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Autor da Semana Charles Perrault - Criador dos Contos de Fadas



Charles Perrault foi o primeiro a dar acabamento literário aos contos de fadas. Esse feito lhe conferiu o título de Pai da Literatura Infantil.

Charles Perrault (Paris, 12 de janeiro de 1628 – Paris, 16 de maio de 1703), foi um escritor e poeta francês do século XVII, que estabeleceu bases para um novo gênero literário , o conto de fadas, além de ter sido o primeiro a dar acabamento literário a esse tipo de literatura, feito que lhe conferiu o título de Pai da Literatura Infantil.
Suas histórias mais conhecidas são Le Petit Chaperon rouge (Chapeuzinho Vermelho), La Belle au bois dormant ( A Bela Adormecida), Le Maître chat ou le Chat botté ( O Gato de Botas), Cendrillon ou la petite pantoufle de verre ( Cinderella), La Barbe bleue ( Barba Azul) e Le Petit Poucet (O Pequeno Polegar).
Contemporâneo de Jean de La Fontaine, Perrault também foi advogado e exerceu algumas atividades como superintendente do Rei Luís XIV de França.
A maioria de suas histórias ainda hoje são editadas, traduzidas e distribuídas em diversos meios de comunicação, e adaptadas para várias formas de expressões, como o teatro, o cinema e a televisão, tanto em formato de animação como de ação viva.

Biografia

Primeiros anos

Charles Perrault nasceu em 1628 em Paris. Quinto filho de Pierre Perrault e Paquette Le Clerc da alta burguesia, completou seus estudos sozinho, por ter se desentendido com um professor. Dá início aos seus estudos em 1637, no colégio de Beauvais, que viria a concluir aos quinze anos, tendo demonstrado um certo talento para as línguas mortas. Seu irmão Claude Perrault tornou-se um renomado arquiteto. Em 1643 ingressa no curso de Direito e, em 1651, com apenas vinte e três anos, consegue o seu diploma, tornando-se advogado.

Profissão

Em 1654, Perrault torna-se funcionário junto do seu irmão mais velho Pierre, cobrador geral do reino e, depois de ter publicado uma série de odes dedicadas ao rei, torna-se assistente de Colbert, o famoso conselheiro de Luís XIV. Em 1665 passou a ser superintendente das obras públicas do reino e, dois anos mais tarde, ordena a construção do Observatório Real, de acordo com as plantas do seu irmão Claude.
No ano de 1671 é eleito para a Academia Francesa de Letras e no dia da sua inauguração permitiu ao público presenciar a cerimônia, privilégio continuado ainda nos nossos dias. No ano seguinte, não só é nomeado chanceler da Academia, como contrai matrimônio com Marie Guichon.

Vida pessoal

Do casamento nasceram quatro filhos Charles-Samuel, Charles, Pierre Darmancour e uma menina cujo nome não se sabe, porque não há documentos ao seu respeito. Após seis anos de casamento, sua esposa morre de varíola.

Carreira literária

Querela dos Antigos e dos Modernos

Na Academia Francesa, Charles Perrault protagonizou uma longa disputa intelectual, batizada de Querela dos Antigos e dos Modernos. Os Antigos eram escritores que acreditavam na superioridade da antiguidade greco-romana sobre toda e qualquer produção francesa. Os Modernos, contudo, defendiam que a produção literária francesa não era inferior aos clássicos do passado. Perrault liderava o grupo dos Modernos e tentou provar a superioridade da literatura de seu século com as publicações Le Siècle de Louis le Grand (1687) e Parallèle des Anciens et des Modernes (1688–1692).

Contos de fadas

Em 1695, aos 62 anos, perdeu seu posto como secretário. Idoso, resolveu registrar as histórias que ouvia de sua mãe e nos salões parisienses. O livro, publicado em 11 de janeiro de 1697, quando contava quase 70 anos, recebeu o nome de Histórias ou contos do tempo passado com moralidades, mas também era chamado de "Contos da Velha" e "Contos da Cegonha", ficando, afinal, conhecido como "Contos da Mamãe Gansa". A publicação rompeu os limites literários da época e alcançou públicos de todos os cantos do planeta, além de marcar um novo gênero da literatura, o conto de fadas. Foi, ao fazer isto, o primeiro a dar acabamento literário a esses tipos de histórias, antes apenas contadas entre as damas dos salões parisienses.

Obra

Contos da Mamãe Gansa


No Brasil e em outros países, a Mamãe Gansa (ou Mãe Gansa) é uma figura bem conhecida na literatura de contos de fadas. Embora o nome tenha sido popularizado a partir do século XVII pelo livro Contes de ma mère l'Oye de Charles Perrault, a existência de mulheres que contavam histórias (como está registrado na capa da primeira edição do livro), certamente é muito mais antiga e não representa uma pessoa real.

Quem foi a Mamãe Gansa?



Ilustração de Contes de ma Mère l'Oye por Gustave Doré.

"Mamãe Gansa" é o nome que foi dado a uma típica mulher do campo, a qual teria sido a origem das histórias e cantigas atribuídas à personagem Mamãe Gansa. Embora nenhum(a) escritor(a) jamais tenha sido identificado(a) sob tal nome, a primeira menção conhecida a ele aparece numa crônica semanal em versos, La Muse Historique (1660?) de Jean Loret, publicada regularmente durante muitos anos. Seu comentário, ...comme un conte de la Mere Oye ("...como uma história da Mamãe Gansa") demonstra que a expressão já era familiar.

Charles Perrault publicou em 1695 sob o nome do próprio filho, uma coleção de contos de fadas intitulada Histoires ou contes du temps passés, avec des moralités, a qual tornou-se mais bem conhecida por seu subtítulo, Contes de ma mère l'Oye ou "Contos da Mãe Gansa". A publicação de Perrault marca o verdadeiro início da história da personagem.
Existem relatos, familiares para turistas que visitam Boston, Massachusetts, que a Mãe Gansa original era uma habitante local chamada Mary Goose, cujo corpo foi sepultado no Granary Burying Ground. De acordo com Eleanor Early, uma historiadora da cidade nos anos 1930 e 1940, a verdadeira Mãe Gansa era uma pessoa real que viveu em Boston por volta de 1660. Supostamente, ela seria a segunda esposa de Isaac Goose, e levou os dez filhos que teve para morar com os dez que Isaac já tinha. Após a morte de Isaac, Elizabeth foi viver com sua filha mais velha, a qual se casou com Thomas Fleet, um editor que vivia em Pudding Lane (hoje Devonshire Street). De acordo com Early, "Mother Goose" costumava cantar canções e cançonetas para os netos o dia inteiro, e outras crianças afluiam para ouví-las. Finalmente, o genro reuniu as canções e as publicou. Em The Real Personages of Mother Goose (1930), Katherine Elwes Thomas argumenta que a imagem e o nome "Mãe Gansa" ou "Mere L'Oye", pode ter sido baseado em antigas lendas sobre a esposa do rei Roberto II da França. "Bertha Pés-de-Ganso" é freqüentemente citada em lendas francesas como a narradora de contos incríveis que arrebatavam as crianças. A autoridade mundial na tradição da Mamãe Gansa, Iona Opie, não dá qualquer crédito às suposições, sejam de Elwes Thomas ou de Boston.
Em 1729, Robert Samber lançou uma tradução em inglês da coleção de Perrault, Histories or Tales of Past Times, Told by Mother Goose.
John Newbery publicou uma compilação de cantigas de ninar inglesas, Mother Goose's Melody, or, Sonnets for the Cradle (Londres, sem data, cerca de 1765), que mudou o foco dos contos de fadas para cantigas de ninar, e em inglês esse era o principal significado da Mãe Gansa até recentemente.
A primeira aparição pública das histórias da Mãe Gansa no Novo Mundo ocorreu em Worcester, onde o impressor Isaiah Thomas reimprimiu o livro de Samber sob o mesmo título em 1786.
Maurice Ravel (aquele do Bolero) escreveu uma suíte para piano denominada Ma Mère l'Oye, a qual orquestrou para um balé.

Chapeuzinho Vermelho
A Bela Adormecida
O Pequeno Polegar
Cinderela
Barba Azul
O Gato de Botas
As fadas
Riquet Topetudo
Pele de Asno
Desejos RidículosGrisélidis
São alguns dos Contos da Mamãe Gansa

Outras Obras

Le Siècle de Louis le grand
Parallèle des anciens et des modernes en ce qui regarde les arts et les sciences. Dialogues avec le poème du siècle de Louis-le-Grand et une épitre en vers sur le génie (1688)
L’Énéïde burlesque (1648)
Les Murs de Troyes, ou L’origine du burlesque (1649)
Dialogue de l’amour et de l’amitié (1660)
Le Miroir, ou la Métamorphose d’Orante (1661)
Le Labyrinthe de Versailles (1670). Prosa de Charles Perrault, verso de Isaac de Benserade.
Saint Paulin, évesque de Nole, poème, avec une epistre chrestienne sur la pénitence, et une ode aux nouveaux-convertis (1686).
La Chasse. À monsieur de Rosières.
Les Hommes illustres qui ont paru en France pendant ce siècle, avec leurs portraits au naturel (2 volumes, 1696-1700)
Contes de ma mère l’Oye, ou Histoires ou contes du temps passé avec des moralités, Contos da Mamãe Ganso (1697).
Mémoires de ma vie. Voyage à Bordeaux (1709)
Mémoires.
Courses de têtes et de bagues, faites par le roi et par les princes et seigneurs de sa cour (Paris, 1670.)
Recueil de divers ouvrages en prose et en vers (Paris, 1675)
Saint Paulin, évêque de Nole, poema (Paris, 1686)
Poème de la peinture

 
Li a versão de Chapeuzinho Vermelho do Charles Perrault e, em seguida, a versão dos Irmãos Grimm. Acho que se fosse pelo Perrault esse conto de fadas não teria se popularizado, pois trata-se de uma metáfora bastante explícita de que "boas meninas não devem encontrar-se como meninos estranhos" [esse e outros temas sobre o conto de fadas é tratado em A psicanálise dos contos de fadas, de Bruno Bettelheim]. Eu não quero, com isso, minimizar a importância de Charles Perrault, mas vale fazer o comparativo. O escritor francês estava muito mais preocupado em uma lição de moral do que na fantasia. No entanto, isso também se deve porque as histórias eram contadas tanto para crianças (que, na época, não eram tratadas como o conceito de criança que conhecemos hoje) quanto para adultos.
 

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