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Autor da Semana Sylvia Day, a tia do erotismo best-seller. <3

L

Liv

Visitante
aê, @Bel o tópico saiu <3

Quem olha para a americana Sylvia Day, que esteve neste sábado na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, não imagina que essa senhora de 40 anos, de estatura mediana e óculos de aros grossos, é um fenômeno da literatura erótica mundial. Nenhum erotismo emana dessa figura que cria cenas sensuais há dez anos. E, apesar dessa experiência, não tem um texto — com o perdão do trocadilho — prazeroso de ler.


Sylvia não faz críticas ao próprio trabalho, mas se arma para defender o mais novo fenômeno da sua seara, com quem guarda muitas semelhanças: a britânica E.L. James, 50 anos, autora da série Cinquenta Tons de Cinza (Intrínseca). Para a americana, se Cinquenta Tons tem um texto sofrível, a culpa não é da autora, a quem cabe apenas criar as histórias, mas de seu editor.

Chamada de “Cinquenta Tons bem escrita”, a principal série de Sylvia, Crossfire (editada no Brasil pela Paralela) é produto do árduo trabalho da escritora, que chega a ficar 16 horas seguidas em frente ao computador escrevendo suas histórias – ela tem oito séries de livros eróticos. Apesar do esforço, o texto causa no leitor sensação de “vergonha alheia” em certas passagens, ainda que seus personagens principais, Eva e Gideon, sejam mais bem construídos do que aqueles de sua colega E.L. James. Nada que justifique, no entanto, o título de “bem escrito”, e muito menos o impressionante número de 12 milhões de exemplares vendidos no mundo. Confira a entrevista com Sylvia Day.

Como explica o sucesso de seus livros? O que faz as pessoas gostarem tanto deles?Gideon! (risos) Essa é a resposta fácil, mas os leitores se envolvem com ele e sua história, querem que ele chegue a seu final feliz. Eles acompanham porque amam esse personagem, o que eu entendo perfeitamente, pois também sou apaixonada por ele.

Por que decidiu escrever romances eróticos? Bom, porque é o tipo de livro que eu gosto de ler. A maior parte dos escritores vai te dizer que escreve o que gosta de ler. No meu caso, eu gosto de acompanhar personagens que têm uma experiência completa e, por exemplo, Gideon e Eva têm dificuldade de se comunicar um com o outro verbalmente, por serem muito fechados, e só conseguem fazer isso fisicamente, sexualmente. Eles têm o tipo de relacionamento que seria mal retratado se o livro não tivesse cenas de sexo.

Você é comparada a E.L. James, autora da trilogia Cinquenta Tons de Cinza. O que pensa sobre isso? Eu entendo a comparação. Estamos vendendo milhões de livros, o que é raro, acontece uma vez a cada dez anos ou algo assim, são duas séries que chegaram às livrarias no mesmo dia e obtiveram sucesso. As pessoas se habituaram a dizer que estamos vivendo um fenômeno da literatura erótica, mas isso não é verdade. O fenômeno é de apenas duas séries:Cinquenta Tons de Cinza e a minha, Crossfire. A literatura erótica, no entanto, sempre conseguiu bons números de vendas, eu era uma autora de best-sellers antes de Crossfire se tornar tão grande. Tenho amigos que escrevem literatura erótica e que estavam na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times. Esse mercado nos Estados Unidos sempre foi muito forte, embora ainda seja emergente em outros países. Algumas editoras nos EUA chegam a trabalhar somente com ficção erótica, porque vende bastante.

Mas, para além do fenômeno de vendas, você e E.L. James são comparadas no estilo de história que contam. Bom, acho uma comparação estranha, na verdade. Ela só escreveu uma história, nem sabemos qual é o estilo dela. E.L. James ainda não se consolidou como autora erótica e nem sabemos se um dia isso vai acontecer, pois ela já disse que não pretende mais escrever esse tipo de literatura. Eu escrevo histórias eróticas há dez anos. As pessoas dizem que nós escrevemos literatura erótica, mas só sei que eu escrevo, não sei se é o caso dela também. Ela pode escrever vários outros livros e Cinquenta Tons ser sua única série erótica. É uma comparação entre uma autora estabelecida e uma não estabelecida. Sei que tenho mais experiência do que ela, não há dúvidas. Escrevi quarenta livros, ela escreveu três.

As duas séries se ajudaram nas vendas? As pessoas tentam construir uma rivalidade entre nós, como se houvesse uma espécie de competição. Mas não há, nossos livros venderam bem, nenhum foi prejudicado por causa do outro. Não tenho dúvidas de que eles se ajudaram, as pessoas ficam curiosas para saber o que conta aquele outro livro que a imprensa também estava divulgando.

O que você achou de Cinquenta Tons de Cinza? E.L. James foi muito corajosa por ter criado um personagem não muito comum, um sadomasoquista. E, além disso, esse é um homem que só gosta de fazer sexo com mulheres parecidas com sua mãe, um fetiche bizarro. É uma coisa que nós, mulheres, não consideramos muito sexy. Mas ela escreveu uma história que funcionou.

Mesmo que não exista uma febre de literatura erótica, algo está diferente. Outros livros podem não vender tão bem assim, mas os seus e os de E.L. James são fenômenos, como você mesma disse. Qual a explicação para isso? Exposição na imprensa. Tenho 100% de certeza de que o artigos de jornais, os programas de televisão e de rádio etc são os responsáveis. E com isso as pessoas ficaram curiosas para conhecer as histórias. O burburinho começou na área de Nova York, o centro da imprensa americana, composta por muitas mulheres que leram e gostaram de Cinquenta Tons de Cinza. Além disso, o enredo também chamou a atenção das pessoas por retratar um homem que bate em mulheres que se parecem com sua mãe. Muitos comentaram que o livro não é tão bom, mas acho isso uma injustiça. A maior parte das críticas diz respeito não ao enredo, mas ao texto, uma responsabilidade do editor. Mas uma falha real de Cinquenta Tons foi a falta de pesquisa sobre o estilo de vida de BDSM (sigla usada para definir relações sexuais que envolvem amarrações, dominação, submissão, sadismo e sadomasoquismo).

A série Crossfire será adaptada para a televisão. Como está o processo? Bom, a história será exatamente igual ao livro, espero que as pessoas que assistirem ao programa identifiquem o livro em cada episódio. Ainda estamos no começo do processo, sem nomes para o elenco. Vi uma lista com sugestões para diretores alguns meses atrás, mas depois disso não fiquei sabendo de mais nada.

Sua família lê os seus livros? Minha mãe e meu marido leem. Eles são grandes fãs.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/eventos/sylvia-day-a-tia-do-erotismo-best-seller/

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Gente, vão adaptar pra televisão! 2012, volta aqui e faça seu trabalho!

Tá, agora falando sério (mentira): Se eu fosse indicar um livro de pornô de tiazonas, seria esse. Os personagens não são tão débeis quanto Christian Grey e Anastacia Steele e até que possui uma "coisa" que de longe lembra um roteiro. :dente:
 
Não entendi a lógica dela. Pergunto aos universitários. Ela quis dizer no sentido: a culpa é do editor, que não queimou os originais?

aparentemente ninguém precisa de editor até a hora de precisarem de alguém para culpar :lol:

penso nisso principalmente por essa história que ficam alardeando por aí que o self-publishing vai acabar com editoras (e editores). se tem algo que 50 tons comprova é que eles ainda são necessários (já que o livro foi originalmente publicado por conta própria, sem editora, etc.)
 

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