê-lo para a modernidade e para a transparência. É um movimento que não abraça tudo o que está errado no futebol brasileiro, nem daria conta se tentasse. Mas que ataca pontos fundamentais, vitais, importantíssimos. É um movimento que precisa do apoio firme do torcedor, senão será atropelado pelas forças arcaicas muito mais acostumadas com o jogo sujo de bastidor.

O Bom Senso precisa ser integralmente apoiado por nossa sociedade em nome de um futebol melhor, mais digno, honesto e profissional. As ressalvas, eu também tenho as minhas, deixamos para depois, para mais à frente.

Nessa vida, temos que sair do muro, onde muitos se acomodam, e ter posições. Entre o Bom Senso e os dirigentes de futebol que eu cresci vendo, entre os Euricos da vida, não tenho dúvidas. E convido todos os meus leitores a descerem do muro ou pularem para o lado certo.

Fonte


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Só digo uma coisa: dá nojo de boa parte dos comentários nos dois sites.
 
Querem ver uma coisa histórico do futebol:

Vão ao Acervo Digital da Veja e abram a primeira edição de todos os tempos, indo à página 55.

Há uma reportagem sobre o Robertão e sobre como e porque os times grandes queriam fazer um campeonato nacional, para superar deficiências percebidas à época.

Interessante bagarai.
 
Você quer mesmo que a gente leia uma Veja? :disgusti:

Perceba, a Veja não tinha exatamente o mesmo tom (aliás, eu detesto a Veja) quando estreou, em 1968. Certamente era a favor de reformas liberalizantes, econõmica e socialmente, nos países comunistas, mas isso era a tônica de qualquer imprensa ocidental mainstream, "pró-liberdade".

Enfim, não tinha Diogão, Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino.
 
Perceba, a Veja não tinha exatamente o mesmo tom (aliás, eu detesto a Veja) quando estreou, em 1968. Certamente era a favor de reformas liberalizantes, econõmica e socialmente, nos países comunistas, mas isso era a tônica de qualquer imprensa ocidental mainstream, "pró-liberdade".

Enfim, não tinha Diogão, Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino.

Tô ligado, tanto que tinha Mino Carta. Mas sei lá, fico cismado. xD
 
Depende do que seja temporada inteira.
Se for brasileirão começando já em janeiro que nem os estaduais, não sei se é tão bom assim.
 
Clica no link que o Seedorf explica. :razz:

Pela proposta, os estaduais começariam mais pra frente, ou seja, o Brasileirão começaria antes deles. E seria em fevereiro, não janeiro.
 
Clica no link que o Seedorf explica. :razz:

Pela proposta, os estaduais começariam mais pra frente, ou seja, o Brasileirão começaria antes deles. E seria em fevereiro, não janeiro.

Ah, isso eu não curto. Os Estaduais não são para servir de "treino" e para dar visibilidade aos times do interior - além de, é claro, cumprir uma tradição?

Toda a ideia deles iria pelo ralo desse jeito.
 
CARTA ABERTA À CBF

Caro Presidente,

Talvez o senhor não saiba, mas não somos apenas um grupo de jogadores. Somos mais de 1000 (mil), reunidos em apenas três meses, em prol de um futebol melhor para todos.

Um grupo democrático, onde todos os envolvidos têm poder de votar, opinar e participar. Sabemos que o senhor não está acostumado com essa tal democracia e até entendemos que seja difícil se adaptar, faz pouco tempo...

O senhor tem razão quando diz que existe um calendário permanente desde 2003. E um calendário ruim desde então. Porque antes disso ele era péssimo.

Mas o senhor conseguiu resolver todos os problemas do calendário do dia para a noite. Foi só limitar o número de jogos dos jogadores e não dos clubes e pronto, eis que melhoraremos a qualidade no espetáculo. Ou seja, a saída escolhida é o mesmo que encontrar um burro dentro de sua sala e pedir para trocarem o sofá, pois algo lhe parece estranho.

Não nos diga que o senhor tem orgulho do calendário de apenas quatro meses de competição para a maioria dos clubes do Brasil. Talvez o senhor dê pulos de alegria quando vê a formula de disputa do Campeonato Paulista de 2014, que pode fazer com que um time seja campeão e rebaixado ao mesmo torneio.

Desconfiamos até que o êxtase o atinja quando o senhor percebe a extraordinária estratégia de um time precisar ser desclassificado de uma competição nacional (Copa do Brasil) para se classificar para um torneio internacional (Copa Sul-Americana).

Quanta genialidade! Responda-nos uma coisa: É justo que os times percam seus melhores jogadores quando há partidas das seleções simplesmente porque o campeonato daqui não para nas datas FIFA?

Responder não parece ser seu forte, não é mesmo?

Inclusive, esse "grupo de meia dúzia de jogadores" deve ser muito chato mesmo para exigir explicações tão "complicadas".

De qualquer forma, e apesar de tudo, foi importante o senhor ter falado das Séries C e D e ressaltar a boa ação da CBF com essas duas competições. Mas veja, caro presidente, a fonte de receita da CBF é a Seleção Brasileira, fruto final do futebol jogado no país. Logo, usar parte desses recursos para subsidiar as competições para as quais a confederação não consegue receita não é caridade, é uma simples obrigação. Afinal, assim como os direitos sobre a NOSSA Seleção são da CBF, os deveres sobre o futebol brasileiro também devem ser.

Só para lembrá-lo, é graças à grandeza do futebol brasileiro, construída por clubes e jogadores nos últimos 100 anos, que a CBF possui hoje, 14 legítimos patrocinadores. Logo, não basta cuidar apenas da Seleção, é preciso regar a raiz do nosso futebol.

Outra coisa. Talvez o senhor não tenha lido, mas já falamos abertamente sobre os salários do futebol. E temos certeza de que o Fair Play Financeiro implementado de forma eficaz (não aquele de faz de conta da FPF) irá diminuir os salários. E mesmo cortando na nossa própria carne, continuaremos lutando pelo bem do futebol. Porque quem regula o salário pago aos jogadores é o mercado e se o gestor for obrigado a gastar apenas o que o clube arrecada, pagará menos a todos. O que gera salários astronômicos (e atrasados) é a falta de um dispositivo punitivo (esportivo e civil) a quem gasta mais do que ganha.

Mas isso é encrenca política demais para alguém assumir em ano de eleição, não é?

E para ajudar o Bom Senso FC a virar consenso de uma vez por todas, o Campeonato Brasileiro terminou de forma melancólica, dentro do tribunal! A frase: "Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas" não poderia se encaixar melhor nessa situação. A justiça desportiva se torna protagonista e o resultado de campo fica para trás. Sem discutir o mérito de quem está certo ou errado, a conclusão final é de que a CBF é que deveria ir para a segunda, terceira, quarta divisão.

No fundo e para finalizar, a nossa expectativa é que a CBF, que se denomina entidade maior do futebol brasileiro, realmente assuma o seu papel de gestora do nosso esporte e participe do debate jogando, atuando, e não apenas assistindo.

E antes que nos perguntem, as férias têm nos feito muito bem.

Em janeiro nos vemos por aí. Boas Festas!

Bom Senso Futebol Clube

Por um futebol melhor
para quem joga,
para quem torce,
para quem apita,
para quem transmite,
para quem patrocina.

Por um futebol melhor para todos.


Fonte
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
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