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Brasileiro trocaria privacidade por benefício

Vocês trocariam suas privacidades por algum benefício


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Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Maioria permitiria coleta de seus dados se isso resultasse em melhor qualidade de vida

A preocupação com qualidade de vida supera a demanda por privacidade para quatro em cada cinco brasileiros. É o que aponta uma pesquisa feita pela Intel em parceria com a consultoria Penn Schoen Berland entre julho e agosto de 2013. Segundo o estudo, 81% dos brasileiros deixariam o governo coletar seus dados anonimamente na utilização de serviços públicos, como transporte e saúde, caso a medida resultasse na redução dos gastos de uma cidade ou na melhora da qualidade do ar.

A estatística faz parte do estudo Intel Freeway to the Future ("Caminho da Intel para o Futuro"), feito com 12 mil pessoas em oito países para determinar o nível de adesão delas a cidades inteligentes e conectadas (também chamadas de smart cities). O Brasil foi o único participante da América Latina.

"Em geral, há uma troca entre privacidade e benefícios. A pesquisa mostra que hoje as pessoas estão dispostas a abrir seu lado pessoal para que a sociedade funcione de maneira melhor", diz Fernando Martins, diretor executivo de Estratégia e Inovação da Intel no País. Ele explica que as novas gerações tendem a resistir menos quanto à sua privacidade.

O Brasil tem tudo para se tornar o terceiro maior consumidor de dispositivos do mundo nos próximos cinco anos, na avaliação da Intel. "Essa pesquisa reforça a ideia que a gente tem de o brasileiro ser um sujeito que abraça a inovação de coração", afirma o executivo.

Piloto automático. Outro dado revelado pela pesquisa é o de que 62% dos brasileiros gostariam de viver em uma cidade com carros que possam ser comandados sem motoristas e com o trânsito automatizado.

Além disso, 84% dos participantes do estudo estariam dispostos a deixar que um sistema inteligente pudesse escolher as melhores rotas para todos, caso isso implicasse na redução do tempo de viagem em até 30%.

"Sensores poderiam acompanhar o fluxo de veículos e ajustar o trânsito de uma maneira inteligente, prevendo direções e cuidando de gargalos no tráfego", explica Martins, lembrando que o Brasil já deu o primeiro passo para tal inovação com a implementação de placas eletrônicas. Até julho de 2015, todos os carros do País deverão ter uma placa eletrônica com chips de identificação, a fim de reduzir roubos e monitorar melhor o trânsito.

Além disso, oito em cada dez brasileiros apoiam o uso de veículos não tripulados (aéreos, terrestres ou submarinos) em serviços públicos, em funções como vigilância da lei (65%); combate a incêndios (83%); segurança pública (84%) e controle de emergências e ambulâncias (79%). "Esse dado mostra que as pessoas se sentem prontas até para aderir a uma tecnologia revolucionária, digna de um filme de ficção científica", diz o diretor da Intel.

Infraestrutura. Segundo um estudo feito pela Cisco, até o final da década mais de 25 bilhões de dispositivos estarão conectados à rede, em um mundo habitado por 7,5 bilhões de pessoas. Além do custo de fabricação, serão necessários grandes gastos para que a infraestrutura permita que a concretização da "internet das coisas" (campo que estuda a conexão de objetos - de geladeira a relógio, passando por semáforos ou carros - à internet).

"É uma tendência e vai se tornar cada vez mais realidade, como já acontece com a computação em nuvem e a mobilidade", aposta Martins.

Fonte
 
Claro que trocaria informações (dadas anonimamente, nos termos da reportagem) por benefícios.
Mas me parece que isso já acontece com empresas privadas, não?
E o que é pior, sem meu consentimento.
É tão frequente eu receber propostas de cartão de crédito "pré aprovado" que nunca pedi e propagandas de "promoções especiais" de lojas em que nunca estive.
E isso tanto por e-mail como pelos Correios. =/
 
Claro que trocaria informações (dadas anonimamente, nos termos da reportagem) por benefícios.
Mas é justamente isso que eu não entendi: se as informações são dadas anonimamente, como estariam invadindo minha privacidade?
 
Mas é justamente isso que eu não entendi: se as informações são dadas anonimamente, como estariam invadindo minha privacidade?

Acho que seria tipo um efeito hawthorne, onde as pessoas mudariam (positivamente?) suas condutas por saberem que estão sendo observadas de perto.
 
Acho que seria tipo um efeito hawthorne, onde as pessoas mudariam (positivamente?) suas condutas por saberem que estão sendo observadas de perto.

Se for anônimo, esse efeito não faz muito sentido, né?

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Sobre o post em si, fico a mesma dúvida da @Tek. A resposta para a enquete é "não". Por outro lado, o artigo para sobre recolher dados de forma anônima - e aí a minha resposta seria "sim". Só que quais seriam as garantias de que esses dados não poderiam ser usados de outras formas? Ou de que o anonimato não seria garantido. De qualquer forma, acho que a conclusão do artigo está errada, já que as pessoas não estão concordando em abrir mão da privacidade.
 
Última edição:
Bom, intimidade não é privacidade, a pesquisa procura obter dados e números.
E apesar de parecer contraditório, o terceiro parágrafo faz sentido. As redes sociais são exemplo do meio de exposição da intimidade, mesmo que existam pessoas digam que não querem ser observadas e postam frases sobre seus atos a cada 5 minutos...
 
Crédito pré-aprovado é coisa de banco jogando verde pra tentar colher maduro. Se vc falar que não tem renda nenhuma, eles agradecem e desligam =P

É, já aconteceu comigo. :gotinha:

O que me intriga é como eles sabem meu endereço e nome completo, já que são bancos nos quais nunca tive conta corrente nem fiz negócios com ele. =/
 
Hoje em dia temos uma sensação de privacidade, que não é real. Sinceramente não vejo grande valor em privacidade... o governo tem todos seus dados de qualquer forma, e isso sem precisar olhar sua conta bancária (IR vocês sabem o que é, mas também tem o CAGED, SEFID, DIRF, RAIS, eSOCIAL... o governo sabe tudo sobre você, suas finanças, seus bens e qualquer outra coisa).

On-line também não tem privacidade. Seus dados estão espalhados por centenas de sítios, e muitos deles trafegam sem criptografia.

Basicamente estamos salvos (de que?) por sermos... desinteressantes. Muito comuns. Só mais um na multidão.
 
Segundo o estudo, 81% dos brasileiros deixariam o governo coletar seus dados anonimamente na utilização de serviços públicos, como transporte e saúde, caso a medida resultasse na redução dos gastos de uma cidade ou na melhora da qualidade do ar.

Sério? No Brasil? Quem em sã consciência iria acreditar em qualquer benefício vindo de nossos governantes? Olha o quanto já é arrecadado de impostos (e sem o consentimento do contribuinte) e quanto que retorna em melhorias.

Melhorias sociais se esforço coletivo não existe. É como diz a atriz de um certo comercial : "Esvaziar a geladeira, vagabundo sabe, mas para ajudar é tudo pra depois".
 
Crédito pré-aprovado é coisa de banco jogando verde pra tentar colher maduro. Se vc falar que não tem renda nenhuma, eles agradecem e desligam =P
Aconteceu comigo um dia desse. Uma moça do Itaú ligou (como sabe meu número eu não sei) e disse que eu tinha sido sorteado (que sorte a minha!) e que eu tinha ganho um cartão com um monte de vantagens, só faltava saber minha renda pra calcular o limite do cartão. Eu disse e ela respondeu: "não, sr. a renda bruta." Até fiquei com pena dela. pelo menos devem ter me tirado do cadastro e pararam de me abusar. O macete é esse. Inventem uma renda muito baixa que você se torna desinteressante pra eles.
 
Sério? No Brasil? Quem em sã consciência iria acreditar em qualquer benefício vindo de nossos governantes? Olha o quanto já é arrecadado de impostos (e sem o consentimento do contribuinte) e quanto que retorna em melhorias.

Melhorias sociais se esforço coletivo não existe. É como diz a atriz de um certo comercial : "Esvaziar a geladeira, vagabundo sabe, mas para ajudar é tudo pra depois".

Elring, a pesquisa trabalha com hipótese, é do tipo, se você ganhasse mais benefícios (aqui é uma afirmação), você deixaria o governo coletar seus dados? Mais ou menos isso ai.

Tenho que pensar melhor sobre esse assunto, queria saber como seria coletado esses dados e como eles seriam tratados, interpretações erradas podem levar a consequências trágicas, além do que se o governo consegue saber o suficiente para saber o que é melhor para a população, isso lhe garante um poder que me dá um certo medo a longo prazo.
 
Aconteceu comigo um dia desse. Uma moça do Itaú ligou (como sabe meu número eu não sei) e disse que eu tinha sido sorteado (que sorte a minha!) e que eu tinha ganho um cartão com um monte de vantagens, só faltava saber minha renda pra calcular o limite do cartão. Eu disse e ela respondeu: "não, sr. a renda bruta." Até fiquei com pena dela. pelo menos devem ter me tirado do cadastro e pararam de me abusar. O macete é esse. Inventem uma renda muito baixa que você se torna desinteressante pra eles.

Ligação de bancos e operadoras de telefonia eu não tenho dó. Quando já percebo que é esse papinho eu corto a fala da pessoa na hora dizendo "obrigado, mas não tenho interesse" e se insistir (como sempre acontece) eu só repito mais uma vez e desligo em seguida.
 
O que me intriga é como eles sabem meu endereço e nome completo, já que são bancos nos quais nunca tive conta corrente nem fiz negócios com ele. =/
Um dia ligaram aqui pedindo pra falar com a minha mãe. Eu disse que ela não estava (apesar de que ela nunca morou no Rio) e perguntei o que era. "Ah, aqui é da Folha, quero saber qual é a sua fonte de informação, etc", "Internet", "É que estamos com uma promoção pros moradores de Bonsucesso (...)".

Só duas empresas têm a associação de informações nome da minha mãe como titular + meu telefone fixo + o bairro em que eu moro, que são a imobiliária (improvável que ela passaria essas informações) e a Net (ahá!).

tl;dr: pode ser sua prestadora de telefone.

Sério? No Brasil? Quem em sã consciência iria acreditar em qualquer benefício vindo de nossos governantes? Olha o quanto já é arrecadado de impostos (e sem o consentimento do contribuinte) e quanto que retorna em melhorias.
Em São Paulo, tem a Nota Fiscal Paulistana (acho que é esse o nome): todos os estabelecimentos comerciais têm que pegar o CPF do cliente (se o cliente quiser) e associar na nota fiscal. Você mostra pro governo o quanto está gastando e onde e no ano seguinte tem abatimento no... IPTU? IPVA? IR? Não sei bem...

Inventem uma renda muito baixa que você se torna desinteressante pra eles.
E me fazer de pobre? Prefiro ser esnobe: "não tenho interesse, obrigada".
 
Hoje em dia temos uma sensação de privacidade, que não é real. Sinceramente não vejo grande valor em privacidade... o governo tem todos seus dados de qualquer forma, e isso sem precisar olhar sua conta bancária (IR vocês sabem o que é, mas também tem o CAGED, SEFID, DIRF, RAIS, eSOCIAL... o governo sabe tudo sobre você, suas finanças, seus bens e qualquer outra coisa).

On-line também não tem privacidade. Seus dados estão espalhados por centenas de sítios, e muitos deles trafegam sem criptografia.

Basicamente estamos salvos (de que?) por sermos... desinteressantes. Muito comuns. Só mais um na multidão.

Eu sou desse pensamento também.

E para piorar, eu acho que como forma de diminuir a nossa burocracia e melhorar a efetividade nas tomadas de decisões, esses dados que existem nas três esferas de governo e nos três poderes ao invés de serem fragmentados do jeito que são deveriam ser integralizados em uma espécie de sistema único. Por exemplo, por que nós temos a quantidade de documentos que temos? CI, Carteira de Trabalho, CPF, Carteira de motorista, título de eleitor? Não poderíamos ter um que já registraria todas essas informações, ou melhor, as informações necessárias para o órgão a que estão destinadas? Lógico que eu defendo algo do tipo com as medidas de segurança que um sistema desse porte deveria ter.
 
Em São Paulo, tem a Nota Fiscal Paulistana (acho que é esse o nome): todos os estabelecimentos comerciais têm que pegar o CPF do cliente (se o cliente quiser) e associar na nota fiscal. Você mostra pro governo o quanto está gastando e onde e no ano seguinte tem abatimento no... IPTU? IPVA? IR? Não sei bem...

Nota Fiscal Paulista, pois é estadual. Você vê o saldo online, aí pode sacar para sua conta corrente ou abater no IPVA.
 
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