• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Autor da Semana H. P. Lovecraft

Li apenas o livro "O Chamado de Cthulhu e Outros Contos" da Editora Hedra, e é com certeza o melhor livro de terror que já li. De verdade, não consegui ficar com "medo" em nenhum dos contos, mas mais com curiosidade e ao mesmo tempo aflição da descoberta. Exceto com o conto "O Assombro nas Trevas". Ler às 3 da madrugada completamente no escuro (só com a iluminação da TV) um conto que falava sobre um monstro "invisível" que vivia na escuridão, me fazia perder um pouco de masculinidade toda vez que eu ouvia um barulho estranho enquanto lia, hahaha.

Se HP Lovecraft não tivesse mérito por criar ótimas estórias de terror/horror (pq realmente, ele tem), já seria suficiente louvá-lo pelas criaturas horrendas que ele criou, com a sempre supremacia de Cthulhu.

Acho que o que pega com Lovecraft é realmente o medo do desconhecido. Ninguém nunca soube, por exemplo, qual é a forma de Dagon, e mesmo assim ele é uma criatura assustadora, simplesmente por como Lovecraft descreve o personagem que o estava vendo. Lovecraft nunca precisou descrever uma criatura para torná-la horrenda, mas apenas aquele que a observa.


E já que o tópico é sobre Lovecraft, alguém aí tem o Necromicon? Eu tenho vontade de comprar o livro, mas ao mesmo tempo é um dos livros que mais tenho medo de ver na vida.

Mas você sabe que o Necromicon é um livro fictício, né?
Ele só existe nas histórias lovecraftianas e faz parte dos mitos que ele criou. =/

Quanto ao medo, Lovecraft escrevia muitas de suas histórias inspirado em sonhos, de maneira que elas têm mesmo esse clima de sonho (ou pesadelo) em que a gente tem medo de algo que não sabe muito bem o que é, que não faz muito sentido, ainda que, ou por isso mesmo, nos faz sentir um pavor que não sabemos explicar, mas que o Lovecraft sabia narrar muito bem. :yep:

Este tópico eu fiz pra o autor da semana, se estiver interessado dá uma olhada nesse tópico aqui, @Rauthar Hast, que é o tópico principal do Lovecraft.
Lá tem bastante informação sobre o autor.
 
monsters%20cthulhu%20office%20necronomicon%201280x1024%20wallpaper_www.wall321.com_83.jpg


/flood
 
Mas você sabe que o Necromicon é um livro fictício, né?
Ele só existe nas histórias lovecraftianas e faz parte dos mitos que ele criou. =/.

O que não o torna menos horrendo D=

Eu tenho. O meu veio com uma pequena estátua. Que fala comigo. Através dos sonhos. E Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn. É um bom livro. Recomendo.

Hahahaha. É séria a parte de que vc tem? Realmente tenho curiosidade de saber como é :B
 
o necronomicon não existe, é um livro fictício. o que existe é uma coleção de histórias do lovecraft com o título "necronomicon", esse aqui:

Necronomicon-745239.JPG


mas que obviamente não tem o mesmo conteúdo que o livro do mito criado por ele.

aí o que rola é de outras pessoas terem se inspirado no mito e criado versões próprias, mas se voltamos à ideia de que é tudo criado pelo lovecraft (e ficção), então obviamente os livros inspirados também o são, embora muita gente acredite ser real. juro que acabei de topar num site de satanismo que cita o necronomicon como parte de biblioteca básica, hehe. da wiki:

Embora o livro seja fictício, Lovecraft forneceu inúmeros dados supostamente reais a respeito da sua origem e história. Indicou, por exemplo, que o livro foi banido pelo Papa Gregório IX em 1232, logo após a sua tradução para o latim, e que dos exemplares ainda existentes um está guardado no Museu Britânico em Londres e outro na Biblioteca Nacional em Paris. Graças a isso, e apesar do autor ter insistido em numerosas ocasiões que o livro é pura ficção, existem relatos de pessoas que acreditam realmente que o "Necronomicon" é um livro real e o próprio Lovecraft recebeu cartas de fãs inquirindo acerca da autenticidade do mesmo.

Alguns escritores produziram e apresentaram necronomicons diversos. Um de tais escritores é o italiano Frank G. Ripel, fundador de uma Escola de Mistérios - a Ordem Rosa Mística. Em um de seus livros - La Magia Lunar - Ripel fornece uma tradução em castelhano do "verdadeiro Necronomicon" que, segundo Ripel, teria sido formulado há mais ou menos 4.000 anos a.C. O Al Azif seria uma versão espúria, adulterada através dos tempos. O Necronomicon da Ordem Rosa Mística fundamenta uma série de rituais da Ordem e há quem acredite que todas as entidades nele citadas são reais.

(trocando em miúdos, o grimnir tava fazendo uma piada)
 
Na verdade, @Rauthar Hast, Lovecraft escreveu um pequeno conto para explicar as origens fictícias do Necronomicon:

The History of the Necronomicon disse:
The History of the Necronomicon
By H. P. Lovecraft


Original title Al Azif—azif being the word used by Arabs to designate that nocturnal sound (made by insects) suppos’d to be the howling of daemons.

Composed by Abdul Alhazred, a mad poet of Sanaá, in Yemen, who is said to have flourished during the period of the Ommiade caliphs, circa 700 A.D. He visited the ruins of Babylon and the subterranean secrets of Memphis and spent ten years alone in the great southern desert of Arabia—the Roba el Khaliyeh or “Empty Space” of the ancients—and “Dahna” or “Crimson” desert of the modern Arabs, which is held to be inhabited by protective evil spirits and monsters of death. Of this desert many strange and unbelievable marvels are told by those who pretend to have penetrated it. In his last years Alhazred dwelt in Damascus, where the Necronomicon (Al Azif) was written, and of his final death or disappearance (738 A.D.) many terrible and conflicting things are told. He is said by Ebn Khallikan (12th cent. biographer) to have been seized by an invisible monster in broad daylight and devoured horribly before a large number of fright-frozen witnesses. Of his madness many things are told. He claimed to have seen fabulous Irem, or City of Pillars, and to have found beneath the ruins of a certain nameless desert town the shocking annals and secrets of a race older than mankind. He was only an indifferent Moslem, worshipping unknown entities whom he called Yog-Sothoth and Cthulhu.

In A.D. 950 the Azif, which had gained a considerable tho’ surreptitious circulation amongst the philosophers of the age, was secretly translated into Greek by Theodorus Philetas of Constantinople under the title Necronomicon. For a century it impelled certain experimenters to terrible attempts, when it was suppressed and burnt by the patriarch Michael. After this it is only heard of furtively, but (1228) Olaus Wormius made a Latin translation later in the Middle Ages, and the Latin text was printed twice—once in the fifteenth century in black-letter (evidently in Germany) and once in the seventeenth (prob. Spanish)—both editions being without identifying marks, and located as to time and place by internal typographical evidence only. The work both Latin and Greek was banned by Pope Gregory IX in 1232, shortly after its Latin translation, which called attention to it. The Arabic original was lost as early as Wormius’ time, as indicated by his prefatory note; and no sight of the Greek copy—which was printed in Italy between 1500 and 1550—has been reported since the burning of a certain Salem man’s library in 1692. An English translation made by Dr. Dee was never printed, and exists only in fragments recovered from the original manuscript. Of the Latin texts now existing one (15th cent.) is known to be in the British Museum under lock and key, while another (17th cent.) is in the Bibliothèque Nationale at Paris. A seventeenth-century edition is in the Widener Library at Harvard, and in the library of Miskatonic University at Arkham. Also in the library of the University of Buenos Ayres. Numerous other copies probably exist in secret, and a fifteenth-century one is persistently rumoured to form part of the collection of a celebrated American millionaire. A still vaguer rumour credits the preservation of a sixteenth-century Greek text in the Salem family of Pickman; but if it was so preserved, it vanished with the artist R.U. Pickman, who disappeared early in 1926. The book is rigidly suppressed by the authorities of most countries, and by all branches of organised ecclesiasticism. Reading leads to terrible consequences. It was from rumours of this book (of which relatively few of the general public know) that R.W. Chambers is said to have derived the idea of his early novel The King in Yellow.

Chronology

Al Azif written circa 730 A.D. at Damascus by Abdul Alhazred
Tr. to Greek 950 A.D. as Necronomicon by Theodorus Philetas
Burnt by Patriarch Michael 1050 (i.e., Greek text). Arabic text now lost.
Olaus translates Gr. to Latin 1228
1232 Latin ed. (and Gr.) suppr. by Pope Gregory IX
14... Black-letter printed edition (Germany)
15... Gr. text printed in Italy
16... Spanish reprint of Latin text

É tudo mentira, menos a parte sobre o British Museum. Eu estive lá e vi. Logo na entrada, tem um grande salão:

BritMuseumGrenville11.jpg


Se você chegar bem perto da janela do meio e olhar com atenção, repetindo as palavras Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn, você verá...

cthulhu-christmas.jpg
 
Hahahaha, eu sei q é de mentira, gente, mas eu sei que autores fãs de Lovecraft fizeram versões do Necromicon como um livro de rituais para invocação dos Elder Gods dos contos. Esses que queria saber se são bons :P
 
Lanço a seguinte indagação aos entendidos em H. P. Lovecraft:

imagem.aspx


Vale a pena adquirir o livro Histórias De Horror, na edição da Martin Claret, com tradução de Lenita Rimoli Esteves? É de qualidade, tanto a tradução quanto o conteúdo?

Afinal eu não li nada de Lovecraft e tenho vontade de começar a ler algo deste autor.
 
Traduções por traduções, sugiro as do Guilherme Braga, publicadas pela Hedra, que pra mim são as melhores de Lovecraft no Brasil.

Quanto a essa edição nova aí, não tenho nada contra a Lenita Esteves como tradutora (embora discorde de muita coisa que ela fez na tradução do SdA), mas tenho contra a Martin Claret por princípios profissionais, pois apesar da editora aparentemente estar investindo agora em traduções com tradutores reais, ela ainda mantém em catálogo e continua reeditando várias daquelas traduções plagiadas, de modo que continuarei passando longe de qualquer livro deles por muito tempo.
 
Lanço a seguinte indagação aos entendidos em H. P. Lovecraft:

imagem.aspx


Vale a pena adquirir o livro Histórias De Horror, na edição da Martin Claret, com tradução de Lenita Rimoli Esteves? É de qualidade, tanto a tradução quanto o conteúdo?

Afinal eu não li nada de Lovecraft e tenho vontade de começar a ler algo deste autor.

Ficou bacana essa capa. :yep:

Mas, assim como o Tilion, também recomendo as edições da Hedra que são bem caprichadas com introduções (escritas pelo próprio tradutor) e cheios de notas com informações pertinentes.
Adoro, tenho todas as edições do Lovecraft lançadas pela Hedra. =)
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo