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How I Met Your Mother (9ª Temporada)

Trecho final é o mais polêmico, rs.

How I met your mother: polêmico series finale deixa pergunta no ar: foi bom?

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How I Met Your Mother Series Finale


Segunda-feira passada, dia 31 de março, foi ao ar no canal americano CBS o último episódio da série
How I Met Your Mother,comédia criada em 2005 por Carter Bays e Craig Thomas. A série, que mostra Ted Mosby (Josh Radnor) em 2030 narrando aos seus filhos a história de como conheceu a mãe deles, teve nove temporadas e um episódio duplo que mostrou finalmente o derradeiro momento em que os dois se conhecem e se falam pela primeira vez.


A cena, uma das mais bonitas e simbólicas de todos estes anos, antecedeu o grande momento de reviravolta da série, agradando uma parcela dos fãs, mas irritando profundamente outra grande parte destes mesmos fãs. As grandes questões resultantes de tudo que se viu são: o desfecho foi bom? O desfecho foi coerente? Talvez os dois? Ou nenhum dos dois?



Respondendo: os últimos minutos de How I Met Your Mother, os grandes responsáveis por esta irritação geral, foram costurados há muito tempo, tanto que a cena principal foi gravada lá em 2006, quando a série estava saindo da primeira para a segunda temporada. Essa decisão teve dois objetivos: mostrar que o roteiro estava fechado, com início e final definidos, e aproveitar o fato dos então adolescentes filhos de Ted ainda serem… adolescentes. Assim, a resposta inicial diria que o desfecho foi coerente com tudo que a série apresentou ao longo de nove anos. Resta então responder a questão: mas foi bom?



Esta pergunta é mais complexa e bastante subjetiva. Falar do episódio final (bastante corrido e com carga dramática bem inferior se comparado com outros muitos episódios) isoladamente talvez seja um erro, bastante comum e compreensível, mas ainda assim, um erro. Como diria aquela frase clichê, mas válida,
o que vale não é o destino, a linha de chegada, mas sim a jornada, o percurso.


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How I Met Your Mother Series Finale


Vendo o quadro mais amplo, fica claro que How I Met Your Mother foi uma das séries mais bem construídas, desenvolvidas e finalizadas da história da televisão. Afinal, quantas comédias deste formato tiveram tanta atenção assim no seu episódio final? Provavelmente a resposta seja: uma somente, e seu nome é Friends. A comparação não é a toa, afinal são duas histórias próximas, que dialogaram bastante em suas jornadas, mas que tomaram decisões diferentes na sua parte final.



Enquanto Friends se utilizou da idealização da vida, das relações interpessoais, fazendo as escolhas mais confortáveis (para alegria de todos nós), HIMYM buscou ousar, trazer um tom de realidade que de fato já havia mostrado há bastante tempo. Afinal, quem não se lembra do episódio
Bad News, um dos mais tristes (ou o mais triste) já vistos numa sitcom. Esta escolha – a do series finale – trouxe desconforto, irritação e raiva, pois deu a entender que o uso da personagem mother (seu nome é Tracy e foi interpretado por Cristin Milioti) teve uma função absurdamente menor do que o título da série indicava.


Os próprios roteiristas perceberam isso e jogaram na boca dos filhos de Ted essa constatação: foram eles que lá nos minutos finais disseram que a história não era sobre como Ted conheceu Tracy, mas sim como Ted se apaixonou em 2005 por Robin Scherbatsky (Cobie Smulders), e 25 anos depois, no ano de 2030, continuava apaixonado por Robin.



Essa constatação no final, que sepultou de vez as chances da mother ainda estar viva, causou certa estranheza, mas não desmereceu em nada o desenvolvimento dos nove anos da série. De fato, pensando bem, era mais que esperado que isso acontecesse, afinal, temporada após temporada, Ted estava lá, declarando seu amor à Robin. Até o penúltimo episódio da série havia esta tensão no ar, então tomar esta escolha do roteiro como reviravolta brusca e apelativa talvez seja demais.



Porém, com o desfecho dado, fica claro que alguns erros foram cometidos, sobretudo nesta nona temporada, focada exclusivamente no casamento da Robin e Barney (Neil Patrick Harris).



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How I Met Your Mother Series Finale


A reclamação, de caráter quase unânime, questiona o fato do roteiro se preocupar durante 22 episódios em construir um lendário e grandioso casamento e no episódio final, em alguns minutos (talvez nem isso) este mesmo casamento ser transformado num divórcio. É a vida, todos podem dizer isto. Porém, os roteiristas já sabiam disso, e por já conhecerem esta informação poderiam ter estruturado melhor toda a nona temporada, para que não soasse uma traição para com os fãs. Robin e Barney tiveram seu primeiro momento de amor lá no final da terceira temporada, ou seja, foram quase seis anos de idas e vindas, então houve no mínimo uma desatenção dos produtores em destruir toda a história dos dois em alguns segundos.



Ainda assim, numa reflexão mais profunda (talvez HIMYM seja a única comédia que algo deste tipo cabe) podemos ver que Barney foi jogado, literalmente, pro lugar que sempre foi dele: a solteirice eterna. Isto é um fato coerente com tudo que foi apresentado nos nove anos. Claro que o ser humano se desenvolve, cresce, amadurece, Barney passou por todo este processo. Mas no final, somos quem sempre somos e nossa essência comportamental vai caminhar conosco durante toda a nossa vida. Barney sempre terá no sangue o pedigree de galinha, mesmo agora sendo pai (o maior presente que a série lhe deu). Ellie, o nome de sua filhinha, provavelmente será a única mulher que conseguirá domá-lo e aqui vão os parabéns aos roteiristas, que lhe deram uma filhinha e não um filhinho. Pense: somente uma filha garota teria este poder de mudá-lo.



Voltando a visualizar o quadro ampliado, e trazendo a tona outra grande série que teve um final polêmico, é interessante perceber como o casal Marshall Eriksen (Jason Segel) e Lily Aldrin (Alyson Hannigan) foi a grande constante (alguém se lembrou do Desmond, de Lost?) da série. Em nove anos, mais de duzentos episódios e eles ficaram separados um do outro por apenas alguns momentos (início da segunda temporada). Enquanto que Ted, Robin e Barney passaram juntos por centenas de grandes acontecimentos e reviravoltas em suas vidas, Marshall e Lily sempre estiveram juntos, sendo possivelmente o mais adorável casal da televisão nestas últimas décadas.



Não conseguiria analisar How I Met Your Mother com base somente no episódio final, pois, além de não nos oferecer uma visão mais ampliada e completa do que foi a série, só nos fará sentir aquele agridoce sentimento de que algo saiu errado, de que o bolo passou do ponto. A série, em nove anos de grandiosos episódios (Spoiler Alert, Slap Bet, Something New, The Leap, The Pineapple Incident, Lucky Penny, The Final Page…) não merece isso. Sua jornada continua sendo uma das mais honestas e interessantes da televisão americana.



Ouso dizer ainda que foi mais criativa e instigante que a eterna Friends algum dia foi.


Fonte: http://cabinecultural.com/2014/04/0...o-series-finale-deixa-pergunta-no-ar-foi-bom/
 
não tinha nada ali antes, bruce. tinha o título de uma matéria (sem link) e uma imagem:

antes

semclique.JPG

depois

comclique.JPG

(com opção de clicar para ver o resto)

estranho, né.
 
troço de visualização deve estar bugado :think:

anyway, eu meio que concordo sobre a questão de ser mais criativa do que friends. tem uma série de recursos usados em alguns episódios que jamais veríamos na série mais antiga. mas o negócio também é justamente esse: há um intervalo de cerca de 10 anos entre o finale de friends e de himym. friends, à sua maneira, também trouxe inovações (e inclusive abriu caminho para himym). aí fica meio que comparar o fangio com o schumacher, sabe. pilotos bons, mas de épocas diferentes.
 
Complicado, eu acho que a série como um todo perdeu um pouco do seu mérito sim com esse final, mas os bons momentos não deixaram de ser bons e as primeiras temporadas não deixaram de ser ótimas. Eu só tenho um problema com a frase "o que vale não é o destino, a linha de chegada, mas sim a jornada, o percurso". A impressão que me passa é do tipo "ok, o final não foi bom igual eu queria, mas eu não quero admitir isso porque eu gosto muito da série". No final das contas, pra mim, o destino tem que valer a pena para que a caminhada se torne mais marcante, se não eu posso me questionar se ter pegado um caminho diferente teria valido mais a pena. Por isso que eu digo, o final estragou a série como um todo, mas não apagou os bons momentos.
 
Ser mais "criativa" ou não é o de menos. Também não adianta querer inventar demais e tropeçar na história, acabando por avacalhar tudo o que veio antes na série.

A diferença principal pra mim entre Friends e HIMYM é o fator "reassistibilidade". Friends é tipo Chaves: até hoje assisto as duas séries, depois de ter visto cada episódio umas trocentas vezes (ao ponto de saber diálogos de cor)... e ainda rio das piadas e me divirto. Simplesmente continuo tendo vontade de assistir essas séries, pois parecem possuir algo realmente de perene no fator diversão.

Coisa que não acontece com HIMYM. Talvez porque no final a série toda possua uma história específica mais definida e não seja tão episódica como as outras duas (embora Friends também tenha histórias que se estendem ao longo da série e HIMYM tenha coisas fechadas), pois tudo gira em torno de contar como o Ted conheceu a mãe lá, e no momento em que ele conhece e a história está contada, pronto, acabou. Como era um "mistério" que ficou no ar durante nove temporadas, era algo que ajudava a prender a atenção de quem assistia, já que esperávamos descobrir como ele a conheceu e qual seria o final de tudo aquilo. Mas, assim como um romance policial, onde após saber quem é o culpado dificilmente tu vai reler o livro (foi-se o mistério), o mesmo acontecesse com HIMYM, onde o mistério da mãe já está solucionado, a história de cada personagem contada e explicada (inclusive a de vários personagens secundários) e não há porque revisitar a série nem que fosse pelas piadas, ainda mais porque foram piorando com o passar das temporadas, ao ponto de a série virar drama com pitadas ocasionais de humor, e o final ter sido ruim, estragando o que foi construído sobre a personalidade de três dos cinco personagens principais (só Marshall e Lily se salvaram pra mim).

Vou continuar assistindo Friends indefinidamente (acho que assisto "continuamente" desde 1996, mais ou menos); cada vez que eu coloco na Warner e está passando um episódio, eu costumo parar para assistir, pela milésima vez, e consigo me divertir com ele. Já HIMYM... meh.
 
O problema maior nisso tudo é, se a história é toda contada por ele, então a impressão que terminamos tendo é que o Ted não estava that into the Mother. Vá lá, o amor da vida dele é a Robin, mas como você começa a contar uma história, fazer questão de insistir nela a despeito de seus filhos acharem que é um castigo, só pra você vir e abrir seu coração sobre outra pessoa, dando mais relevância a ela que à mãe deles? Sei lá, isso me soa até cruel.
 
spoiler, etc.

O problema maior nisso tudo é, se a história é toda contada por ele, então a impressão que terminamos tendo é que o Ted não estava that into the Mother. Vá lá, o amor da vida dele é a Robin, mas como você começa a contar uma história, fazer questão de insistir nela a despeito de seus filhos acharem que é um castigo, só pra você vir e abrir seu coração sobre outra pessoa, dando mais relevância a ela que à mãe deles? Sei lá, isso me soa até cruel.

né? kids, the fact is that every time i banged your mother i was thinking about aunt robin.

ah, final ideal feito por um fã (um nada de edição que muda tudo e deixa bem claro o que é que deixou os fãs descontentes com o fim)

 
spoiler, etc.



né? kids, the fact is that every time i banged your mother i was thinking about aunt robin.

Tem gente que argumenta, "ei, mas é a vida". Hã, não sei o que acho mais provável na vida: você ter de seguir em frente com ela ou ter uma bela de uma coincidência que te dê uma nova chance.
 
Chorei. Me julguem.

Mas não gostei do final. É o que todos disseram, que funcionaria se fosse algumas temporadas antes. Não na Nona. Fora isso, a mãe é TÃO, TÃAAO foda e querida, que porra, não podiam ter matado ela assim! D=

Pontos que não curti:
-Ficar 22 episódios num casamento, e terminar ele em 40s;
-O Ted esperar 9 temporadas pra conhecer a mãe, então ele fala "aí eu fiquei com ela até ela morrer, e fim" Além de ter sido muito cruel terem matado ela (como já disse), achei muito frio essa parte. Muito corrido.
-Robin não ama o Ted. Nunca amou de verdade. Ele sempre foi cômodo pra ela, por fazer tudo que ela quisesse. Ele sempre foi um cachorrinho fiel. Robin amava mesmo o Barney, e combinava muito mais com ele. Aí como não deu certo com um, e cheogu aos 40, ela apenas se acomodaria com o Ted. Na real, aposto que eles vão terminar logo. :lol:

Parte que curti:
-A filha do Barney, e sua reação ao vê-la foi muito bonita.


Enfim, depois de algum tempo, conversando com a Amanda (que também não curtiu o final), aceitamos a ideia da série ser realista. Casais não ficam juntos pra sempre. Alguns morrem cedo, ou divorciam. Até lembrei da minha mãe, que perdeu o pai dos filhos dela, e grande amor de sua vida aos 36. E só agora, aos 54, achou outro, com quem casará sábado. Faz parte, bláblá. Mas foda-se, não vejo uma série como HIMYM pra ter realismo, cazzo! Estamos falando de uma série que tem o BARNEY! :lol: E tipo, a Tracy se encaixou com perfeição na série. Aliás, era muito mais do que o Ted merecia ter (já que ele é chato pra kct, mal resolvido emocionalmente, fodido cheio de problemas psicológicos, alto-estima mais baixa que a do Corcunda de Notre-Dame, neorótico, todo cagado, fala demais de besteiras demais, idealiza demais o amor, etc....) e todos os fãs a amaram. Aí matam ela?! E contam isso como quem conta o destino da Patrice? Ok, todos já esperávamos isso, por conta de alguns episódios que cantam essa bola. E a cena final mostra que esse era o plano desde 2006. Mas mesmo sendo o planejado, não significa que foi o melhor final que poderia ter. Esse final postado pela Ana aí em cima seria muito mais TOP. Pelo menos pra mim.

Mas amei a série, como um todo. Isso sem dúvida. Mesmo tendo o Ted, a série é fantástica. Barney e Marshal são sensacionais, Lily e Robin também. E a evolução deles ao longo dos anos foi muito legal de acompanhar. Fora alguns episódios brilhantes, como as apostas, o BLITZ (OH MAN!), Bad News, etc...Vai fazer muita falta. :clap:




how-i-met-your-mother-series-finale-last-forever.jpg
 
Não está mais disponível!!!

Agora quero ver essa bagaça!!!


O reset que o Barney deu pos divorcio, a ficha da Robin caindo que ela devia ficar com o Ted... Essas coisas que os fas que gostaram do final chamam de 'realismo'? Porque pra mim isso foi jogar fora o que foi construido ao longo de nove, algumas delas nem tao boas assim, temporadas. As historinhas pre-casamento BR foram tao bacanas ao mostrar a evolucao do Barney, ai ele se divorcia e volta ao status anterior, como num passe de magica.

Sem contar que eu nao entendo como esse final se encaixa na serie depois de passarem tanto tempo falando do casamento entre a Robin e o Barney. Tipo, se eles nao iam ficar juntos, justifica passar uma temporada inteira falando do casamento dos dois? E a Mother, que a gente sempre achou que era a razao maior da coisa, eh soh uma personagem secundaria que nem fez tanta diferenca assim. Justo ela, que foi um personagem tao bem construido (na altura do season finale, quem nao gostava da Mother?). Parece que quiseram surpreender, mas tudo que conseguiram foi deixar uma sensacao de cheating enorme.
 
problema do barney para mim é: ele chegou num ponto com a quinn (lembram, a quinn ¬¬) em que estava cheio de dúvidas se aquilo ia funcionar, o momento do contrato foi o que falou mais alto: você não está disposto a abrir mão dessa sua vida por essa mulher. ok, aí ele volta com a robin, e de novo ele tem dúvidas. mas ele ama tanto robin que ele acha que sim, com essa vale tentar. e ele tentou. e não deu.

problema: não deu por causa do trabalho da robin? *esse* foi o erro do roteiro sobre o barney para mim. se o episódio não fosse corrido como foi, se tivessem feito o esquema casa no final da oitava, aí na nona desenvolve os primeiros anos deles após o casamento, poderíamos ver algo mais coerente, que não fosse só o fato de robin ter que viajar muito a trabalho. porque essa coisa de viagem apareceu um pouco como desculpa esfarrapada. deveriam ter colocado o que seria o natural: barney sentindo saudades dos tempos de solteiro, algumas obrigações da vida de casado enchendo o saco dos dois, etc. todos aqueles pequenos testes que vimos marshall e lily passando, aí veríamos robin e barney falhando - porque não basta ser foda, ter química, tem que aprender a abrir mão pelo outro (e nenhum dos dois tinha característica de que faria algo assim, convenhamos). aí sim, seria "realista". inclusive o fato de barney voltar a ser o pegador.

mas "ah, robin está viajando muito a trabalho". ok, ninguém enxerga que isso é um problema ainda pior para o relacionamento robin e ted? porque ted é o cara que tem a visão "das antigas" de amor, ele quer a mulherzinha no sofá numa tarde de domingo, e não viajando para a argentina e voltando sabe-se lá quando. então se o trabalho da robin causou a separação com o barney, invariavelmente causaria com o ted (como causou no passado, vale lembrar).

eu ainda acho que o que aconteceu TINHA que acontecer, o que cagou o episódio foi COMO aconteceu. li em uma crítica e concordo: é engraçado que o roteiro mostrasse tanto a lily falando sobre a importância de eles estarem juntos para os grandes momentos, mas os roteiristas tratarem os grandes momentos como se fossem nada. rompimento de barney e robin merecia não só um episódio, bem mais do que isso (ainda mais se colocarmos na balança o tempo que levou o casamento). e mesmo o final de ted e robin, faltaram algumas cenas ali que passassem a real medida da falta que a mãe fez para ted depois que morreu. porque daquele jeito ali parece bem isso, que a mãe foi só prêmio de consolação porque robin ficou com outro cara que não ele.

e como comentei com o pips e a izze no facebook: ouvi falar que o episódio teria 18 minutos a mais (seria triplo, não duplo), mas aí cortaram algumas cenas. talvez sem esses cortes essa sensação de que ficou corrido demais não fosse tão forte. por exemplo, tem uma imagem de divulgação do episódio que eu não lembro de ter visto nem no 23 nem no 24:

himym1.JPG

que é o ted grisalho se encontrando sozinho com a robin (não deve ser em 2030 porque a peruca da robin é diferente, hehe). mas olha, poderia ser algo parecido com o que a mãe passou com aquele namorado antes do ted, uma conversa entre ele e robin em que robin colocasse as cartas na mesa mas ele falasse que não, não estava pronto para seguir em frente (se em um episódio conseguiram passar tão bem o que aconteceu com a mãe, por que não conseguiriam agora com o ted?) e aí sim, a partir daí aquele papo dos filhos dizendo "I don't buy it", e mandando ele correr lá falar com a robin. porque olha, ficou bizarro que ao mesmo tempo em que ele entrega aquela fala linda sobre a hora que encontrou a mãe, isso seja seguido pelos filhos dizendo para ele ir encontrar outra mulher. faltou algo ali, que fizesse a transição.

se pá quando sair dvd e afins eles mostrem a versão sem corte, vá saber. mas eu ainda acho que o estragou o final não foi o que aconteceu no final, mas o desenvolvimento da temporada em si, com tanto tempo dedicado para coisas bobas como as piadas do cara do karate kid, para aí chegar num finale em que as coisas importantes fossem resolvidas correndo, sem um ritmo em que pudéssemos sentir as mudanças nas personagens.
 
Aqui, Anica:

Speaking of Radnor, he gave a lengthy interview to Vulture, discussing the fan reaction to the controversial ending. In it, he implies that he sides with the audience that wanted a more uplifting ending:

They had mentioned to me the twist about the mother in the first season, and I kind of put it out of my head. I didn’t know if they would actually want to come back to it and do that, especially after Cristin, because she was so wonderful and the fans seemed to really take to her. So I asked them “Are you guys still doing that?” And they said yeah.​

He also explains that there was a cut scene between Ted and Robin that might have eased the transition between the happily ever after with Tracy, and the second-chance ending with Robin. That’s the biggest complaint that I can understand, the drastic shift in tone. We went from a thoughtful, melancholic montage to Ted’s kids enthusiastically encouraging that Ted go for Robin. Radnor explains:

There’s a jarring disconnect between fans who had five minutes to process that information and kids who had six years. The kids were in a completely different emotional space than a lot of fans of the show.
Another reason for the tonal shift likely has to do with the fact that those scenes involving the kids were filmed nine years ago. The creators were forced to end the story on an upbeat note. But as creator Craig Thomas tweeted, “We wrote a comedy with dramatic elements till the very end. Thanks for taking that ride with us.”

Fonte: http://www.vanityfair.com/vf-hollywood/how-i-me-your-mother-alternate-ending
 
Refletindo mais sobre o final alternativo, percebo que ele não é tampouco um final feliz, embora creio que seja o melhor final possível. Por que digo isso? Bem,

1) Algumas pessoas disseram que esse final é um "happy ending" pra todos, que não condiz com a trajetória da série. Eu discordo. O final praticamente está em aberto. Ted está grisalho, e sozinho. Tudo indica que as pistas sobre a morte da Mother estão certas, mas que ele teve uma boa vida junto com ela;

2) Por ser um final em aberto, mesmo o casamento entre Marshall e Lily fica sem resolução, bem como o destino de tantas outras personagens mencionadas ao longo da trama, o que é bom, pois passa uma mensagem de que "a vida segue para todos". Fica com o espectador a tarefa de acreditar de que todos estão bem;

3) Disse acima que a morte da Mother ainda é uma realidade devido às fotos da montagem do final alternativo, em que ela é retratada um pouco mais abatida. Tcharã, um final que não subestima a inteligência do espectador;

4) Com a tomada final sendo no Ted, falando monologicamente, quebrando a quarta parede, os roteiristas poderiam ter feito uma bela de uma homenagem ao público que acompanhou a série ao longo desses 9 anos. Ao falar "Your Mother", sem piadinhas, estabeleceria-se o elo definitivo com o público, fazendo com que a Mother se fixasse no imaginário popular.
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Sobre o final original, uma coisa que me veio à cabeça agora: é um bebê que redime o Barney. Ora, a Robin não pode ter filhos. Ok, o casamento deles não acabou por isso, mas quando você junta esse dois fatos, fica um pouco complicado ter empatia por um cara assim.
 
Sobre o final original, uma coisa que me veio à cabeça agora: é um bebê que redime o Barney. Ora, a Robin não pode ter filhos. Ok, o casamento deles não acabou por isso, mas quando você junta esse dois fatos, fica um pouco complicado ter empatia por um cara assim.

mas isso da mudança por causa da bebê e não por causa da robin eu entendo, até porque me identifico com o barney. eu sou egoísta pra caramba (não, não me orgulho disso), e sempre foi um problema para mim o "abrir mão pelo outro", por exemplo, eu amo o fabio, mas tem coisa que eu não abro mão por ele. se ele me falasse "para de trabalhar que eu quero você cuidando de casa", eu ia mandar ele tomar no fiofó. mas para o arthur foi simplesmente automático: larguei trabalho, larguei idas aos botecos, larguei a vida que tinha antes, sem nem pensar que foi uma espécie de sacrifício, foi só o que eu tinha que fazer na hora.

minha mãe vive dizendo que eu só cresci mesmo depois que o arthur nasceu, que para ela o maior sinal de maturidade é quando a pessoa consegue deixar o egoísmo de lado por alguém. eu acho que com o barney foi algo assim. ele tentou com a robin, que era mulher perfeita para ele. não conseguiu. veio a ellie, e com a menina foi automático.

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Refletindo mais sobre o final alternativo, percebo que ele não é tampouco um final feliz

não acho que final bom tenha que ser necessariamente um final feliz. eu ainda acho que mesmo o original seria satisfatório se melhor desenvolvido. sobre a entrevista do radnor, to lendo agora, já comento mais aqui :dente:
 
mas isso da mudança por causa da bebê e não por causa da robin eu entendo, até porque me identifico com o barney. eu sou egoísta pra caramba (não, não me orgulho disso), e sempre foi um problema para mim o "abrir mão pelo outro", por exemplo, eu amo o fabio, mas tem coisa que eu não abro mão por ele. se ele me falasse "para de trabalhar que eu quero você cuidando de casa", eu ia mandar ele tomar no fiofó. mas para o arthur foi simplesmente automático: larguei trabalho, larguei idas aos botecos, larguei a vida que tinha antes, sem nem pensar que foi uma espécie de sacrifício, foi só o que eu tinha que fazer na hora.

minha mãe vive dizendo que eu só cresci mesmo depois que o arthur nasceu, que para ela o maior sinal de maturidade é quando a pessoa consegue deixar o egoísmo de lado por alguém. eu acho que com o barney foi algo assim. ele tentou com a robin, que era mulher perfeita para ele. não conseguiu. veio a ellie, e com a menina foi automático.

É uma impressão minha, mas thanks pelo insight. Isso me lembra uma discussão causada por um artigo da esposa do Chabon em que ela dizia "amar mais o marido que os filhos". Se eu achar eu posto.

não acho que final bom tenha que ser necessariamente um final feliz. eu ainda acho que mesmo o original seria satisfatório se melhor desenvolvido. sobre a entrevista do radnor, to lendo agora, já comento mais aqui :dente:

Falei do "final feliz" porque um monte de gente que preferiu o final original acusa aqueles que gostaram do "alternativo" de desejarem algo assim. Mas cara, nem com a edição fica um final tão feliz assim - mas resultou numa bela aula de como orientar uma narrativa.
 

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