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Igor Strelkov: O Herói de Nosso Tempo

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Paganus

Visitante
por George Lepin

De fala suave e com um olhar sempre melancólico, se você o visse ou ouvisse pela primeira vez, você provavelmente não entenderia por que o chamam de herói. Através da câmera, ele não projeta carisma aparecendo mais bem exausto e preocupado. Tampouco ele se expressa como um político de língua afiada, mas sim de maneira reservada, quase relutante. Você se perguntaria como esse homem conseguiu liderar milhares de pessoas em uma luta não por ouro, mas por uma idéia. Como ele conseguiu transformar o que parecia uma batalha perdida em meses de resistência que apenas se torna mais forte apesar das perdas necessárias. Como ele resistiu a um cerco de 84 dias realizado por um exército treinado e profissional com nada além de alguns rifles enferrujados e um tanque da Segunda Guerra Mundial retirado de um memorial. Como ele segue lutando quando está claro que nenhuma ajuda virá. São as coisas feitas contra todas as probabilidades e de boa-fé que o tornam um herói.

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Se definirmos um herói desde um ponto de vista psicológico, um herói é, acima de tudo, um indivíduo mentalmente forte, insuscetível a influências externas, capaz de superar a incerteza situacional e a ignorância pluralista, analisar a situação em meio a confusão e agir adequadamente, confiando nas normas sociais e princípios morais pessoais. Após o golpe de estado anti-constitucional em Kiev em 22 de fevereiro de 2014, o país foi lançado no caso, e enquanto muitos na região sudeste da Ucrânia estavam descontentes com o regime que chegou ao poder com o apoio de seus mestres americanos, partidos neonazistas, e simples fanáticos, todos acreditavam que haveria alguém que fincaria os pés no chão para resistir, qualquer um menos eles. Felizmente, tal homem apareceu. Esse homem rapidamente reuniu um grupo de locais na pequena cidade ucraniana de Slavyansk que estavam determinados a avançar uma milha a mais na luta por seu direito de seguir sendo o que são. O nome desse homem era Igor Strelkov.

Apesar do equívoco comum, Strelkov não foi enviado ao Donbass por Moscou como agente (ele se aposentou da FSB na patente de coronel em 31 de março de 2013), ele foi levado ali por seu senso de dever, justiça e camaradagem, exatamente como ele também se voluntariou para lutar por seu povo na Transnístria por cinco meses em 1992 e na Bósnia de 30 de outubro de 1992 a 26 de março de 1993. Seus pares o descrevem como "um homem nobre e honrado, devotado a seu país". Um de seus colegas na Transnístria relembra uma vez em que Strelkov liderou um grupo de soldados através de uma ponte sob fogo inimigo para entregar munição a seus camaradas em Bender. À época, ele tinha apenas 22 anos de idade.

Criado em uma família com diversas gerações de serviço militar, ele tem sido um apaixonado pela história militar desde a infância. Após se graduar do Instituto para História e Arquivos de Moscou, ele se alistou no exército e em um prazo comparativamente curto de tempo chegou à patente de coronel, tendo servido em múltiplas zonas de conflito ao longo dos anos. Entre guerras reais, ele se tornou um proeminente participante de reconstituições de guerras históricas. Um monarquista convicto, ele particularmente favorecia o papel de soldado branco durante reconstituições da Guerra Civil Russa.

"Ele não interpretava apenas um papel, ele o vivia", relembra um de seus colegas de hobby.

Seja lendo os comentários que Igor Strelkov deixou em vários fóruns ao longo dos anos, ouvindo sobre ele de amigos e conhecidos, ou observando atentamente enquanto ele se estabelece como o líder da Milícia Popular do Donbass, podemos ver que diante de nós está um homem de elevada integridade, vontade férrea e honra - um verdadeiro oficial russo, preparado para dar a vida por sua fé, seu povo e sua terra.

"Quando quer que eu falasse com Igor, sempre me pareceu como se esse homem tivesse vindo do passado. Sua moral e suas qualidades éticas certamente não são desse século", diz o escritor Mikhail Polikarpov.

No último século, a sociedade russa sobreviveu a dois derrames massivos, com o segundo a deixando paralisada pelos últimos 23 anos. O primeiro derrame - a revolução de 1917 - sabotou um de seus pilares, a ortodoxia russa, o berço da cultura russa e de seu sistema ético, bem como estabeleceu uma política de discriminação positiva contra russos étnicos. A queda da União Soviética, por sua vez, resultou no colapso dos últimos remanescentes de moralidade que prevaleciam durante a era soviética. Após esse colapso, a sociedade russa quase perdeu sua identidade completamente. Hoje, ela começa a recuperá-la. A nostalgia pela grandeza passada, combinada com o impulso do patriotismo que a sociedade russa tem experimentado na esteira dos eventos recentes, evoluiu até formar uma Primavera Russa. A Rússia ascende, e hoje, como jamais antes, ela precisa de líderes fortes que irão propelir a fundação do Estado Russo.

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Um desses líderes já apareceu. Igor Strelkov. De reconstituidor ele passou a reconstrutor. O reconstrutor da Idéia Russa. Um homem que conseguiu cultivar elevados ideais morais dentro de si mesmo em um tempo de vácuo moral já está há apenas um passo de ser um herói. Igor Strelkov cruzou o Rubicão quando ele pisou em Slavyansk. Para alguns, ele se tornou um pesadelo. Para muitos, ele se tornou um herói. O herói de nosso tempo.

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