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Autor da Semana Miguel de Cervantes

Spartaco

Anton Bruckner - 200 anos do nascimento
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Retrato de Cervantes, feito por Juan de Jáuregui, por volta de 1600​

Miguel de Cervantes Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de setembro de 1547 - Madrid, 22 de abril de 1616) foi romancista, dramaturgo e poeta castelhano. A sua obra-prima, Dom Quixote, muitas vezes considerado o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura e é considerado um dos melhores romances já escritos. A sua influência sobre a língua castelhana tem sido tão grande que o castelhano é frequentemente chamado de “A língua de Cervantes”.

BIOGRAFIA

Filho de um cirurgião cujo nome era Rodrigo e de Leonor de Cortina, Miguel de Cervantes Saavedra passou a infância na cidade de Valladolid (Espanha) e estudou em Madri e Sevilha, mas não chegou a concluir nenhum curso.

Em 1569 foge para Itália depois de um confuso incidente (feriu em duelo Antonio Sigura), tendo publicado já quatro poesias de valor. Sua participação na batalha de Lepanto, no ano 1571, onde foi ferido na mão e no peito, deixa-lhe inutilizada a mão esquerda que lhe vale o apelido de o manco de Lepanto.

Em 1575, durante seu regresso de Nápoles a Castela é capturado por corsários de Argel, então parte do Império Otomano. Permanece em Argel até 1580, ano em que é liberado depois de pagar seu resgate.

De volta a Castela se casa com Catalina de Salazar em 1584, vivendo algum tempo em Esquivias, povoado de La Mancha de onde era sua esposa, e se dedica ao teatro.

Publica em 1585 A Galatea, o seu primeiro livro de ficção, no novo estilo elegante da novela pastoral. Com a ajuda de um pequeno círculo de amigos, que incluía Luíz Gálvez de Montalvo, com o livro um público sofisticado passou a conhecer Cervantes.

Encarcerado em 1597 depois da quebra do banco onde depositava a arrecadação, "engendra" Dom Quixote de La Mancha, segundo o prólogo a esta obra, sem que se saiba se este termo quer dizer que começou a escrevê-lo na prisão, ou simplesmente que se lhe ocorreu a ideia ou o plano geral ali.

Finalmente, em 1605 publica a primeira parte de sua principal obra: O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha. A segunda parte não aparece até 1615: O engenhoso cavaleiro dom Quixote de La Mancha. Um ano antes aparece publicada uma falsa continuação de Alonso Fernández de Avellaneda.

Entre as duas partes de Dom Quixote, aparecem as Novelas exemplares (1613), um conjunto de doze narrações breves, bem como Viagem de Parnaso (1614). Em 1615 publica Oito comédias e oito entremezes novos nunca antes representados.

A única peça teatral trágica a sobreviver de Cervantes é O cerco de Numancia, na qual é encenada a resistência desesperada da população desta cidade ibera contra as forças romanas que querem conquistá-la.

Miguel de Cervantes morreu em 1616, parecendo ter alcançado uma serenidade final de espírito. As causas de sua morte não são bem definidas, mas acredita-se que o escritor tenha morrido de cirrose.

Cervantes teria morrido em 22 de abril de 1616, sexta-feira, tendo sido registrada a morte no sábado, dia 23, em sua paróquia, em San Sebastián. Conforme costume da época, no registro constava a data do enterro. Em 23 de abril é comemorado o Dia do Livro na Espanha.

Um ano depois de sua morte aparece a novela Os trabalhos de Persiles e Sigismunda.

Uma curiosidade é que o rosto de Cervantes só ficou conhecido por uma única pintura de Juan de Jáuregui (vide imagem acima).

OBRAS
  • La Galatea (1585)
  • El cerco de Numancia (1585)
  • El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha (1605)
  • Novelas ejemplares (1613)
  • Viaje del Parnaso (1614)
  • El ingenioso caballero don Quijote de la Mancha (1615)
  • Ocho comedias y ocho entremeses nunca representados (1615)
  • Los trabajos de Persiles y Sigismunda (1617)

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Dom Quixote de La Mancha

Don Quijote de la Mancha é considerada a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas europeias modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola. O título e ortografia originais eram El ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615, esta com o título de El ingenioso caballero don Quijote de la Mancha.

O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis. A história é apresentada sob a forma de novela realista.

É interessante acrescentar que o grande sucesso de crítica e público de Dom Quixote trouxe problemas para o autor. Uma pessoa não identificada, usando o nome falso de Alonso Fernandez Avellaneda, publicou a suposta segunda parte da obra. Revoltado com a falsificação, Cervantes, pouco antes de sua morte, lançou a segunda parte do romance, em que o humor cede lugar à sátira.

Fonte: Wikipedia e http://educacao.uol.com.br/biografias/miguel-de-cervantes.jhtm
 
2014 não termina sem que eu leia Dom Quixote.

Torno público pra ver se crio vergonha e leio de uma vez.
 
Quem não leu. LEIA!! AHAHAHAHA
É simplismente fantástico! E conveninte que tenha conhecimento dos livros de cavalaria anteriores, pois são referencias em todos os momentos para o personagem. Por exemplo, Orlando Furioso e Orlando Apaixonado são dois livros que aparecem sempre no Dom Quixote.
 
Uma excelente professora de literatura portuguesa que tive uma vez compartilhou com os alunos uma tradução de Amadis de Gaula, novela de cavalaria espanhola que serviu de inspiração para Cervantes tecer sua crítica àquele modelo narrativo em voga na época. Como o link está no site da faculdade de Lisboa, creio não ser infringir as regras do fórum passá-lo adiante por aqui também (caso seja, favor me avisem que excluo a mensagem): http://www.fcsh.unl.pt/docentes/gvideiralopes/index_ficheiros/amadisT.pdf

Eu vez ou outra tenho vontade de ler esse livro e depois empreender a leitura do Quixote, até imprimi esse Amadis... Deve ser bem bacana saber como funcionavam essas novelas de cavalaria e depois ver como Cervantes descontruiu a coisa - no inicio mesmo de seu romance, são citados trechos em versos de Amadis... ;)
 

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