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The Princess and the Queen

leoff

They will bend the knee or I will destroy them.
Em 3 de dezembro será lançada mais uma antologia de contos organizada por George R.R. Martin. Dangerous Women contará com a participação de vários autores conhecidos, mas como sempre o trabalho do próprio GRRM é a cereja no bolo. Veremos mais um conto focado em Westeros, chamado The Princess and the Queen.

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Originalmente pensado para ser parte da enciclopédia The World of Ice and Fire, prevista para 2014, The Princess... ficou tão grande (surpresa!) que teve de ser removido. A versão final de 80 mil palavras foi condensada para 30 mil a fim de poder ser publicada em Dangerous Women. A boa notícia é que há planos de lançar a versão integral em outro futuro livro sobre Westeros, com título provisório de GRRMarillion.

The Princess and the Queen não foge à regra das obras de GRRM e é escrito pela ótica de um meistre. Como é de se esperar, trata-se de um relato parcial de quem não esteve presente nos acontecimentos e desconhece a motivação dos personagens. O relato narra a famosa "Dança dos Dragões", a terrível e sangrenta guerra civil entre duas facções Targaryen que levou à redução da família real e quase exterminou todos os dragões. Um review no Tor.com adianta que há vários paralelos com as Crônicas de Gelo e Fogo, como um evento banal - o Torneio de Harrenhal nas Crônicas, um baile na Fortaleza Vermelha em The Princess... - que desencadeia os eventos. A parte mais promissora é sobre a necessidade de se ter sangue Targaryen, mesmo que de origem bastarda, para se montar nos dragões. Os teóricos de que fulano ou sicrano nas Crônicas são de origem Targaryen vão pirar...

O Tor.com publicou ontem um trecho de The Pricess and the Queen, que já foi traduzido pelo Game of Thrones BR:

THE PRINCESS AND THE QUEEN, OR, THE BLACKS AND THE GREENS

Uma História das Causas, Origens, Batalhas e Traições daquele Mais Trágico Derramamento de Sangue Conhecido como a Dança dos Dragões, registrada por Arquimeistre Gyldayn da Cidadela de Vilavelha

(aqui transcrita por GEORGE R.R. MARTIN)

A Dança dos Dragões é o nome florido concedido à briga mortífera e selvagem pelo Trono de Ferro de Westeros, lutada entre dois ramos rivais da Casa Targaryen durante os anos 129 a 131 Depois da Conquista. Caracterizar os feitos sombrios, turbulentos e sanguíneos deste período como uma “dança” parece grotescamente inapropriado. Sem dúvida a frase originou-se com algum cantor. “A Morte dos Dragões” seria muito mais adequado, mas tradição e tempo marcaram o uso mais poético nas páginas da história, então nós devemos dançar com o resto.

Existiram dois principais reivindicadores do Trono de Ferro após a morte do Rei Viserys I Targaryen: sua filha Rhaenyra, a única criança sobrevivente de seu primeiro casamento, e Aegon, seu filho mais velho com sua segunda esposa. Em meio ao caos e carnificina trazidos por suas rivalidades, outros aspirantes a reis colocaram também suas pretensões, andando como saltimbancos em um palco por uma quinzena ou uma virada de lua, apenas para caírem tão rapidamente como se ergueram.

A Dança dividiu os Sete Reinos em dois, enquanto senhores, cavaleiros e camponeses se declaravam para um lado ou outro e tomavam armas contra si mesmos. Até a própria Casa Targaryen se dividiu, quando os amigos, família, e filhos de cada um dos reivindicadores se enredaram na luta. Ao longo dos dois anos de contenda, os grandes senhores de Westeros, juntos de seus vassalos, cavaleiros e camponeses, sofreram uma terrível consequência. Embora a dinastia tenha sobrevivido, ao fim da luta o poder Targaryen diminuíra muito, e os últimos dragões do mundo reduziram drasticamente em número.

A Dança foi uma guerra diferente de qualquer outra lutada na longa história dos Sete Reinos. Apesar de exércitos terem marchado e se encontrado em batalhas ferozes, a maioria da chacina ocorreu na água, e… principalmente… no ar, enquanto dragão lutara com dragão com dente e garra e fogo. Ela foi uma guerra marcada também por subterfúgio, assassinato, e traição, uma guerra lutada em sombras e degraus, aposentos do conselho e pátios dos castelos com facas e mentiras e veneno.

Fermentando por tempos, o conflito veio à tona no terceiro dia da terceira lua de 129 DC, quando o Rei Viserys I Targaryen, doente e de cama, fechou seus olhos para um cochilo na Fortaleza Vermelha de Porto Real, e morreu sem acordar. Seu corpo foi descoberto por um servente na hora do morcego, quando era tradição do rei tomar um copo de hipocraz. O servente correu para informar a Rainha Alicent, cujos aposentos estavam no piso abaixo dos do rei.

O servente entregou seus pesares diretamente à rainha, e apenas para ela, sem causar alarme; a morte do rei fora antecipada por certo tempo, e a Rainha Alicent e seus partidários, os chamados verdes,* tomaram conta de instruir todos os guardas e serventes de Viserys sobre o que fazer quando o dia chegasse.

*Em 111 DC, um grande torneio foi realizado em Porto Real no quinto aniversário do casamento do rei com a Rainha Alicent. No banquete de abertura, a rainha vestira um vestido verde, enquanto a princesa vestira-se dramaticamente no vermelho e preto Targaryen. O acontecimento foi notado, e desde então tornou-se tradição referir-se a “verdes” e “pretos” ao falar dos partidários da rainha e dos partidários da princesa, respectivamente. No próprio torneio, os pretos se deram melhor quando Sor Criston Cole, em nome da Princesa Rhaenyra, tirou todos os campeões da rainha de suas montarias, incluindo dois dos primos dela e o irmão mais novo dela, Sor Gwayne Hightower.

A Rainha Alicent foi de prontidão ao aposento do rei, acompanhado de Sor Criston Cole, Senhor Comandante da Guarda Real. Ao confirmarem que Viserys estava morto, Sua Graça ordenou que seu aposento fosse fechado e colocado sob guarda. O servente que encontrara o corpo do rei foi levado em custódia, para ter certeza de que ele não espalhasse a notícia. Sor Criston retornou para a Torre da Espada Branca e enviou seus irmãos da Guarda Real para convocarem os membros do pequeno conselho do rei. Era a hora da coruja.

Então como agora, a Irmandade Juramentada da Guarda Real consistia de sete cavaleiros, homens de lealdades provadas e proezas incontestáveis que juraram solenemente dedicarem suas vidas para defender o rei e sua família. Somente cinco das capas brancas estavam em Porto Real no momento da morte de Viserys; o próprio Sor Criston, Sor Arryk Cargyll, Sor Rickard Thorne, Sor Steffon Darklyn, e Sor Willis Fell. Sor Erryk Cargyll (gêmeo de Sor Arryk) e Sor Lorent Marbrand, com a Princesa Rhaenyra em Pedra do Dragão, permaneceram ignorantes e não envolvidos enquanto seus irmãos levantaram os membros do pequeno conselho de suas camas.

Aglomerados nos aposentos da rainha enquanto o corpo de seu senhor esposo esfriava acima estavam a própria Rainha Alicent; seu pai Sor Otto Hightower, Mão do Rei; Sor Criston Cole, Senhor Comandante da Guarda Real; Grande Meistre Orwyle; Lorde Lyman Beesbury, mestre da moeda, um homem de oitenta anos; Sor Tyland Lannister, mestre dos navios, irmão do Senhor de Rochedo Casterly; Larys Strong, chamado de Larys Pédeclava, Senhor de Harrenhal, mestre dos sussurros; e Lorde Jasper Wylde, chamado de Bastão de Ferro, mestre das leis.

Grande Meistre Orwyle começou o enquanto revisando as tarefas e os procedimentos usuais necessários perante a morte de um rei. Ele disse, “Septão Eustace deve ser convocado para realizar os últimos ritos e rezar pela alma do rei. Um corvo deve ser enviado a Pedra do Dragão imediatamente para informar a Princesa Rhaenyra do falecimento de seu pai. Talvez Sua Graça a rainha cuidaria de escrever a mensagem, para amenizar estas más notícias com algumas palavras de condolência? Os sinos sempre são tocados para anunciar a morte de um rei, alguém deve dar conta disto, e é claro nós devemos começar a fazer nossas preparações para a coração da Rainha Rhaenyra—”

Sor Otto Hightower o cortou. “Tudo isto deve esperar,” ele declarou, “até que a questão da sucessão seja resolvida.” Como Mão do Rei, ele tinha permissão para falar com a voz do rei, até mesmo para sentar no Trono de Ferro na ausência do rei. Viserya lhe concedeu autoridade para governar os Sete Reinos, e “até tal hora em que nosso novo rei seja coroado”, esta regra continuaria.

“Até que nossa rainha seja coroada,” Lorde Beesbury disse, em um tom atrevido.

“Rei,” insistiu Rainha Alicent. “O Trono de Ferro por direito deve passar para o filho legítimo mais velho de Sua Graça.”

A discussão que se seguiu continuou até o amanhecer. Lorde Beesbury falou a favor da Princesa Rhaenyra. O antigo mestre das moedas, que servira Rei Viserys durante seu reinado inteiro, e seu pai Jaehaerys, o Velho Rei, antes dele, lembrou o conselho de que Rhaenyra era mais velha do que seus irmãos e tinha mais sangue Targaryen, de que o falecido rei escolhera-a como sua sucessora, de que ele repetidamente recusou-se a alterar a sucessão apesar das súplicas da Rainha Alicent e seus verdes, de que centenas de senhores e cavaleiros com terra se submeteram à princesa em 105 DC, e juraram votos solenes para defender seus direitos.

Mas estas palavras caíram em ouvidos feitos de pedra.

“The Princess and The Queen, or, The Blacks and The Greens” © George R. R. Martin
 
Última edição:
GRRMarillion :lol:

Espero que lancem tudo isso o mais rápido possível no Brasil. Você sabe alguma coisa sobre se vão publicar o Cavaleiro de Westeros e os outros contos do Dunk e Egg por aqui Leoff?
 
A Leya tem os direitos, só que parece estar dando prioridade aos outros trabalhos do Martin (A Morte da Luz, Wildcards, em breve Fevre Dream). Não conheço nenhum país que tenha lançado os Dunk & Egg num livro só, não sei se há uma questão contratual. Em Portugal estão lançando um D&E por vez em coletâneas de contos. Já faz tempo que vêm prometendo lançar um livro nos EUA só de D&E mas é sempre adiado.
 
Adivinhem o que eu recebi pelo Kindle à meia-noite de hoje? :dance:

Só falta arrumar tempo pra ler...
 
"The Rogue Prince, or, the King's Brother"

Uma pequena surpresa. GRRM anunciou para 17 de junho o lançamento de sua nova antologia com Gardner Dozois, ROGUES. A surpresa é que GRRM decidiu incluir mais uma versão reduzida de um dos contos que serão incluídos na segunda enciclopédia sobre Westeros, FIRE AND BLOOD (antes apelidada de GRRMarillion). "The Rogue Prince, or, the King's Brother" mostra os eventos que antecederam “The Princess and the Queen”, durante o reinado de Viserys I. Como o conto anterior, será escrito sob o ponto de vista do Arquimaestre Gyldayn e será focado no irmão de Viserys I, Daemon Targaryen, que sem dúvida se tornou o personagem mais popular de “The Princess...”.
 
"The Rogue Prince" saiu dois dias atrás. Alguém mais leu?

Rogues_cover.jpg



Não é tão bom quanto "The Princess and the Queen", ainda assim interessante. Funciona como um prólogo desse conto, mostrando o reinado de Viserys I, sua relação tumultuada com o irmão Daemon Targaryen (o rogue do título), e o início da rivalidade entre os verdes e negros, que culminaria na Dança dos Dragões.

Achei um contraponto interesante com "The Princess...", que meio que nos fazia torcer pelos negros, enquanto "The Rogue Prince" nos faz entender o lado dos verdes.
 
Vc leu os contos comprando as coletâneas mesmo, @leoff ? Eu queria demais ler, mas tô sem vontade nenhuma de comprar os livros sendo que só vou ler um conto de cada... queria tanto q a amazon disponibilizasse para venda os contos separados :/
 
Esse eu não comprei não, usei a mesma fonte de onde tiro as series que quero ver... :oops:
 
eu estive procurando por essa fonte e não tive sorte :( tô quase considerando ir ler na livraria cultura
 

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