• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Os Magos na Terra Média

Darth Imperius

Usuário
Saudações amigos amantes da obra de Tolkien, sou um grande jogador de RPG e como tal sempre gostei de sistemas que se passavam na Terra Média, estava dando uma olhada no sistema The One Ring, quando algo me chamou a atenção, o fato de não ser permitido a criação de personagens magos jah que de acordo com o livro os unicos magos seriam os 5 clássicos que todos conhecemos (Dois azuis, um castanho, um cinza e um Branco Go Power Rangers Go!)

Intrigado fui dar uma olhada no meu velho livro de RPG do Senhor dos Anéis e neste é dito que de fato Magos são extremamente raros (sendo assim uma classe de elite) porém os jogadores poderiam se quiserem jogar como mágicos que seriam um humano, elfo, anão que conseguiu aprender os caminhos da magia, mas não chegaram aos níveis dos Istari (escrevi certo?)

Fica então minha pergunta, existia magos e utilizadores da Magia na Terra Média além dos 5 jah citados?
 
A resposta curta é sim. Existiam outros seres capazes de feitos "mágicos". Elfos, dragões, Melian, Sauron (maiar, plural de maia).

Os istari são maiar também.
 
Magos, só os Istari.

Sobre a magia, certamente escreverão melhor do que eu, mas existia a magia dos Valar, dos elfos e até mesmo dos anões (as portas de Moria e Erebor servem de exemplo). Também existe a magia "negra", bastanto lembrar que a palavra "guldur" significa feitiçaria ou bruxaria. O Rei Bruxo de Angmar, por exemplo, tinha o poder de invocar os Barrow-wights.
 
Olha, não me lembro de nenhum humano capaz de feitos mágicos ou sobrenaturais não. Mas alguma outra pessoa pode responder com mais propriedade.

Mas a mágica nesse universo é bem intangível e quase imperceptível, com exceção dos Valar. Mágica de elfos e de maiar é bem mais passiva, por falta de palavra melhor.

O próprio Gandalf, que é um istari, vc não vai vê-lo nos livrossoltando uma bola de fogo, soltando raios, voando, se teleportando, curando a distância, arremessando os outros com a "força" (esse último vc até pode ver nos filmes). O que vc vai ver é Galadriel (elfo) falando por telepatia, dando longevidade à sua terra/região através de um anel de poder, outros elfos que realizam curas especiais, Galdalf usando o cajado como fonte de luz, Saruman criando uma raça hibrida de Uruk-hai ou preparando substáncia parecida com pólvora para ser usada como dinamite, Glaurung (dragão) colocando feitiços com o olhar, tipo uma hipnose, etc.
 
ouvir pedras, curar pessoas, viver 15o, os dunedain, tem certeza que não havia homens com dons "sobrenaturais" (prefiro isso em vez do nome mágica).
 
Acredito que o "curar pessoas" dos dunedain era mais um conhecimento do que uma "mágica". O viver mais tempo era mais uma consequência de uma mistura genética com elfos do que uma mágica também. Eu não interpreto essas coisas como sendo mágica.

Mágica pra mim seria o cinturão de Melian, ou a transformação de Sauron num lobo, etc.

Já o Rei Bruxo, ele sim era sobrenatural, mas talvez, só por causa do uso do anel.
 
Primeiro temos que definir o que é Mágica. Mágica interpreto como realizar atos contrários à natureza por meio de palavras ou rituais, seria como usar o poder de outrem. Sendo assim, isso não se enquadra nos Ainur, já que o fazem por poder próprio, mas elfos, anões, homens(?), inclusive os hobbits, o fazem muitas vezes.

Acho que a longevidade dos dunedain é sobrenatural sim, porém não é mágica Nem todos os dunedain tinham sangue élfico mas somente a casa real de Elros, estes tinha uma vida mais longa do que os próprios numenorianos. Os demais numenorianos receberam como dom a vida longa, junto com sabedoria e poder, se são coisas recebidas não são coisas inerentes à natureza deles, logo, são sobrenaturais, porque supera a natureza.
 
Primeiramente obrigado por todas essas respostas ^^

Mas voltando ao tema, acho que muitas pessoas confundem fazer magia com os magos clássicos de RPG que saem por ai jogando bolas de fogo por todos os lados. Acho que minha duvida vem do fato de eu ter uma leve lembrança no Silma que é citado que o dever dos Istari na Terra Média era além de enfrentar as sombras ensinar seus conhecimentos, porém faz tanto tempo que eu não leio o Silma que minha memoria pode estar fazendo truques em mim.

De qualquer forma achei interessante citar esses aspectos jah que atualmente estamos acompanhando uma "RPGização" da Terra Média tanto nos Filmes do Hobbit quanto em games e jogos no quais o Gandalf usa magiais menos discretas (e novamente se minha memoria não me falta no jogo "War in the North" temos uma elfa que usa cajado e encantamentos a la Gandalf) Somente queria saber se existi algum embasamento nisso tudo.
 
Uma idéia é que se o objetivo for fazer uma campanha de RPG em que exista um humano com magia pode-se usar as tendências que já estão presentes nos livros de Tolkien.

Segundo as obras, o autor começou a delinear entre os povos uma área de transição contendo alguns indivíduos que cruzam o abismo de destino entre elfos e homens em que às vezes um elfo escolhe o destino de homem (Elros) e às vezes um homem escolhe destino de elfo (Tuor).

Uma vez que o conceito de magia na concepção dos hobbits seja baseada apenas na estranheza com que os homens lidem com a matéria do mundo os elfos em contrapartida imprimem a vontade direta na matéria em razão de serem projetados (por Eru) para terem intimidade traduzida em domínio\controle da matéria e forma do mundo. E que para os homens alcançarem o mesmo resultado élfico precisavam na maioria das vezes contornar obstáculos por meio de engenhos e técnicas indiretas (que é uma característica de uma alma que foi projetada para ver o mundo de forma estranha ao invés de íntima).

O que quer dizer que os homens deviam ter um nível mínimo de domínio da matéria que não podia chegar a ser zero, do contrário não poderiam reconhecer nem controlar os próprios corpos que eram feitos com elementos do mundo dos Valar.

De maneira que para os indivíduos com tendência a cruzar o abismo do destino estes podiam procurar cruzá-lo por algumas razões, seja por amor, seja por meio de artefatos que já eram mágicos como a espada que brilhava de Bilbo e Frodo, seja por jóias (anéis dos Nazguls e de Sauron), seja por meio de objetos antigos como o Palantir... e até alguns lugares e partes físicas do mapa do mundo ainda podiam concentrar magia como alguns rios e águas de Ulmo.

Também vale notar que quanto maior o valor do sacrifício pessoal do homem maior seria a tendência de cruzar o abismo e adquirir liberdade o bastante para conquistar uma capacidade nova ou poder escolher o próprio caminho apesar dos Poderes.

Quer dizer é possível construir um personagem para campanha proveniente dessa área de transição entre elfos e homens (mais provável de ocorrer) e é possível fazê-lo "correndo por fora" por assim dizer (menos provável mas ainda assim esperado por Eru).
 
Última edição:
Sobre Gandalf, embora eu concorde que ele realmente não atire bolas de fogo por aí, lembro que nos livros a magia dele não é tão sutil assim. Infelizmente não lembro das citações. Estou tentando achar um artigo que li uma vez que tinha trechos do livro sobre essas demonstrações de poder.

Vou postando os exemplos que encontrar:

- Quem fez a enchente? - perguntou Frodo.
- Elrond a comandou - respondeu Gandalf. - O rio sob este vale está sob seu domínio, e pode se levantar em ira quando há uma grande necessidade de barrar o Vau. Assim que o capitão dos Espectros do Anel cavalgou para dentro da água, a enchente foi lançada. Se é que posso dizer isso, acrescentei uns toques próprios: você pode não ter notado, mas algumas das ondas tomaram a forma de grandes cavalos brancos com cavaleiros brancos e brilhantes, e havia muitas pedras que rolavam e se esfacelavam. Por um momento, pensei termos liberado uma ira muito intensa, e que poderíamos perder o controle da enchente, que os carregaria para longe. Existe uma grande força nas águas formadas pela neve das Montanhas Sombrias.

Fonte: A Sociedade do Anel, Muitos Encontros

- Certa vez eu sabia todos os encantamentos em todas as línguas, de elfos, homens ou orcs, que eram usados para esse propósito. Ainda posso lembrar um grande número desses encantamentos sem ter de vasculhar minha mente. Mas serão necessárias apenas algumas tentativas, eu acho, e não precisarei chamar Gimli para lhe perguntar as palavras secretas dos anões que eles não ensinam a ninguém. As palavras secretas eram élficas, como a inscrição no arco: isso parece certo.

Fonte: A Sociedade do Anel, Uma Jornada no Escuro

Mas agora as escuras sombras de rapina estavam cientes do recém chegado. Uma descreveu um giro na direção dele; mas Pippin teve a impressão de que ele ergueu a mão, e dela um raio de luz branca cortou os ares acima. O nazgúl soltou um grito longo e choroso e desviou-se, e depois disso os outros quatro hesitaram, então, erguendo-se em rápidas espirais, rumaram para o leste, desaparecendo na baixa nuvem acima deles; lá embaixo, no Pelennor, a escuridão pareceu menos densa por um tempo.

Fonte: O Retorno do Rei, O Cerco de Gondor

Mas Gandalf, num salto, subiu os degraus, e os homens recuaram cobrindo os olhos, pois sua chegada foi como a luz branca que irrompe num lugar escuro, e ele avançou furioso. Levantou a mão e, no instante em que Denethor desferia o golpe, a espada voou pelos ares e caiu atrás dele, nas sombras da casa; o Regente recuou diante de Gandalf, atônito.

Fonte: O Retorno do Rei, A Pira de Denethor
 
Última edição:
E humanos? Eles podem aprender a domar a magia?

Entre os humanos podemos destacar Beorn (e os beornings) e o númenóreano renegado, Boca de Sauron, não? Na carta 144 Tolkien diz que "Embora um troca-peles e sem dúvida um pouco de mágico, Beorn era um Homem". E como dá a entender em O Hobbit, Beorn não era o único capaz de se fazer urso (e não era o último, como o personagem diz no filme O Hobbit: ADS). Já sobre o tenente de Barad-dûr, é dito em O Retorno do Rei que "aprendeu feitiçarias".
 
Não tem também aquele papo de que Sauron ensinou a necromancia para os numenorianos?
 
Olha, não me lembro de nenhum humano capaz de feitos mágicos ou sobrenaturais não. Mas alguma outra pessoa pode responder com mais propriedade.

É dito no Retorno do Rei que o Boca de Sauron havia aprendido grandes feitiçarias com o seu mestre.

"aprendeu grandes feitiçarias, e sabia muito da mente de Sauron; era mais cruel que qualquer orc" (O Retorno do Rei, pg 159).
 
Entre os humanos podemos destacar Beorn (e os beornings) e o númenóreano renegado, Boca de Sauron, não? Na carta 144 Tolkien diz que "Embora um troca-peles e sem dúvida um pouco de mágico, Beorn era um Homem". E como dá a entender em O Hobbit, Beorn não era o único capaz de se fazer urso (e não era o último, como o personagem diz no filme O Hobbit: ADS). Já sobre o tenente de Barad-dûr, é dito em O Retorno do Rei que "aprendeu feitiçarias".

Como os beornings conseguiram a magia de se transformarem em ursos? Eu esqueci...

Seria um dom de Eru designado somente para os beornings ou eles aprenderam isso com alguém?
 
Como os beornings conseguiram a magia de se transformarem em ursos? Eu esqueci...

Seria um dom de Eru designado somente para os beornings ou eles aprenderam isso com alguém?

O artigo não vai lhe dar estas respostas ( e imagino que elas não existam em lugar algum), mas te dará uma boa noção sobre os beornings e sua origem.

Leia: Questões Sobre os Beornings

Destaco isso:

Pode-se apenas supor, realmente, de onde os Beornings vieram ou como eles eram. Eram todos homens, embora talvez uns poucos fossem troca-peles como Beorn. Tolkien não revela se Beorn nasceu com a habilidade de falar com animais e trocar sua pele, mas ele diz que muitos dos descendentes de Beorn possuíram a habilidade de trocar de peles. Então, em algum momento, a troca de peles tornou-se hereditária ou o segredo foi passado de geração a geração.
 
Última edição:
@Elendil, achei uma informação interessante no Tolkien Gateway:

Sellic Spell is an unpublished short story by J.R.R. Tolkien, re-creating the (lost) folk-tale underlying the Norse Hrólfs saga kraka. The manuscript is held by the Bodleian Library.[1]

Hrólfs saga kraka (English: Saga of King Hrolf kraki) is an Old Norse saga. The saga is commonly held by Tolkien scholars to be the main source for the idea behind the character Beorn.

Tolkien’s familiarity with The Saga of Hrolf Kraki can be seen in certain aspects of The Hobbit, particularly in the character Beorn the shape-changer, whose literary antecedents from this saga include Bothvar Bjarki (the "little bear") and his father Bjorn, who metamophose into bears.
 
Qualquer manifestação de algo "incomum" para os humanos, é visto como "Magia", sendo que para seres que já nascem com este "dom" é algo normal, como alguns poderes dos Elfos!

Por isso os Istari tem poderes "mágicos" que advém de sua origem "Divina", os Maiar.

Mas magias e magos como vemos em D&D, com magos em torres aprendendo feitiços lendo pergaminhos antigos, não temos na Terra-Média...
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.404,79
Termina em:
Back
Topo