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Minuano
Mudança na Lei Pelé? Fifa dá primeiro passo e proíbe investidores no futebol
Apesar da ação ser benéfica para clubes, Del Nero é contra a ação da entidade
"> Publicado em 26/09/2014 por Agência Futebol Interior
Campinas, SP, 26 (AFI) – Demorou, mas a Fifa parece ter finalmente compreendido que a criação da Lei Pelé foi um dos maiores maus para o futebol. Nesta sexta-feira, o presidente da entidade, Joseph Blatter anunciou na sede da entidade, em Zurique, na Suíça, que a participação de investidores nos direitos econômicos de jogadores de futebol será proibida. A entidade dará um prazo, ainda não estipulado, para que clubes, agentes e profissionais se adaptem a nova política de mercado.
“O que fizemos é uma decisão firme, para proibir de uma vez a participação de terceiros na participação de direitos econômicos dos jogadores. Vai ser criada uma comissão e um prazo será estipulado para que os clubes se acostumem”, disse Blatter, em depoimento.
Ainda que o prazo da Fifa para a proibição ainda não tenha sido estipulado, o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, adiantou que a ideia é que não passe de quatro anos, período que incluí até oito janelas de transferências.
A ideia da Fifa é fazer com que o tempo, apenas o clubes tenham os direitos econômicos de seus jogadores e, assim, volte a se preocupar com as categorias de base. Desde a criação da Lei Pelé, em 1998, os clubes, sobretudo os do interior, tiveram grandes prejuízos por não conseguirem mias lucrar nas vendas de jogadores.
A ação acabou fazendo com que muitos clubes fossem vendidos para empresas e outros tiveram que acabar com as categorias de base, afinal, agentes já possuem direitos de jogadores antes mesmo de eles assinarem um contrato profissional.
PRESSÃO POSITIVA DE UM LADO E NEGATIVA DO OUTRO
As “cabeças-duras” dos dirigentes da Fifa só foram, enfim, convencidas à proibição após a pressão da Uefa, presidida pelo ex-meia francês, Michel Platini. Os europeus defendem que “clubes hospedeiros”, aqueles criados apenas para abrigar jogadores que não possuem contrato com outro clube, mas não disputam qualquer competição, estavam “poluindo o ambiente do futebol” e atrapalhando negociações.
Preocupado com lucros, Del Nero e Marin enxergam a ação da Fifa com preocupação
Além disso, a Uefa se preocupa com a chegada cada vez mais cedo de atletas de outros continentes para o futebol europeu, como aconteceu com Messi, os brasileiros Fábio e Rafael, entre outros.
Por outro lado, os dirigentes sul-americanos faziam pressão contra a Uefa. O futuro presidente da CBF e atual presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, usa do discurso que os agentes de futebol não deveriam ser proibidos, mas a profissão “regularizada”, o que só ajudaria os investidores e não os clubes. Nada surpreendente vindo de um dirigente que nunca defendeu seus afiliados.
A proibição deve gerar, na próxima semana, muita discussão entre entidades, Fifa e investidores. A ação não proíbe os clubes-empresas, apenas não permitirá que investidores criem clubes para hospedar jogadores desempregados, sem qualquer intenção de disputa de competições oficiais.
A LEI PELÉ
Antes da Lei Pelé, eram os clubes os detentores dos contratos dos atletas, que era chamado de "passe" - daí, decorre que chamada "Lei do Passe". O "passe" era um instrumento jurídico que prendia o jogador ao clube além do contrato de trabalho. Quando existia o passe, os jogadores não podiam deixar seus clubes sem autorização dos clubes nem mesmo estando sem contrato – e portanto sem salário. Os clubes negociavam com os clubes, sendo que o futebolista tinha direito a 15% do valor de sua negociação.
Um dos problemas era que não havia transparência nos valores negociados. Outro era que o atleta se queixava de ser um "escravo" no clube, sem direito de escolha nem de decisão sobre seu futuro como qualquer outro trabalhador.
Com a extinção da Lei de Passe, os clubes deixaram de investir na formação de jogadores, já que o ganho que um clube tem em formar um jogador passou a ser muito menor que no passado. A Lei Pelé acabou tirando do clube de futebol todas as decisões sobre a carreira do futebolista e, indiretamente, a transferiu para o empresário privado.
Fonte
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Não acredito que ninguém tinha comentado sobre isso ainda.
Bom, a princípio será um baque enorme nos times, principalmente os brasileiros, mas vejo essa medida como bastante positiva. E vocês?
Apesar da ação ser benéfica para clubes, Del Nero é contra a ação da entidade
"> Publicado em 26/09/2014 por Agência Futebol Interior
Campinas, SP, 26 (AFI) – Demorou, mas a Fifa parece ter finalmente compreendido que a criação da Lei Pelé foi um dos maiores maus para o futebol. Nesta sexta-feira, o presidente da entidade, Joseph Blatter anunciou na sede da entidade, em Zurique, na Suíça, que a participação de investidores nos direitos econômicos de jogadores de futebol será proibida. A entidade dará um prazo, ainda não estipulado, para que clubes, agentes e profissionais se adaptem a nova política de mercado.
“O que fizemos é uma decisão firme, para proibir de uma vez a participação de terceiros na participação de direitos econômicos dos jogadores. Vai ser criada uma comissão e um prazo será estipulado para que os clubes se acostumem”, disse Blatter, em depoimento.
Ainda que o prazo da Fifa para a proibição ainda não tenha sido estipulado, o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, adiantou que a ideia é que não passe de quatro anos, período que incluí até oito janelas de transferências.
A ideia da Fifa é fazer com que o tempo, apenas o clubes tenham os direitos econômicos de seus jogadores e, assim, volte a se preocupar com as categorias de base. Desde a criação da Lei Pelé, em 1998, os clubes, sobretudo os do interior, tiveram grandes prejuízos por não conseguirem mias lucrar nas vendas de jogadores.
A ação acabou fazendo com que muitos clubes fossem vendidos para empresas e outros tiveram que acabar com as categorias de base, afinal, agentes já possuem direitos de jogadores antes mesmo de eles assinarem um contrato profissional.
PRESSÃO POSITIVA DE UM LADO E NEGATIVA DO OUTRO
As “cabeças-duras” dos dirigentes da Fifa só foram, enfim, convencidas à proibição após a pressão da Uefa, presidida pelo ex-meia francês, Michel Platini. Os europeus defendem que “clubes hospedeiros”, aqueles criados apenas para abrigar jogadores que não possuem contrato com outro clube, mas não disputam qualquer competição, estavam “poluindo o ambiente do futebol” e atrapalhando negociações.
Preocupado com lucros, Del Nero e Marin enxergam a ação da Fifa com preocupação
Além disso, a Uefa se preocupa com a chegada cada vez mais cedo de atletas de outros continentes para o futebol europeu, como aconteceu com Messi, os brasileiros Fábio e Rafael, entre outros.
Por outro lado, os dirigentes sul-americanos faziam pressão contra a Uefa. O futuro presidente da CBF e atual presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, usa do discurso que os agentes de futebol não deveriam ser proibidos, mas a profissão “regularizada”, o que só ajudaria os investidores e não os clubes. Nada surpreendente vindo de um dirigente que nunca defendeu seus afiliados.
A proibição deve gerar, na próxima semana, muita discussão entre entidades, Fifa e investidores. A ação não proíbe os clubes-empresas, apenas não permitirá que investidores criem clubes para hospedar jogadores desempregados, sem qualquer intenção de disputa de competições oficiais.
A LEI PELÉ
Antes da Lei Pelé, eram os clubes os detentores dos contratos dos atletas, que era chamado de "passe" - daí, decorre que chamada "Lei do Passe". O "passe" era um instrumento jurídico que prendia o jogador ao clube além do contrato de trabalho. Quando existia o passe, os jogadores não podiam deixar seus clubes sem autorização dos clubes nem mesmo estando sem contrato – e portanto sem salário. Os clubes negociavam com os clubes, sendo que o futebolista tinha direito a 15% do valor de sua negociação.
Um dos problemas era que não havia transparência nos valores negociados. Outro era que o atleta se queixava de ser um "escravo" no clube, sem direito de escolha nem de decisão sobre seu futuro como qualquer outro trabalhador.
Com a extinção da Lei de Passe, os clubes deixaram de investir na formação de jogadores, já que o ganho que um clube tem em formar um jogador passou a ser muito menor que no passado. A Lei Pelé acabou tirando do clube de futebol todas as decisões sobre a carreira do futebolista e, indiretamente, a transferiu para o empresário privado.
Fonte
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Não acredito que ninguém tinha comentado sobre isso ainda.
Bom, a princípio será um baque enorme nos times, principalmente os brasileiros, mas vejo essa medida como bastante positiva. E vocês?